Category Archives: Livro 1 – East Blue

Capítulo 19 – Akuma no Mi


Do outro lado da ilha, uma pequena inquietação começava a se formar nos habitantes da vila que estavam ali refugiados.

– É muito estranho… Já está ficando tarde e até agora o prefeito ainda não voltou! – O morador refugiado de óculos e barbicha comentou com outros habitantes da vila.

– Aquele velho… Sempre nos deixando preocupados… – Um outro morador, mais velho e careca, de bigode loiro comentou.

– Alguma coisa deve ter acontecido na vila… – Uma mulher de curtos cabelos loiros completou.

– É… E também deu pra escutar alguns disparos de canhão vindos da vila – Um quarto morador acrescentou.

– Tudo bem… Vou até lá ver o que aconteceu e volto em breve… – O homem careca tomou uma decisão – Vocês ficam aqui! – Acrescentou.

– Você não pode ir sozinho! Eu vou também! – O homem de barbicha interveio enquanto pegava um pedaço de madeira no chão e se preparava para usá-lo de bastão.

– Idiota! Aqueles caras na vila são piratas ~ O bando do Buggy é conhecido por ser trapaceiro e sórdido!!! – O senhor careca falou, tentando dissuadir o homem que se prontificara a ajudá-lo.

– Por isso mesmo que devemos ir também! – Todos os outros refugiados falaram em uníssono enquanto buscavam algo com que pudessem se armar – Se não pudermos sequer defender o prefeito… Como poderemos nos considerar cidadãos?! – Todos falaram com convicção – É inútil tentar nos impedir… Já que é um desejo de todos aqui!

– Hmmm… Ok… Façam como quiserem! – O homem careca que havia tomado a liderança finalmente falou – Então vamos lá!!!

——

Após cair no chão, a cabeça de Buggy rolou de volta para o corpo do Palhaço. Paralisado de dor, o pirata ficou estatelado no chão por alguns instantes, enquanto tentava recuperar o fôlego. Foi quando percebeu que o garoto do chapéu de palha ainda não estava satisfeito e que acabava de por o pé em seu peito para vir pra cima dele novamente.

– Maldito! Como ousa fazer isso com meu tesouro?!!! – Luffy gritou para Buggy enquanto olhava para ali perto, onde seu chapéu, com três enormes rasgos, permanecia jogado no chão.  Foi até ele, o pegou e voltou a se posicionar por cima do Palhaço – E você ainda cuspiu nele, seu porco nojento!!! – O garoto gritou cheio de ódio e então pegou seu chapéu e esfregou na cara do pirata derrotado.

– Urghhh!!! Cof… Cof… Pueh! Argh!!! Que nojo! Pare com isso! Isso tá todo sujo!!! – Buggy suplicou com dificuldade enquanto o garoto continuava esfregando o chapéu na cara dele.

– É sua própria saliva seu idiota!!! – Luffy respondeu e continuou esfregando o chapéu de palha no enorme nariz vermelho de Buggy, que com o atrito, ficou ainda mais vermelho – O Shanks ser seu colega… – Luffy falou quando finalmente se cansou de limpar seu chapéu na cara do Palhaço – Nem mesmo ouse falar isso novamente!!! – Completou enquanto segurava e balançava a cabeça de Buggy pelo colarinho de sua camisa.

– Ora… Não sei que tipo de relação você teve com o Shanks… Mas se eu falo ou não dele, a escolha é minha!!! – Buggy respondeu cheio de coragem, mesmo estando em pior situação. Logo em seguida, tentou reagir – Bara bara…

– Pode ficar inteirinho aqui mesmo!!! – Luffy percebeu o que o pirata de cabelos azuis pretendia e deu-lhe um soco na cara – Toma isso, seu filha da mãe!!!

– Em toda minha vida, até hoje… Ninguém me deixou tão bravo quanto ele!!! – Buggy finalmente falou quando se recuperou do soco – Aquele maldito!!! Ele… Ele tomou todos os meus tesouros mais preciosos!!! Eu jamais o perdoarei!!!

——

Numa tarde qualquer, há muito tempo atrás, uma agitação tomava conta do convés de um navio pirata.

– Ahhh, eles estão brigando de novo!!! – Um dos piratas gritou para avisar ao resto da tripulação.

– Hahahaha! Lutem! Lutem! Lutem! – Todos incentivavam animadamente – Não deixem que o outro vença!!!

– É o polo norte!!! – Um dos garotos que brigavam insistia, enquanto segurava no colarinho da camisa do outro. Ele não devia ter mais do que 15 anos e seu enorme nariz já se destacava mais do que seu cabelo azul.

– Não é não!!! É o polo sul!!! – O outro garoto respondia enquanto também segurava o colarinho de seu oponente. Este, tinha mais ou menos a mesma idade do outro garoto e o que o destacava era seu cabelo incrivelmente vermelho por baixo de um chapéu de palha que sempre o acompanhava.

– Você continua insistindo, seu idiota!!! – O jovem Buggy gritou para o outro garoto, enquanto lhe dava pontapés e tentava o derrubar no chão.

– Claro!!! Já falei que eu que estou certo!!! – O jovem Shanks rebateu, enquanto se desvencilhava dos golpes de seu oponente e contra atacava com habilidade.

E assim os dois ficaram por algum tempo até que um homem de cabelos castanhos compridos e uma barba estranhamente cortada em tiras, resolveu intervir.

– Basta, já chega!!! – O pirata mais velho falou ao chegar perto dos dois garotos e lhes dar um forte cascudo que derrubou-os no chão imediatamente – Vão ficar brigando pra sempre ou o que?!?! O que eu não entendo é o que o polo norte ou o polo sul ser mais frio tem a ver com vocês!!! – O pirata falou com seriedade – Se querem tanto saber disso, vão lá e descubram por si mesmos!!! Seus idiotas…

Em respeito ao homem que os havia repreendido, os dois então pararam subitamente de brigar. Nesse mesmo instante, uma voz soou vinda lá do alto.

– Barco a vista, vindo em nordeste!!! – O pirata que estava de vigia na cesta do alto do mastro principal gritou para todos ouvirem.

– Ok, vamos lá acabem com eles!!! – O homem que antes havia advertido os dois garotos gritou para o restante dos homens que estavam no convés.

Prontamente, todos os piratas sacaram suas espadas e armas e se puseram em formação de batalha. Todos, inclusive os jovens Buggy e Shanks.

– Você parece bem animado, Buggy! – Shanks comentou amistosamente enquanto sacava sua espada, parecia que os dois nem haviam lutado há poucos instantes atrás.

– Encontrar um navio é como um baú de tesouro!!! – Buggy falou animadamente já com suas duas adagas em mãos – O mais importante para um pirata é o saque!!!

– Bem, essa é uma das coisas… – Shanks respondeu calmamente.

– Não é “uma das coisas”… É tudo!!! – Buggy retrucou – Pode parecer sem importância pra vocês e pros outros desse navio… Vocês não tratam os tesouros como deveriam!!! Não sabem como um pirata é de verdade!!! – Buggy falou cheio de si e então os dois jovens piratas ficaram em silêncio e esperaram pelo grande momento da abordagem.

Algum tempo se passou até que a primeira bala de canhão fosse atirada e outro grande momento de frio na barriga se passou até que um grande baque ecoou por todo o mar. Finalmente os navios haviam se emparelhado e já batiam borda com borda. A abordagem já podia começar.

Nesse instante, todos os piratas do navio de Shanks e Buggy pularam para o outro barco e nele começaram a enfrentar os defensores do navio atacado. Os dois jovens, ansiosos por uma aventura, se lançaram ao combate. No entanto, nenhum deles precisou se esforçar muito, pois sua tripulação era muito superior em combate do que a que se defendia.

Aproveitando a nítida vantagem que sua tripulação tinha, Buggy resolveu se adiantar e partir sozinho, a espreita por tesouros escondidos no navio. Entrou por uma das portas que levava ao interior do navio e desceu até a área das cabines. Avistou uma que parecia ser a maior e entrou. Escolhera certo, pois aquela era claramente a cabine do capitão. Aproveitou que estava ali sozinho e começou a revirar todas as gavetas, baús e armários que ali tinha. Gastou um certo tempo sem que encontrasse nada de especial além de algumas poucas moedas de ouro espalhada por ali, que imediatamente tratou de pegar. No entanto, ao vasculhar uma última gaveta, percebeu que nela havia um fundo falso. Sem demora, utilizou uma de suas adagas para cortar o fundo falso e embaixo dele, encontrou aquilo que procurava, um pedaço de pergaminho desgastado e todo enrolado.

– Hã?! Não pode ser!!! – Buggy falou assustado com o que tinha em mãos – Um mapa de um tesouro!!! É a primeira vez que vejo um!!! E pelo visto, leva à um enorme tesouro escondido no mar!!! – Então Buggy olhou ao redor para se assegura de que ninguém o vira entrar ali. Constatando que ainda ouvia muitos sons de luta vindo lá de cima, no convés e que não havia ninguém por perto, enrolou o pergaminho do mapa e o escondeu em suas vestes e então soltou uma grande risada – Kuhahahaha, Dúvido que o resto do pessoal ambém não guardariam para eles!!! Mas de agora em diante… Minhas preocupações acabaram!!! É agora que minha felicidade vai começar!!!

Então o aprendiz de pirata se recompôs e voltou para o convés o mais furtivamente que conseguiu. Felizmente todos ainda estavam ocupados fazendo prisioneiros e terminando suas próprias lutas e não haviam sentido a falta do pequeno novato de cabelos azuis.

Durante todo aquele final de tarde, os piratas vencedores ficaram bastante ocupados e só conseguiram se reunir no final da madrugada, para comemorar a vitória.

– Hahahaha!!! Hoje tivemos outra vitória!!! – O capitão do navio gritou para o resto da tripulação – Bebam até satisfazerem os seus corações e cantem até perderem a voz!!!

Enquanto a comemoração acontecia animadamente no convés do barco, Buggy permanecia em sua cabine, envolto em seus devaneios causados pelo recém saqueado mapa do tesouro. Até que em algum momento já tarde da noite, alguém abriu a porta e o trouxe de volta à realidade.

– Eí Buggy… – Shanks falou assim que entrou na cabine. Ele estava meio bêbado e trazia uma garrafa de rum na mão – Venha cantar com a gente! Encontramos um tesouro estranho!

– C-c-c-como assim, tesouro…? Eu não sei de nada, não! – Buggy respondeu nervoso, achando que haviam o descoberto – Não sei de nada mesmo!!!

– Hã? Do que você está falando??? – Shanks estranhou a atitude de seu companheiro de barco, no entanto, deu um ultimato – E aí, você vai voltar lá pra comemoração comigo ou não? – E então jogou a garrafa para Buggy, que prontamente a agarrou e tomou um grande gole de  rum. Logo depois o aprendiz de pirata de cabelos azuis se levantou e caminhou na direção da porta e assim os dois saíram de volta a festa.

Enquanto caminhavam pelos corredores mal iluminados do barco, Buggy de repente  parou e se virou para o seu amigo e rival de cabelos ruivos.

– Sabe Shanks, nós também, um dia, cairemos forra desse navio… – O garoto do enorme nariz vermelho comentou.

– Claro que vamos… – Shanks respondeu pensativamente – Se eu tiver o meu próprio navio, planejo viajar e conhecer o mundo inteiro… Como um pirata, é claro.

– Kuahahaha!!! Falando coisas idiotas como sempre!! – Buggy provocou o Ruivo – Mas até eu reconheço suas habilidades! – Dessa vez Buggy falou sério – Se você não meio doido, não me importaria em deixar que você entrasse para o meu bando…

– Ora! Não se importaria?! – Shanks falou rindo e então roubou a garrafa das mãos de Buggy e tomou mais um enorme gole antes de completar – Como se eu quisesse!!! Nós somos diferentes demais! Por isso, só podemos trilhar rotas diferentes! Cada um seguirá o caminho que achar melhor… É assim a vida de um pirata!

– Kuahahaha!!! É engraçado ver você falando sobre como são os piratas… Mas se for como você diz… Quando nos encontrarmos no mar, no futuro, seremos inimigos! – Buggy falou em tom desafiador.

– É isso aí… Essa é outra parte da vida de um pirata… – Shanks falou calmamente enquanto tomava mais um gole. E então os dois ficara em silêncio durante alguns instantes.

– Eí, você não tinha comentado alguma coisa sobre um tesouro estranho? – Buggy se lembrou.

– Hmmm… É, nós conseguimos uma akuma-no-mi! – Shanks falou animadamente – Ouvi dizer que as akumas-no-mi são todas encarnações de demônios marinhos… E se você comer alguma delas, você ganha uma habilidade especial, mas em troca, perde a capacidade de nadar. Aí o capitão falou que quem quiser, pode tentar comê-la…

– Kuhahahahahaha!!! Eu não comeria uma coisa assim pra nunca mais poder nadar… – Buggy respondeu – Qualquer um que quiser comer algo assim tem que ser muito idiota… Se houver algum tesouro no fundo do mar e você não puder nadar, não terá nem a chance de recuperá-lo! – Buggy completou enquanto pensava em seu recém roubado mapa do tesouro.

– Mas aquela fruta estranha pode valer uns 100 milhões de Bellys por aí, se é que você acredita – Shanks falou tranquilamente.

– O QUÊ?! ISSO É SÉRIO?! – Buggy falou absolutamente pasmo – 100 milhões de Bellys!!! Isso é mais do que 10 baús cheios de ouro!!! – E então pensou “Os deuses devem estar sorrindo para mim!”.

Depois disso, Buggy ficou sem palavras e os dois resolveram parar de conversar e voltar para a festa que acontecia no convés. Enquanto Shanks se divertia com o resto da tripulação, Buggy ficou quieto a noite inteira maquinando um plano.

No dia seguinte, logo pela manhã, o convés voltou a ficar agitado e toda a tripulação estava ali para ver o porque do novato Buggy ter ido acordar a todos.

– Olha lá! O Buggy… Ele resolveu que vai comer a akuma-no-mi!!! – Um dos piratas que chegou primeiro gritou aos demais que acabavam de chegar.

No centro do convés, Buggy subiu em alguns barris e lá de cima, com um enorme sorriso, mostrava para que todos pudessem ver a fruta que ele tinha em mãos. A Akuma-no mi que ele segurava era muito parecida com um pequeno abacaxi do tamanho de um punho fechado, no entanto era azul e possuía vários padrões de linhas em espiral por toda a sua casca.

– Hahhahahha! Ser jovem é maravilhosos quando se pode ser tão inconsequente! – Um dos piratas tripulantes do navio comentou com seu amigo.

– Vai lá Buggy! É isso aí! Agora você tem até o meu respeito!!! – Um outro pirata gritou para o garoto que se exibia para todos.

E então, finalmente, Buggy sem falar nada, começou a comer a fruta com um apetite voraz.

– E então Buggy? Sente algo diferente no corpo? – Um terceiro pirata perguntou assim que o garoto terminou de devorar a fruta.

– Não… Não sinto nada de estranho… Nada… – Buggy falou aparentemente desapontado, com uma das mãos sobre a barriga.

– Ora, Será que era uma réplica? – Alguém insinuou.

E então, como nada havia acontecido, todos perderam o interesse e voltara para as suas cabines para poderem descansar um pouco mais depois de passarem a noite toda festejando.

– Kuhahahaha!!! Caíram feito patinhos! – Buggy falou orgulhoso, para si mesmo assim que todos foram embora – Eu comi só uma réplica! Levei a madrugada inteira trabalhando nela e depois troquei pela original!!! – E então Buggy foi até o pequeno barquinho reserva do navio, aquele tipo de barco que só é utilizado para o desembarque de passageiros no litoral. Era lá o lugar onde havia escondido a verdadeira akuma-no-mi. Chegando lá, pulou para dentro do pequeno barquinho, que ficava amarrado do lado de fora à amurada do navio, se manteve abaixado para que ninguém o visse, tirou a fruta do diabo do esconderijo e logo em seguida, puxou o mapa do tesouro de suas vestes e olhando para os seus preciosos tesouros riu novamente e falou baixinho para si mesmo – Kuhahahahaha!!! Tudo saiu exatamente como eu planejei! Não preciso mais ser um pirata novato! Vou cair fora deste navio antes que alguém descubra a farsa! E com o dinheiro que eu conseguir vendendo esta fruta, vou criar o melhor bando de piratas do mundo para poder encontrar o tesouro deste mapa e ainda roubar os mais vali… – No entanto, Buggy não conseguiu terminar sua frase pois ouvira passos se aproximando.

– Eí Buggy, o que faz aqui?! – Shanks perguntou meio segundo depois, enquanto se apoiava na amurada do barco para ver melhor o outro aprendiz de pirata.

Buggy, no susto e sem saber o que fazer, não teve outra reação a não ser, enfiar o mapa no meio de suas vestes e atoxar a akuma-no-mi inteira em sua boca, sem engoli-la. Dessa forma não conseguia falar absolutamente nada.

– Nossa, sua cara tá muito estranha… – Shanks falou ao ver o enorme volume nas bochechas de Buggy e então saindo em direção ao outro lado gritou – Não roube comida demais… O cozinheiro pode ficar bravo!

Ainda com a fruta na boca, Buggy  pensou “Esse idiota quase me matou de susto! Essa foi por pouco, sorte que ele foi embora!”

– Ah! Eu quase esqueci, o capitão… – Shanks surgiu atrás de Buggy novamente, dessa vez sem fazer o menor barulho.

Ao ouvir a voz do Ruivo novamente, Buggy tomou um susto ainda maior e sem nem ao menos perceber, mordeu a fruta que tinha na boca e sentiu o pior gosto que já experimentara em toda a sua vida. Sabia o que tinha acontecido, estava tudo acabado. Então se debruçou na amurada do pequeno barquinho e cuspiu todo o resto que estava em sua boca no mar.

– Ahhhhhhh!!!! Seu… Seu… Seu desgraçado!!!! – Buggy gritou o mais alto que podia para Shanks, cego de ódio.

No entanto, este não estava se importando muito, pois observava algo que tinha caído da roupa de Buggy quando este havia se debruçado para fora do barco.

– O que é aquele pedaço de papel ali? – Shanks falou apontando para o ar, do lado de fora do navio.

– Ahhhhh!!!!! Meu mapa!!!!!!! – Buggy gritou desesperado e sem pensar, pulou no mar atrás do pergaminho que havia caído. No entanto, assim que encostou seu corpo na água do mar, algo totalmente novo e estranho aconteceu. Ele passou a se sentir incrivelmente fraco e não conseguia mover um só músculo com propriedade. Seu corpo não o obedecia e tudo que ele conseguiu foi se debater ridiculamente. Num último esforço, conseguiu colocar a cabeça para fora da água e suplicar para Shanks – S-socorro!!! Me aj- ajude!!!

– Eí cara, o que há?! – Shanks perguntou intrigado lá de cima – Nadar sempre foi sua especialidade!  – E então como Buggy não reagia, percebeu que a situação do Palhaço era mais grave do que ele suspeitava – Eu vou te salvar! – Shanks falou ao finalmente se jogar ao mar para salvar Buggy.

——

Ainda sobre os pés de Luffy, Buggy contava sua história.

– Então, eu comi uma fruta do diabo que valia 100 milhões de Bellys e não pude nadar nunca mais! E além disso, ainda perdi o meu mapa do tesouro!!! – O Palhaço falou completou sua história com a voz cheia de ódio.

– Ah… Então o Shanks salvou sua vida. – Luffy falou resumiu calmamente, o que havia entendido da história.

– Não é essa parte da história que eu tô falando!!! – Buggy retrucou extremamente irritado – Por culpa daquele idiota, meus planos foram atrasados durante 10 anos!!! Desde então, prometi pra mim mesmo, se eu não posso resgatar nenhum tesouro do fundo do mar, então eu vou saquear todos acima dele!!! Com o poder dessa akuma no mi!!! – E falando isso, Buggy utilizou seu poder para, aproveitado a distração de Luffy, se separar exatamente no local que o garoto o mantinha preso com os pés. Dessa forma, o Palhaço conseguiu fugir de Luffy e começou a fazer a parte de cima de seu corpo flutuar rapidamente cada vez mais para o alto. No entanto, quando já estava lá no alto, viu algo que chamou sua atenção e que ele não poderia aceitar de forma alguma. Do outro lado da vila, viu aquela maldita garota de cabelos laranjas saindo do local aonde ele guardava todos os seus tesouros com um enorme saco em mãos – QUEM QUER QUE OUSE TOCAR EM MEU TESOURO, NÃO IMPORTA QUEM SEJA, EU JAMAIS DEIXAREI VIVER!!!! – Buggy rugiu de ódio quando percebeu que estava sendo roubado e fez com que seu dorso fosse voando em alta velocidade na direção da ladra.

Nami do outro lado da vila, gelou ao ver aquele meio palhaço de nariz vermelho vindo voando em sua direção.

_______________

Continua…

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Capítulo 18 – O Pirata Buggy, “O Palhaço”


A rua do confronto final entre os piratas de Buggy os inesperados adversários que o desafiaram, ficou, por incrível que pareça, no mais absoluto silêncio. Já não havia mais subordinados do Palhaço ainda de pé e tão pouco Zoro se mexia, pois estava mergulhado em seus próprios sonhos.

Alí, só permaneciam em pé e prontos para lutar, Buggy e Luffy. No entanto, o ar havia sido cortado por uma abrupta notícia que estarreceu o pirata do chapéu de palha.

– Ruivo…? Você conhece o Shanks?! – Luffy pergunto pasmo.

– Hmmm… Ora… Você parece bastante interessado nisto… – Buggy respondeu curioso – Sim eu o conheço. Por que quer saber?

– Você sabe aonde ele está? – Luffy retrucou sem se dispor a dar qualquer informação à seu adversário.

– Onde…? Bem… Seu eu souber, então eu sei… Mas se eu não souber, eu poderia não saber absolutamente nada também… -Buggy com um sorriso, tentando deixar Luffy confuso.

– Mas que droga que você tá falando? – O garoto rebateu – Você é idiota por acaso?

– Como você pode me chamar de idiota, seu fedelho maldito!!! – Buggy gritou extremamente nervoso com o insulto – O que eu quero dizer é que eu não sou tão legal pra te dizer o que você quer saber… Nem que esse fosse o seu último desejo antes de morrer!!! – O Palhaço falou enquanto ameaçava o garoto com suas múltiplas adagas que carregava em cada mão.

– Então eu vou ter que te fazer falar à força! – Luffy retrucou com um sorriso de desafio no rosto.

– Kuhahahaha! Antes que consiga tirar algo de mim, você estará morto, chapéu de palha!!! – E então Buggy mostrou mais um de seus truques e fez com que da ponta de seus longos sapatos de palhaço saíssem outras duas adagas e com um sorriso maléfico ameaçou o garoto –  Ainda que você seja feito de borracha, ainda existem coisas que seu corpo não consegue repelir, não é? Com todas estas lâminas, eu vou lhe cortar inteiro!!!

– Hmmm, é mesmo. Eu sou fraco contra lâminas. – Luffy falou honestamente sobre seu ponto fraco.

E então Buggy resolveu fazer o primeiro movimento da luta e utilizou o poder de sua akuma-no-mi para dividir seu corpo em duas partes, separadas pela cintura. Com a parte de baixo, abriu suas pernas ao máximo, formando um angulo de 180 graus, começou a rodá-las e as lançou flutuando, na direção de Luffy, de forma a parecer uma estrela ninja sendo atirada.

– Bara bara Senbei! – Buggy gritou ao dar o seu primeiro golpe. No entanto, Luffy teve tempo mais do que de sobra de pular o mais alto que conseguiu e passar por cima da enorme lâmina flutuante que vinha em sua direção. Só o que ele não esperava era que era justamente isto que Buggy queria que ele fizesse, pois uma vez no ar, enquanto pulava, não teria chances de desviar de todas as adagas que ele jogara logo em seguida na direção do Chapéu de Palha. – Morra seu moleque atrevido!!! Este golpe é impossível de ser desviado!!!

– É mesmo? Porque? – Luffy ainda no ar, falou sorrindo. E então fez com que seu braço direito se esticasse, agarrou a grade de uma casa do outro lado da rua e se puxou na direção da casa para poder escapar das oito adagas que vinham voando em sua direção.

– Hohoho! Então você sabe mais alguns truques! Hummm interessante… – Buggy menosprezou o garoto enquanto suas pernas voavam de volta para o lugar que elas pertenciam.

– Veja se isso é interessante também! Gomu gumu no… – Luffy falou enquanto esticava e jogava seu braço direito para trás, com a intenção de pegar impulso com a força elástica de seu corpo – Pistol!!! – O garoto gritou enquanto seu braço era lançado agora, para frente, em direção ao rosto de seu adversário.

No entanto, Buggy desviou do longo soco de Luffy com facilidade, movendo apenas o corpo para o lado, dessa forma, o punho do garoto passou direto por mais alguns metros.

– Habilidade interessante essa sua, mas… – Buggy falou assim que se desviou do soco e então olhou para o braço de Luffy que permanecia esticado bem ao lado de seu rosto – Esticar o braço desse jeito, só o deixa com mais fraquezas!!! – O Palhaço então sacou mais uma adaga que estava escondida em suas vestes e se preparou para cortar ao meio, o braço do garoto – Vou fazê-lo em pedaços, seu fedelho!!!

E quando Buggy se preparava para golpear o braço de seu desafiante, simplesmente percebeu o que estava acontecendo e percebera que ele mesmo havia caído em uma armadilha. Olhou para frente e viu Luffy voando em sua direção em uma velocidade incrível, com seu braço esquerdo estendido na horizontal. Buggy percebeu que na verdade, a intenção do garoto nunca fora acerta-lhe um soco na cara, mas sim, agarrar um poste de iluminação que havia um pouco atrás dele e utilizar a força elástica de seu corpo para se lançar em sua direção.

– Gomu gomu no… – Luffy gritou enquanto voava na direçao de Buggy e se preparava para lhe acertar um poderoso golpe bem no pescoço – Kama!!!

– Bara bara Kinkyuu Dasshutsu!!! – Buggy gritou desesperado e então, para seu alívio, seu pescoço se desprendeu do seu torso e saiu voando bem a tempo de escapar do golpe de Luffy, que passou direto e sem encontrar o seu alvo, se chocou com os destroços do bar que havia explodido há pouco tempo – Kuhahahahaha!!! Você não é tão bom quanto eu pensei!!! – Buggy desprezou Luffy.

– Ei! Seu maldito! Se dividindo em pedaços… – Luffy falou enquanto se levantava dos destroços.

– Bara bara Hou!!! – Buggy sacou outras três adagas e com uma em cada vão entre seus dedos, atacou Luffy sem nem ao menos esperar ele se levantar direito, fazendo com que seu antebraço se desprendesse de seu cotovelo, os lançou como um míssil na direção do rosto de seu adversário.

Luffy pego de surpresa com o golpe, não conseguiu pular para o lado para desviar e então, tudo que pode fazer foi esperar a hora certa para quando, as pontas das adagas estivessem a poucos centímetros de seu rosto, agarrar com suas mãos o antebraço de Buggy e impedir o golpe. Tudo isso, ele executou com perfeição, no entanto, Buggy não fora burro e fizera com que a mão que continha as adagas se desprendesse, mais uma vez, do antebraço que Luffy segurava. Assim, pego de surpresa mais uma vez com as artimanhas do Palhaço, tudo que Luffy conseguiu fazer foi tentar desviar o rosto no último segundo. No entanto, não fora rápido o suficiente e uma das adagas abrira um corte na lateral de seu rosto, bem na altura de sua orelha esquerda.

Ao tentar desviar, Luffy se jogou ao chão novamente e quando levantou, percebeu que um pequeno, porém constante filamento de sangue escorria pela lateral de seu rosto. Percebeu também que seu chapéu de palha já não estava mais em sua cabeça. Olhou ao redor e o encontrou no chão ao seu lado.

– SEU DESGRAÇADO!!!!!! – Luffy gritou o mais alto e ameaçadoramente que conseguiu.

– O quê?! Você tá nervosinho por eu ter cortado o seu lindo rostinho? – Buggy zombou do garoto.

– COMO VOCÊ OUSA CORTAR O MEU CHAPÉU?!!!! – Luffy gritou enquanto se descontrolava de tamanha raiva e olhava fixamente para o pequeno corte, que o último golpe de Buggy havia feito, bem no finalzinho da aba de seu chapéu de palha.

– Hã!? – Buggy exclamou sem entender.

– ESSE É O MEU TESOURO!!! NÃO PERDOAREI NINGUÉM QUE TOQUE NELE!!! -Luffy mirou Buggy fixamente, com seus olhos vermelhos de ódio.

– Então esse chapéu é assim tão precioso pra você? – Buggy falou com um sorriso no rosto.

– Claro!!! Seu maldito!!! – Luffy respondeu brutamente.

E essa era a resposta que Buggy precisava para poder atacar a fraqueza do garoto. Então, aproveitou sua mão que havia usado recentemente para atacar o garoto e que permanecia escondida próximo aos destroços do bar, atrás de Luffy, para lançar uma das quatro adagas, na direção das costas do garoto.

Luffy conseguiu pressentir o perigo a tempo e pulou para o lado para se esquivar da adaga. no entanto, não percebeu que a própria mão de Buggy, com as outras três adagas, vinha voando na direção dele. O garoto só percebeu a tática de Buggy quando as três lâminas se cravaram em seu chapéu que ele ainda segurava e o arrancaram de sua mão.

– Se considera tanto este chapéu! Você deveria protegê-lo melhor!!! – Buggy falou zombateiramente para Luffy, no momento em que suas adagas atingiam, atravessavam e traziam o chapéu, voando em sua direção.

Luffy ainda pulando para o lado, quando percebeu o que havia acontecido com o seu bem mais precioso, ficou em estado de choque e  imediatamente, se lembrara da promessa que fizera a Shanks.

– Kuhahahahahahahahaha!!! Quer dizer que este chapéu velho e acabado é seu tesouro?!?!?! – Buggy zombou o garoto assim que seu braço voltou a se juntar ao seu corpo, trazendo consigo o chapéu de palha preso entre as lâminas das adagas que ele ainda segurava.

Por um instante, Luffy reuniu todas as suas forças internas para simplesmente não explodir de raiva. O garoto só conseguia se lembra da promessa que fizera ao Ruivo e ficaria insano de raiva se perdesse aquele chapéu. Então, depois de voltar a pensar melhor, simplesmente começou a correr, o mais rápido que podia, na direção de Buggy. E o garoto consegui correr muito rápido.

– Esse é o chapéu que eu jurei devolver pro Shaks!!!! – Gritou enquanto chegava cada vez mais perto do Palhaço.

– O quê?! Esse é o chapéu do Shanks?! – Buggy perguntou surpreso e então, jogou, cheio de nojo, o chapéu no chão – Eu sabia que parecia familiar… Eu e aquele idiota éramos do mesmo navio pirata. Ou melhor, ele era meu colega quando nós ainda éramos novatos. – O palhaço falou e então cuspiu no chapéu.

– O Shanks é incrível… – Luffy falou ao chegar a poucos metros de seu adversário e se preparar para desferir um potente soco bem no meio da cara de Buggy – E você diz que ele era seu colega?!

Percebendo a intenção do garoto, Buggy agiu preventivamente.

– Bara bara Kinkyuu Dasshutsu!!! – O Palhaço gritou e fez com que sua cabeça se separasse de seu corpo novamente, para assim, poder desviar do soco com facilidade.

No entanto, no último momento, Luffy conseguiu enganar Buggy e ao invés de lhe dar um soco na cara, lhe deu uma incrível joelhada na barriga que fez com que todo o corpo do Palhaço se tremesse e caisse ao chão, juntamente com a cabeça flutuante de Buggy.

– NUNCA MAIS SE COMPARE COM O SHANKS!!! – Luffy gritou o mais rápido que pode para poder descarregar toda sua raiva.

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Capítulo 17 – Nível alto, nível baixo


Parados de espadas em mãos, um de frente para o outro a poucos metros de distância, Zoro e Cabaji se encararam durante alguns segundos. A tenção era tão grande entre os dois que praticamente dava para segurar a pequena linha que os dois formavam com seus olhares.

– Só de olhar para para ele já dá pra sentir que ele vai desmaiar a qualquer momento… – Nami comentou a situação de Zoro com Luffy.

– Vai Zoro!!! – O pirata respondeu, todo confiante e animado.

Zoro nem ao menos moveu um músculo com a torcida. Não poderia se desconcentrar por nada e continuou olhando fixamente para Cabaji.

– Eu não posso me dar ao luxo de perder para alguém que se autodenomina um espadachim! – Zoro falou com convicção para seu adversário.

– Haah! Vejo que está bem determinado… Mas não se preocupe… Com uma ferida tão grave como essa, agora você já vai ter uma desculpa pra perder… – Cabaji falou com desprezo para o ex-caçador de piratas.

– Besteira… Se com uma ferida dessas, eu perdesse para alguém como você… Meu destino seria morrer antes de começar… – Zoro falou enquanto se colocava em posição de luta. Separou as pernas, esticou os braços na horizontal, com as espadas de suas mãos viradas para baixo. Na boca, mordia sua terceira espada de maneira ameaçadora e através dela cuspia as suas palavras.

– Desgraçado! – Cabaji retrucou furioso com o insulto.

– Eí! – Nami chamou Luffy num canto, enquanto os dois espadachins ainda se encaravam e começou a cochichar para ele – Atrás dos destroços do bar têm um depósito e é lá que os piratas do Buggy guardavam os tesouros… Mas o mapa da Grand Line provavelmente ainda está com o Buggy… Por isso, eu vou aproveitar que a maioria dos piratas ainda estão desacordados pra ir até lá… Depois que eu conseguir os tesouros, eu vou fugir… Então, como eu disse a vocês, eu não vou ficar por aqui muito tempo… Vocês ganhando ou perdendo, não estou nem aí… Porque eu vou me mandar! Mas se vocês conseguirem aquele mapa, poderemos colaborar um com o outro novamente! – A ladra terminou de falar e já se virou para dar o fora dali – Bom, eu já vou! Boa luta pra vocês! – E assim a pirata entrou num pequeno beco ao lado de algumas casas e sumiu.

– Beleza! Obrigado! – Luffy respondeu para Nami.

No entanto, Luffy mal conseguiu ver que por trás dele, a luta havia começado e Cabaji havia feito o seu primeiro movimento. Num rápido jogo de braços, o comandante de Buggy lançou inúmeros peões na direção de Zoro. Os peões vieram rodando tão rápido no ar, que aquilo mais parecia um uma salva de tiros. Zoro surpreso com as táticas e estilos de luta de Cabaji, demorou a realizar o verdadeiro perigo daqueles projéteis e por pouco, não consegue desviar, com suas espadas, os diversos objetos que nele forram lançados.

No entanto, mais uma vez, Cabaji usou de um artifício para distrair o seu oponente, pois no mesmo momento que ele lanços os projeteis de peão na direção de Zoro, o acrobata, começou a se dirigir em extrema velocidade e de espada em punho, na direção de Zoro. E para completar a tática traiçoeira, por trás do ex-caçador de piratas, Buggy também agiu e lançou, sorrateiramente, uma de suas mãos na direção do calcanhar de Zoro, com a intenção de prendê-lo.

Essa era praticamente uma tática perfeita do bando de Buggy e devia ser altamente ensaiada. Certamente esse jogo sujo teria dado certo, no entanto, quando Luffy se virou e viu o que estava prestes a acontecer, o pirata do chapéu de palha correu em alta velocidade e conseguiu interceptar a mão de Buggy pisando nela.

– Não interfira na luta do Zoro!!! – Luffy gritou para Buggy e aproveitou para pisar ainda mais forte na mão flutuante , só pra ver a cara de dor que o Palhaço fazia com aquela situação.

Tudo isso aconteceu numa fração quase imensurável de tempo e Zoro conseguiu no último momento, se desvencilhar não só de todos os projéteis que haviam lançado nele, como também conseguiu fugir da lâmina de Cabaji, que no último instante passara rente ao seu corpo.

Para fugir, Zoro pulou ao chão e lá ficou ajoelhado e ofegante.

– Pare… – Zoro falou com dificuldade – Já estou cansado…

– Cansado?! Hahahahahaha!!! Finalmente desistindo hã?! – Cabaji zombou – Isso era de se esperar! Quero dizer, é óbvio que você já está fazendo um esforço enorme para se manter em pé… – O comandante de Buggy comentou enquanto chegava, ainda montado em seu uniciclo, próximo de Zoro.

No entanto, o pirata de longos cabelos negros não conseguiu completar o que tinha pra dizer, pois completamente do nada, Zoro se levantou numa agilidade inacreditável e com uma banda, chutou o uniciclo de Cabaji e fez com que o pirata caísse ao chão.

Em questão de instantes, toda a situação havia se invertido.

– Eu disse que estou cansado de ter um oponente com habilidades que me dão pena!!! – Zoro falou enquanto olhava com desprezo para Cabaji. E então deu espaço para que o seu oponente se levantasse.

– Já que você está tão cansado, deixe que eu acabe com o seu sofrimento com as minhas verdadeiras habilidades!!! – Cabaji retrucou furioso, enquanto se levantava e de espada em punhos, se lançava contra o pirata de cabelos verdes.

– Oni.. – Zoro falou enquanto se colocava em uma nova posição de luta, com os braços cruzados sobre o corpo e as espadas apontadas para cima – Giri!!! – O espadachim completou e então num indiscritível movimento, atravessou as defesas de Cabaji e cortou-lhe o corpo em três locais diferentes.

A luta tinha acabado. Zoro ganhara e Cabaji caíra ao chão com muito sangue escorrendo de suas feridas.

– Cabaji!!! – Buggy extremamente furioso gritou para seu comandante – Maldição!!! Os melhores piratas do mundo, vencidos por um ladrãozinho!!! Isto é vergonhoso!!!

– Não um ladrãozinho… – Zoro resmungou enquanto tirava da cabeça a bandana que havia amarrado em seus cabelos pouco antes da luta começar – Mas um pirata!!! – E então Zoro tombou ao chão também. Estava absolutamente exausto e se sentia fraco – Luffy… Eu vou dormir…

– Beleza, pode dormir que eu vou acabar com isso aqui agora. – Luffy falou enquanto estalava os dedos e alongava os músculos do braço.

– Então quer dizer que vocês são piratas?! – Buggy exclamou surpreso, ao ouvir o que Zoro falara.

– Sim… – Luffy respondeu simplesmente – Entregue o mapa da Grand Line! – O pirata de chapéu de palha aproveitou para já ir direto ao ponto.

– Então esse é o seu objetivo… Mas aquele lugar não é para piratas como vocês, que acham que podem ir aonde bem entenderem! – Buggy rebateu furioso – O que querem lá?! Por acaso acham que vão fazer um passeio turístico?!

– Não. Eu vou ser o Rei dos Piratas. – Luffy respondeu tranquilamente, para a mais completa surpresa de Buggy.

– Não faça brincadeiras ridículas seu moleque idiota!!! – Buggy esbravejou – Você se tornar o Rei dos Piratas?! Então eu serei Deus!!! Então não digue besteiras, porque quem vai conseguir todos os tesouros e riquezas desse mundo serei eu!!! Por isso nem sonhe com algo parecido!!!

– Ah, cala a boca! Pule essa parte de encheção de saco e vamos começar logo! – Luffy falou enquanto se colocava em posição de luta, com o corpo virado para o lado, a mão direita para trás e a mão esquerda sobre o cotovelo direito- Você fala demais, seu palhaço idiota.

– Yayayayayaya!!! – Buggy riu da insolência de seu desafiante e então sacou seus vários punhais – Cuidado com a boca, seu pirralho! E tem uma coisa que está me incomodando em você… Esse chapéu me lembra muito alguém que eu conheci há muito tempo atrás… Aquele ruivo insolente…

– Hã!!! Você conhecia o Shanks?!!! – Luffy falou surpreso.

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Capítulo 16 – Bando do Luffy versus Bando do Buggy


Naquele instante, logo após o enorme estrondo da explosão da buggy-dama, um silêncio aterrador se instaurou no ponto aonde anteriormente havia um bar cheio de piratas em seu telhado. Tal silêncio só era cortado por eventuais gemidos de homens feridos. No entanto, não era possível ver de fato o real estrago do inesperado contra ataque de Luffy, pois até então a poeira não havia abaixado e tudo que era visível era uma enorme nuvem cinza de poeira e dor.

O pirata do chapéu de palha e o espadachim de bandana negra, assistiam a poeira baixar, ansiosos pelo combate que certamente ocorreria dentro de instantes. Já a ladra de curtos cabelos laranjas, estava nervosa e extremamente inquieta.

– Explique-se! Eu ainda não entendi nada! – Nami gritou para Luffy – Desde que você foi lutar com aquele leão monstruoso e voltou intacto, eu não estou intendendo mais nada! E agora isso, que você fez, não é humanamente possível!!! Como diabos você encheu como um balão?! – A ladra inquiriu o pirata enfaticamente.

– Com o gomu-gomu-no-fusen! – Luffy respondeu calmamente, sem compreender o espanto da garota.

– Eu não quero saber a droga do nome que você deu pra esse ataque!!! – Nami retrucou ainda mais nervosa – Seu monstro!! – A ladra completou.

Nessa hora, os dois pararam de discutir pois começaram a ouvir um som novo vindo das ruinas do bar. Uma estridente e irritante risada começava a soar cada vez mais alto, na mesma proporção com que a nuvem de fumaça se dissipava no ar.

– Hahahahaha!! Continuem fazendo barulho e conversando como se não estivessem assustados… – A voz soou por trás de dois corpos de piratas do bando de Buggy que flutuavam no ar e jaziam mortos.

– Ele usou seus próprios companheiros como escudo!!! – Nami falou quando reconheceu a voz de buggy por trás dos corpos flutuantes.

Pouco atrás de Buggy, Cabaji, seu comandante, utilizara da mesma técnica que seu capitão para sobreviver, no entanto, não utilizara o corpo de um de seus companheiros piratas, mas sim o enorme corpo de Richie, o leão de juba roxa de Mohji.

– Essa foi a pior humilhação que já sofremos desde que nos tornamos piratas, capitão! – Cabaji falou para Buggy. O comandante era tão forte que conseguia erguer o gigantesco corpo do leão, com apenas uma das mãos e ainda por cima, se equilibrando em cima de seu uniciclo.

– É… E estou tão furioso que não tenho nem palavras… – Buggy falou enquanto largava o corpo dos homens que havia usado como escudo no chão.  O pirata estava tão irritado que trincava os dentes e inconscientemente fazia com que uma veia pulsasse em sua testa.

Atrás dos dois piratas, um homem começou a tentar se levantar enquanto tirava de cima de si, alguns escombros do prédio do bar.

– Maldição… Acabei ficando inconsciente… O que aconteceu…? – O homem falou enquanto se recuperava.

– Mohji… – Cabaji falou com desprezo, ao olhar pra trás e reconhecer o vice-capitão do bando de Buggy – Então você ainda está vivo…

– Cabaji!!! Seu…! – Monhji exclamou furioso ao ver o que o comandante tinha feito com seu leão – O que diabos você está fazendo com o Richie?!

– Ah… Esse gatinho? – Cabaji falou enquanto arremessava o corpo inconsciente do leão, aos pés do domador de animais – Não queria sujar minhas roupas então usei ele como meu escudo.

– Ei, Richie!! Você está bem?! – Mohji balançou desesperadamente o corpo do animal para fazê-lo reagir, até que o leão emitiu um pequeno rugido, mostrando que apesar de estar terrivelmente ferido, ainda estava vivo – Maldito! Seu maldito! – O adestrador amaldiçoou o pirata de seu navio que permanecia em pé ao lado de seu  capitão. Logo depois, ele percebeu que em pé, além dos dois companheiros de seu bando, haviam mais três pessoas em pé os observando – Uah!!! – Monhji se assustou ao reconhecer um deles – O garoto do chapéu de palha!!! Capitão, tome muito cuidado com ele!!! Ele também comeu uma das akumas no mi!!! Esse garoto é um homem borracha!!! – O pirata de cabelos brancos e arco de orelha de urso gritou exasperado para seu capitão.

Lá longe, ao ouvir isso, Nami tomou o maior susto e olhou espantada para Luffy.

– Homem-borracha?!!! – A ladra exclamou surpresa.

– É… Olha… – Luffy rebateu calmamente enquanto levava as duas mãos até suas bochechas, as esticava por mais de meio metro pra cada lado, criando assim, uma cena incrivelmente bizarra, para o espanto de Nami.

– Akuma no mi… – Buggy, no ponto central da área, entre Mohji que estava atrás de si e Luffy que estava a sua frente, falou num suspiro… – Então por isso que ele pôde rebater aquela bola de canhão… – O palhaço comentou para si mesmo e nesse momento, fez com que uma de suas mãos voasse até o pescoço do adestrador de animais – Mas… Mohji… Se você já sabia disso… – Buggy até então falava em baixo tom – Por que não me disse isso antes?!!! – O pirata de cabelo azul e chapéu de corsário gritou furioso enquanto fazia com que Mohji fosse arremessado, numa incrível velocidade, na direção de Luffy.

– Mas eu falei! – Foi tudo que o vice-capitão conseguiu responder, desesperado, antes de ser arremessado na direção de Luffy, Nami e Zoro. Já no ar, voando numa rápida velocidade, ainda gritou mais uma coisa – Uahhh!!! Saiam da frente!!!

– Ora, saia você! – Luffy respondeu quando o sujeito voando a quase um metro e meio do chão, chegou perto o suficiente dele. Meio segundo a mais e teria acontecido um enorme strike, no entanto, Luffy agira no momento certo e dera um chute bem na cara de Mohji enquanto o mesmo ainda voava, fazendo com que o pirata que fora arremessado mudasse de direção e caisse inconsciente no chão – Agora sim a luta começou! – Luffy falou contente. No entanto não vira que logo atrás do Mohji que fora arremessado, Cabaji vinha numa incrível velocidade em cima de seu uniciclo. Na verdade, o arremesso do domador de animais nada mais fora do que uma distração.

– Eu vingarei o estrago que você causou ao nosso bando, Chapéu de Palha!!! – Cabaji gritou enquanto sacava sua espada, quando já chegava perto de Luffy, que ainda estava distraído com o golpe que acabara de dar em Mohji.

No entanto, quando já estava a poucos instantes de cravar sua espada na testa de Luffy, com um golpe de esgrima, Cabaji viu que um homem entrara incrivelmente rápido em sua frente e interceptara o seu golpe, o aparando com a lateral de uma espada.

– Se a luta é com espadas, então é comigo. – Zoro falou enquanto suportava todo o peso do golpe de Cabaji, apenas com a lateral de uma de suas espadas que ele empunhava com uma das mãos na altura de seu nariz.

– Será uma honra, Roronoa Zoro… Como espadachim, é meu dever acabar com você! – O pirata em cima do uniciclo falou com ar arrogante.

– Ei, Zoro! – Luffy interveio ao ver que a ferida que o espadachim tinha na barriga voltava a sangrar – Acho que é melhor eu lutar com esse cara aí. Descansa um pouco…

Cabaji, percebendo o ponto fraco de Zoro, sem hesitar, aproveitou a pouca distância que estava do espadachim de cabelos verdes e imediatamente, usou uma das técnicas mais baixas. Simplesmente cuspiu na cara de Zoro e no instante em que o mesmo se distraiu, desferiu um forte chute na lateral da barriga do ex-caçador de piratas, bem no local de sua ferida aberta.

– Aaarghhh!!! – Zoro exclamou de dor enquanto tombava ao chão – Maldição!!!

– Ora, o que foi? Eu nem chutei tão forte assim! Ou será que eu chutei? – Cabaji falou com desdém e no mesmo instante, utilizou sua espada para tentar acertar, bem no meio de sua cabeça, o espadachim que ainda estava no chão. No entanto, Zoro conseguiu reagir a tempo e sacar duas de suas três espadas e fazendo um “x”com as espadas por cima da cabeça, conseguiu aparar o golpe do comandante dos piratas do Buggy – Hehehe… – Cabaji riu ao perceber que Zoro havia caído em seu truque novamente e acertou-lhe outro chute em seu ferimento aberto.

– Aaarghhhhh!!! – Dessa vez Zoro rolou de dor pelo chão, deixando por trás de si, uma trilha do sangue que escorria de sua barriga.

– O que há, Zoro? É patético assistir um homem adulto ficar gritando como uma criança assim… – O pirata falou enquanto brincava de se equilibrar em cima de seu uniciclo – Por causa do poder estranho do seu amigo o nosso bando está em pedaços… No entanto, ainda que você seja um caçador de piratas, foi um grande erro fazer o bando do Buggy ser seu inimigo.

– Cof… Cof… Cof… – Zoro tossia sangue enquanto tentava se levantar.

– Lutar machucado desse jeito é demais pra ele!!! – Distante da luta, Nami gritava para Luffy – E porque você só fica parado aí olhando?! Ele vai acabar morrendo se você não fizer nada!!! – A ladra chamou a atenção do pirata de chapéu de palha, mas o mesmo não respondeu nada. Ficou apenas observando a luta dos dois espadachins.

– Roronoa Zoro!!! Te vejo no outro mundo!!! – Cabaji gritou, enquanto ia em rápida velocidade, na direção de Zoro, com a intenção de lhe dar o golpe final com sua espada.

No entanto, assim que o Comandante de Buggy se aproximou, em cima de seu uniciclo, de Zoro, o mesmo num rápido e muito bem calculado movimento, conseguiu se desvencilhar do golpe inimigo e ainda por cima, desferir um chute na bicicleta de uma roda de Cabaji, fazendo com que o pirata de longos cabelos negros perdesse o equilibrio e caísse ao chão.

– Que cara mais chato! – Zoro falou irritado – Acha muito legal ficar brincando com a ferida dos outros, não é? – Então, inesperadamente, o espadachim pegou sua própria espada e fez um corte ainda maior no local aonde estava ferido, fazendo com que ainda mais sangue passasse a escorrer por sua barriga.

– O que?!!! Ele mesmo se cortou?!!! – Todos que viram a cena exclamaram assustados.

– Fuuuuuuhhh – Zoro soltou um enorme suspiro e falou para si mesmo – Meu objetivo é me tornar o melhor espadachim do mundo… – E então se voltou para Cabaji, que o olhava perplexo e enquanto mordia o cabo de uma de suas espadas disse – Agora minha condição está suficientemente ruim pra você? Vou te mostrar a diferença de nossos níveis…

– Hahhh!!! Que legal!!! – Luffy exclamou animadamente com a ameaçadora frase de Zoro.

– Roronoa Zoro… Tão insolente!!! – Cabaji falou enquanto suava frio.

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Capítulo 15 – Gong


– Preparações completas! Segunda buggy-dama pronta! – Do alto do telhado do bar, um dos canhoneiros de Buggy gritou para avisar à seu capitão.

– Ótimo! Disp… – Buggy começou a ordenar o disparo, porém foi interrompido por um súbito grito vindo lá de baixo.

– Buggy, O Palhaço! – A voz séria de um homem, soou por todo aquele canto da cidade abandonada – Apareça seu maldito!!!

– Quem é aquele homem?! – Irritado, Buggy perguntou ao ir para o parapeito do telhado e ver, lá embaixo, um senhor de cabelos grisalhos e uma esdrúxula armadura de madeira empunhando uma simples lança.

– O que é isso? – Buggy falou perplexo, ao ver que um quase senhor de idade o desafiava – Do que você ousou me chamar??? – Buggy inquiriu rigidamente.

– Eu sou o líder dessa vila! Ou melhor, o chefe!  Meu nome é Boodle, desça aqui e lute comigo!!! – O corajoso líder chamou o seu oponente à luta.

– Bwahahahahah!!! – Todos os piratas de Buggy que assistiam aquela cena começaram a rir copiosamente – Lutar contra o Capitão?! Você acha que pode vencê-lo?! Bwahahahahah!!!

– Capitão Buggy! – Uma voz que até então havia permanecido calada se impôs.

– O que foi, Cabaji? – Buggy respondeu assim que imediatamente identificou a voz de quem o chamava.

– Deixe este pequeno peixe para mim. – Cabaji falou calmamente enquanto sacava sua espada, montava em um uniciclo e nele, saltava para o parapeito do telhado onde, apontando a espada para seu iminente adversário, se equilibrava na bicicleta de uma roda – Porque eu não paro de achar que neceses dias minha habilidades estão ficando enferrujadas por falta de uso.

Cabaji, ou mais conhecido como Comandante Cabaji, O Acrobata, era o segundo na linha de sucessão do bando de Buggy. Ele era alto, tinha longos cabelos negros que estavam presos para trás no lado direito de sua cabeça e que escorriam pelo lado esquerdo por cima de seu olho. O sujeito vestia um longo sobretudo preto aberto que deixava mostrar o seu peito nu, uma faixa branca presa à barriga, uma longa calça boca de sino branca e um sapato de bico fino preto. No entanto, o que mais chamava atenção em sua aparência era um longo cachecol xadrez nas cores azul e branca que ia quase até o chão.

– Seu idiota! – Buggy repreendeu seu comandante – Ele chamou por mim! Você fica aí! – E então virou-se para o senhor que o desafiava – Porque você quer lutar comigo? Por acaso está atrás de fama?! – Buggy inquiriu.

– Não seja estúpido! Eu tô aqui pra proteger a minha vila! Pra proteger o meu tesouro!!! – Boodle respondeu convictamente.

– Ein?! – Buggy se surpreendeu – Mas que idiota!! A palavra tesouro deve ser atribuída a coisas como jóias, ouro e prata! – Buggy se divertiu com a tolice do homem – A vila é seu tesouro?! Que monte de palavras inúteis!!! – O pirata zombou novamente do velho.

– Não brinque comigo!!! – Boodle respondeu enfurecido com a provocação de Buggy – Eu nunca sonharia que iria perceber o quanto eu amo esta vila se não fosse por pessoas assim como você!!! Desça aqui agora mesmo se você é homem e vamos resolver isso!! – O líder da vila desafiou o pirata novamente.

– Descer aí?! – Buggy falou com tom de nojo – Eu não quero! – E ao falar isso, utilizou o poder de sua akuma-no-mi para lançar como um tiro, a sua mão direita em direção ao pescoço de seu desafiante, que ignorante das habilidades do pirata, nada pode fazer a tempo.

– S-seu monstro! Q-que merda é esta?! – Boodle exclamou ofegante, enquanto tentava se livrar da mão que o enforcava e o erguia no ar.

– Me mandando descer aí…. Você faz idéia de quem eu seja para você me tratar com tamanho desrespeito? – Buggy falou com sua voz incrívelmente irritante – Deixa eu te dizer quem eu sou… Em breve, a Grand Line vai estar sobre o meu controle! E eu terei todo o tesouro que reluz existente neste mundo!!! – O pirata falava enquanto aumentava o seu tom de voz – O tesouro de todo o mundo será meu!  – Repetiu – E já que essa vila significa tanto para você, eu acho que você se sentiria honrado em se tornar poeira junto com ela!

– Mas o que??? Seu filho da puta! – Boodle exclamou surpreso – Lute comigo de verdade!!! – O velho desafiou o pirata mais uma vez, enquanto ainda era enforcado e suspenso pela mão flutuante de Buggy.

– Acabem com tudo! – Buggy ordenou aos seus subordinados e começou a se virar para sair do parapeito e voltar para o centro do telhado. No entanto, ele sentiu algo estranho que o fez voltar sua atenção para o nível do chão novamente. Quando viu o que era, resmungou – Aquele chapéu de palha novamente…

Lá embaixo, Luffy acabava de pular, puxar o líder da vila de volta para o chão, e arrancar na marra, a mão de Buggy de seu pescoço. Agora, o pirata do chapéu de palha sorria e segurava a mão do Palhaço e o velho tombava no chão tentando recuperar o folego.

– Eu manti minha promessa… Eu vim acabar com você! – Luffy falou confiantemente. – E então jogou a mão do pirata de volta para o ar e a mesma voltou voando para o seu local de origem: nos punhos de Buggy.

– Então vocês todos vêem aqui sem um pingo de medo… – Buggy falou irritado ao ver que o garoto do chapéu de palha não estava sozinho – Seus imbecis!!! Vocês todos estão mortos!!!

Atrás de Luffy, Zoro e Nami o acompanhavam.

– Olha, eu não ligo se vocês vão lutar ou não… Isso é coisa de vocês… – Nami com medo, comentou com Zoro – Mas eu só to aqui pelo mapa e pelo tesouro!

– É, eu sei… – Zoro respondeu calmamente, enquanto botava as mãos nos bolsos.

– Ei, vocês… – Boodle falou enquanto se levantava – Porque vieram pra cá? Se afastem vocês três!! Essa é a minha guerra! Eu sou aquele que deve proteger essa vila!!! Não interfiram!!! – O chefe da vila falou com raiva.

Luffy ao ver o estardalhaço que o velho estava fazendo, simplesmente virou-se em sua direção e para completo espanto de todos exceto Zoro, que permaneceu impassível, deu um belo soco na cara do líder da vila, que imediatamente caiu desmaiado no chão e ali ficou inconsciente e completamente imóvel.

– Seu… Seu idiota!! Pra que você fez isso?! – Nami protestou – O que ele lhe fez?!

– Ele iria ficar no nosso caminho…! – Luffy retrucou dando um leve sorriso.

– Até que você pensou desta vez… – Zoro comentou – Se ele tivesse acordado, provavelmente iria entrar na luta imprudentemente. É mais seguro pra ele que fique desacordado…

– Eí você!!! – Luffy gritou o mais alto que pode – Você com um enorme, vermelho e horroroso narigão!!! Eu vou acabar com você!

Ao ouvir esta que era a maior ofensa que Buggy poderia escutar, o pirata ficou extremamente furioso.

– Disparem a buggy-dama imediatamente nestes insolentes!!! – O Palhaço ordenou com sangue nos olhos – Morram!!!

E como o canhão com a buggy-dama já estava preparado e apontado, em menos de 5 segundos, um enorme estrondo soou na vila e a Buggy-dama saiu voando em disparada na direção dos oponentes.

No entanto, neste meio tempo, quando viram o que estava prestes a acontecer, Zoro e Nami começaram a esboçar um esforço de fuga para longe do alcance do projétil de Buggy. No entanto, Luffy não moveu um sequer músculo.

– Você acha que só por causa de uma mísera bola de canhão, eu vou me mover um centímetro sequer? – E então o pirata do chapéu de palha fez algo surreal mais uma vez – Gomu-gomu-no… Fusen!!! – Simplesmente começou a sugar o ar em quantidades absurdamente fora do normal e com isso, sua barriga foi crescendo de tal forma a ficar simplesmente 10 vezes maior que o normal. Tudo isso graças ao seu poder de se esticar. Dessa forma, quando a bala de canhão foi chegando em sua direção, aconteceu com ela, o mesmo que acontecia com as balas de armas normais. Ela se encontrou com a pele do pirata, no entanto não a perfurou, simplesmente foi empurrando, até que perdesse a velocidade até a completa inércia, só aí, ela começou a ser empurrada para fora do corpo novamente, com quase a mesma força com que chegara, graças à força elástica da pele de Luffy. Com isso, o pirata além de conseguir se defender do tiro de canhão, ainda consegui contra-atacar o seu inimigo.

Ao verem o que aconteceu, todos ficaram em estado de choque e Buggy e os demais piratas do seu bando soaram frio, prevendo o seu destino próximo.

– Você poderia ao menos ter dito o que ia fazer isso… – Zoro resmungou enquanto se recompunha de sua iniciativa de fuga.

Nesse momento, a buggy-dama atingia o prédio do bar e causava uma enorme explosão.

– É isso aí! O número deles vai diminuir… Devemos começar?! – Luffy perguntou para zoro enquanto sorria e segurava, com uma das mãos, o seu chapéu de palha que ameaçava voar com o deslocamento de ar causado pela explosão.

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Capítulo 14 – Imprudente


HÃ?! O Mohji foi derrotado?! – A voz estridente de Buggy soou na cobertura do bar, quando um de seus subordinados trouxe a notícia de que o vice-cappitão de seu navio havia sido derrotado. Desta vez, ele estava ainda mais furioso – Então preparem todas as buggy-damas que nós tivermos! Eu vou destruir esta vila inteira! Vou reduzir tudo a pó!!!

Neste momento, Mohji subiu as escadas com dificuldade e se ajoelhou na frente de seu capitão.

Ah, então você voltou, vice-capitão Mohji! – Buggy falou com desdém, ao observar o estado lamentável que um de seus melhores homens estava.

Mi-minhas sinceras desculpas, Capitão Buggy! Mas eu não pude derrotar aquele garoto… – O adestrador falou com dificuldade, enquanto se curvava para seu chefe e deixava algumas gotas de seu sangue sair de sua boca e pingar no chão.

Mas o que?! Você foi derrotado pelo garoto com chapéu de palha?! Mas você não estava atrás do Roronoa Zoro? – O Palhaço perguntou intrigado.

– Sim… Eu… Subestimei aquele cara… – Mohji falou com dificuldade. Seu rosto estava cada vez mais palido – Mas a verdade é que aquele garoto é um… Homem borracha… – E ao terminar de falar, desmaiou.

——

Em alguma região próxima à vila deserta, um pequeno cachorro, que originalmente era branco, mas que agora estava um misto de cinza fuligem e vermelho sangue, atravessava uma singela ponte e se aproximava de um grupo de pessoas que estava do outro lado. Na boca, o cão levava um surrado pacote de ração.

– ­Eí! Aquele é o Shushu da loja de ração! – Uma voz gritou do outro lado da ponte, ao avistar o animal.

– Que bom que você está bem! Todos estávamos preocupados com você Shushu! – Um homem de meia idade, de cabelos pretos e óculos falou quando o cão se aproximou dos habitantes refugiados da vila.

Esses cortes estão horríveis! Ele de ter se metido com aqueles piratas de novo… – Um outro morador refugiado comentou – Eu vou cuidar disso o quanto antes!

– Eí! Mas aonde está o velhote do chefe?! – Um terceiro refugiado comentou – Ele havia dito que iria na vila só para alimentar o Shushu… É estranho que ele não tenha voltado…

– Será que alguma coisa aconteceu com o chefe? – Uma mulher que estava ali próxima comentou.

Eu vou lá na vila ver o que aconteceu… – Um novo habitante se candidatou.

Eí, não seja tolo! O chefe não é tão idiota de ser pego por aqueles piratas! Além do mais, ele conhece cada canto dessa vila melhor do que qualquer um… – Um outro refugiado interveio na conversa. Ele aparentava ser mais velho, era careca e tinha um grande bigode grisalho. O sujeito parecia ser amigo de longa data de Boodle e falava com voz em tom saudosista –  E também, ele ama demais essa vila! Ela significa muito pra ele! Ele não faria nada estúpido!

——

Ainda sentado no chão da rua, em frente às cinzas da loja de ração, Luffy estranhou ao ver que Nami caminhava em direção a ele. Desta vez, aparentava estar muito mais calma.

Me desculpe por gritar com você! – Foi a primeira coisa que a ladra de cabelos laranjas falou ao chegar ao lado do pirata com chapéu de palha.

Hmm? – Luffy soltou uma pequena exclamação de surpresa com a atitude da ladra. Então começou a se levantar – Tudo bem… Você passou por muitas coisas e perdeu uma pessoa importante por causa de piratas, não é? Não precisa dizer nada…

Nami então suspirou e esboçou um leve sorriso. Permaneceu calada.

OOOOO…! Eu não agüento mais isso! – Boodle, o chefe da vila, exclamou inesperadamente.  

– O que? – Nami perguntou surpresa com a reação do senhor de armadura rudimentar.

Eu sou tão inútil! Tão inútil! – Boodle continuou exclamando vigorosamente – Shushu e vocês jovens tem lutado tanto… E eu que sou o chefe, não fiz nada além de ver nossa vila ser esmagada!!!

– Se acalme senhor! – Nami assustada, aconselhou o chefe da vila.

Não posso me acalmar, porque para um homem, existem batalhas que não podem ser evitadas!!! – Boodle falou com convicção – Não estou certo garoto?

Isso aí tio! – Luffy respondeu com um enorme sorriso no rosto. Começava a gostar mais daquele senhor.

Não encoraje ele! – Nami brigou com Luffy.

Há quarenta anos atrás… – Boodle continuou – Essa área era apenas uma terra desperdiçada e destruída, mas nós erguemos tudo do zero aqui! No início era muito pequena e tinham muitas poucas casas… Mas o número de moradores foi aumentando e nós construímos mais casas e lojas dando sempre o nosso melhor! E esse lugar se transformou agora nessa grande vila! Essa vila foi feita pelos idosos! Nós fizemos essa vila! E ela e os moradores são meus tesouros! E que tipo de chefe não protege os seus tesouros?! – Boodle exclamava cheio de convicção – Eu vou lutar!!! – E ao falar isso, puxou a lança que mantinha presa às costas e a ergueu o mais alto que pode, como que numa declaração de guerra.

No entanto, naquele mesmo instante, do outro lado da vila, Buggy começava a cumprir sua promessa e ordenava o disparo da primeira buggy-dama.

O poder da bola de canhão especial de Buggy era tão devastador, que com um único tiro, destruiu várias casas e atravessou a vila de ponta a ponta. Por questão de poucos metros, o tiro não atingira Luffy e companhia.

– Grrrr!!! – Boodle trincou os dentes furioso – Eles atingiram a minha casa!!! – O Chefe da vila exclamou ao perceber o estrago que o tiro havia causado.

Aahhh!!! O Zoro tava dormindo lá!!! – Luffy lembrou-se e então correu na direção das ruínas da casa – Eí Zoro! Você ainda tá vivo?!

– Tô… – A voz fraca de Zoro soou por baixo dos escombros. E então com uma única mão, Zoro moveu todos os fragmentos da casa que estavam por cima dele e logo o seu coro e sua cabeleira verde ficaram as vistas de todos – Mas que jeito ruim de me acordar… – Comentou com voz de sono.

Ainda bem que você tá vivo! – Luffy exclamou alegremente.

Já Nami, só consegui pensar em como aquele sujeito havia sobrevivido a tal explosão sem sofrer dano algum.

Parece que o meu peito está querendo saltar para fora! – O chefe da vila voltou a falar após o susto da explosão ter passado, parecia falar para si mesmo –  Você acha que eu vou deixar esses piratas destruírem a nossa vila?! Um cara franzino que aparece do nada na minha vila, não tem o direito de pisar em quarenta anos de esforço!!! Eu sou o chefe e não vou fugir e deixar a vila ser tratada assim!!! Já decidi! Eu vou lutar!!! – Booddle falou enquanto comçava a andar em direção ao bar da cidade, o quartel general de Buggy.

Espera um minuto!! – Nami tentou impedir o senhor novamente. Desta vez, segurou um dos braços dele.

Me solta garota! – Boodle ordenou.

Mas aquele povo é perigoso demais!! O que o senhor vai fazer sozinho?! É muita imprudência! – Nami tentou chamar o velho à razão.

Eu sei que é muita imprudência!!!! – Boodle se virou para Nami e gritou. Seus olhos estavam cheios de lágrimas mal contidas.

Ao ver a séria expressão de convicção no rosto do senhor, Nami não conseguiu fazer mais nada.

Espere por mim!! Buggy o Palhaço!!! – Boodle exclamou o mais alto que pode, quando se virou e foi em direção ao seu adversário.

O chefe… – Nami comentou em tom de surpresa, ao ver aquele senhor se afastar de lança em mãos – Ele tava chorando…

– Sério? Eu não vi nada disso não…. – Luffy falou enquanto ajeitava o chapéu de palha na cabeça e dava um leve sorriso.

Por algum motivo, isso tá começando a ficar divertido! – Zoro comentou.

Hehehehe… Concordo! – Luffy respondeu.

E vocês ainda acham graça!? – Nami perguntou furiosa com a atitude dos dois.

Não se preocupe, eu gostei daquele senhor… Eu não vou deixar ele morrer! – Luffy respondeu dando um grande sorriso.

Como você ainda consegue rir numa situação como esta? – Nami perguntou para si mesma, intrigada – Da onde vem toda essa sua confiança?

– Nosso destino é a Grand Line! Agora nós vamos roubar aquele mapa de volta! Você vem com a gente? Você também precisa daquele mapa, não? – Luffy falou para Nami, enquanto estendia a mão para que ela apertasse e selasse a parceria dos dois – E também tem o tesouro daquele pirata narigudo…

– Eu não vou ser uma pirata! – Nami retrucou enquanto dava um leve tapa com as costas de sua mão, na mão estendida de Luffy – Ao invés de companheiros, estaremos apenas cooperando… Nos ajudando a alcançar nossos objetivos. – Nami completou.

E então, ambos saíram andando na mesma direção que o líder da vila fora. Atrás deles, Zoro se levantou e começou a segui-los.

Você também vai? E o ferimento na sua barriga? – Nami perguntou intrigada.

Já tá curado! – Zoro falou calmamente enquanto apontava para o curativo que Boodle havia feito em sua cintura – E mais importante que o ferimento no meu corpo, é o ferimento no meu nome, já que na última luta, tudo o que eu fiz foi ser ferido! – O espadachim falou enquanto desamarrava o lenço escuro que mantinha preso em seu braço esquerdo e o amarrava na cabeça, de forma a cobrir todo o seu cabelo verde – Vamos indo então? – Zoro perguntou enquanto baixava as mãos para as suas espadas presas em sua cintura.

 Sim! Vamos lá! – Luffy respondeu animadamente, enquanto juntava as mãos e estalava os dedos.

Estavam prontos para a luta.

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Capítulo 13 – Tesouro


Aaahh!!! Você ainda está vivo?! – Nami e Boodle gritaram assustados, ao mesmo tempo, quando viram Luffy sair de meio dos escombros. Ambos tinham fugido, mas continuavam acompanhando a luta de longe e quando Luffy fora arremessado contra a casa, caira perto deles – Como diabos você conseguiu sobreviver?!

– Ué, era pra eu tá morto?! – Luffy perguntou incrédulo, enquanto se preparava para voltar para a luta.

Você atravessou completamente aquela casa!!! E você ainda está em perfeito estado!!! Isso é muito estranho!!! – Nami exclamou. A ladra ainda não havia descoberto que Luffy era de feito de borracha.

Eu não ligo que seja estranho… – Luffy retrucou enquanto ajeitava seu chapéu em sua cabeça.

Que seja… Mas qual o seu propósito aqui? Porque está lutando com esses piratas? – Boodle, o chefe da vila perguntou.

Eu decidi isso agora a pouco… – Luffy falou enquanto abria um sorriso – Eu vou conseguir aquele mapa da Grand Line e uma navegadora também!

——

– Rrrr… Au! Au! Au! – Shushu rosnava e latia desesperadamente para Richiee e Mohji.

O que diabos esse cachorro está fazendo! Ele tá tentando nos impedir de entrar nessa loja?! – Mohji perguntou intrigado, logo depois, fez com um gesto, o comando para que seu gigantesco leão, acabasse com o cachorro. Prontamente, Richiee atendeu a ordem e deu uma poderosa patada em Shushu, fazendo o voar longe e abrindo um corte em seu focinho. Agora sem o cachorro entre ele e a loja de rações, o leão começou a se dirigir para a entrada.

Foi quando, inesperadamente, Shushu voltou latindo e correndo e pôs-se novamente no caminho do enorme animal. Dessa vez, foi ele que atacou, mordendo inutilmente, uma das patas do gigantesco leão, que para revidar, desferiu outra patada no cão, fazendo-o voar para longe novamente. Dessa vez, ficou ainda mais machucado. No entanto, Shushu voltou a se levantar e a latir.

Ainda tentando nos atacar? Será que tem alguma coisa dentro da loja que ele gosta de comer? Mas não temos tempo, acabe logo com isso Richiee! – Mohji falou para seu leão.

——

Eu vou ver o Zoro rapidinho e já volto… – Luffy falou para Nami e Boodle, enquanto se afastava deles  – Aquele cara com a cabeça de elo de animal parece estar atrás dele…

– Seu idiota, não vá! Dessa vez você vai realmente ser comido por aquele leão!!! – Boodle alertou o jovem com o chapéu de palha.

No entanto, apesar das palavras do velho líder da vila, Luffy foi em direção à casa na qual Zoro estava. Contudo, ao andar poucos metros, começou a ouvir vários latidos e parou para observar o que era.

Assim que chegou a origem do som, percebeu que era Shushu quem latia desesperadamente. O cachorro estava sentado na calçada olhando para a loja de rações de seu dono que falecera. No entanto, já não era a mesma loja que Luffy vira a pouco tempo atrás, pois agora a loja estava completamente destruída e consumida em enormes labaredas de fogo.

Au!!! Au!!! Au!!! Au!!! Au!!! Au!!! – Shushu, que estava completamente ensangüentado e machucado, latia compulsivamente enquanto via a única coisa que o ligava ao seu antigo dono sendo consumida elas chamas. Ali fora aonde ele crescera e passara bons e maus momentos ao lado de seu melhor amigo. Seu dono. O animal se lamentava por não ter conseguido cumprir a última promessa que fizera para seu dono: cuidar da loja enquanto ele não estivesse lá.

Ao ver aquela triste cena, Luffy parou instantaneamente e se lembrou do que Boodle havia lhe dito: “Aquela loja era o tesouro de Shushu”.

Au!!! Au!!! Au!!! Au!!! – Sem nem ao menos notar a presença de Luffy, o cachorro continuava olhando a loja virando cinzas e latindo copiosamente.

Luffy ficou arado durante alguns segundos e logo depois mudou o rumo que iria tomar.

——

Em uma rua próxima, Richiee agora de barriga cheia, caminhava a procura de Roronoa Zoro. Na boca, carregava um saco de ração de animais que roubara da loja que recentemente invadira. Um pequeno lanchinho ara mais tarde.

Aquele cachorro maldito! Ele até me mordeu! E ainda tá sangrando! – Mohji falou para Richiee, enquanto olhava um pequeno machucado em seu braço – Colocar um cachorrinho pra lutar comigo… O dono dessa loja deveria estar louco! – O adestrador falava para si mesmo quando percebeu que havia alguém no seu caminho – Hum..?. Você…! – Mohji exclamou surpreso ao ver o garoto de chapéu de palha e colete vermelho em sua frente novamente – Você não havia morrido agora pouco?!

– Eu não vou morrer tão fácil… Porque eu sou um homem borracha! – Luffy falou calmamente, enquanto esperava em pé e de braços cruzados, a aproximação do adestrador e seu animal.

Homem borracha? Eu até entendo que talvez você tenha uma sorte do diabo, mas acho quevc bateu com a cabeça! – Mohji falou zombateiramente – Mas vir ao meu encontro novamente foi muita estupidez! Dessa vez eu vou te mandar pra outro mundo de uma vez por todas! Vá Richiee!!! – O vice-capitão da tripulação de Buggy falou enquanto saltava do animal e o ordenava a atacar.

Você acha que um leão vai conseguir me matar? – Luffy falou com um sorriso no rosto.

E na mesma hora em que o enorme leão de juba roxa pulou para atacar o pirata, Luffy aproveitando o fato de seu corpo ser de borracha, fez com que seus dois braços se esticassem e se entrelaçassem entre si, criando uma espécie de corda tencionada. Com os braços dessa forma, arremessou-os na direção de Richiee e, graças ao susto que o animal levou ao ver o corpo do garoto se deformando, conseguiu segurar com ambas as mãos na juba do leão.

Mas que porra é essa?!!! Os braços dele esticaram?! – Mohji ficou pasmo ao ver o que acontecia.

Gomu-gomu-no… – Numa fração de segundos, Luffy ainda segurando na juba do leão, utilizou de toda a sua enorme força para levantar o leão por cima dos ombros e, graças a forma como ele o segurara, fazê-lo girar muitas vezes em torno do próprio eixo, para só então, arremessar a cabeça do animal contra as pedras do chão da rua – … Tsuchi*!

– Richiee…!!? – Foi a única coisa que o adestrador conseguiu falar ao ver o seu animal sendo tão terrivelmente derrotado – Você… Quem é você?! – Mohji falou aterrorizado, ao perceber que o garoto começava a se virava.

Há muito temo atrás, eu comi a gomu-gomu-no-mi… – Luffy respondeu enquanto se virava.

Gomu-gomu-no-mi?! Quer dizer então que você ganhou habilidades da fruta do diabo, assim como o Capitão Buggy?! – O adestrador falava aflito – O… Okay! Eu te dou tudo que você quiser! E também te peço desculpas! Me perdoe! – Mohji implorou prevendo seu trágico fim.

Eu não preciso que você me peça perdão, porque isso não vai trazer o tesouro do Shushu de volta!!! – Luffy falou enquanto finalmente olhava no fundo dos olhos daquele sujeito estranho e transmitia todo o seu ódio – Seu desgraçado!!! Eu vou fazer você pagar!!! – Então fez com que um de seus braços se esticasse novamente e segurasse o pescoço de Mohji, cobrindo em uma fração de segundos, a distância que o separava do adestrador. E com a mesma facilidade que fez com que seu braço esticasse, fez com que ele encolhesse e voltasse ao lugar, só que dessa vez, ele trouxe o seu oponente arrastado elo pescoço. E quando Mohji veio voando em sua direção, Luffy desferiu com o outro braço, um destroçante soco no nariz dele, que com o golpe, foi ao chão imediatamente inconsciente.

E ali, Mohji e Richiee ficaram inconscientes por muito tempo.

——

Da loja de ração, que antes, estava sendo consumida em enormes labaredas, agora só restava o pó e alguns pedaços de ferro retorcido. Em frente a ela, Shushu permanecia sentado olhando vidradamente o lugar que há muito tempo ele havia jurado proteger. O cão que antes era branco estava preto tamanha a quantidade de fuligem que tinha pousado em seus pelos. Já não mais latia.

Nami e Boodle haviam chegado ali há algum tempo, com o intuito de investigar qual era a causa da enorme nuvem de fumaça que cobrira o ar da vila e agora observavam ao longe o cão. Shushu nem ao menos notou a presença deles ali.

Esse cara… Aquele cara… Piratas são mesmo todos iguais!!! – Nami resmungou inconformada – Destroem tudo aquilo que nós temos de precioso!

Nessa hora, Luffy chegou ao local. Carregava algo em um das mãos.

Oho, senhor pirata! Então você ainda está vivo… – Nami falou cheia de sarcasmo na voz – Eu pensei que aquele leão tivesse finalmente acabado com você de vez!

– Eí, o que você está dizendo? – Boodle perguntou intrigado com a resposta da garota.

Porque que antes de você e seus amigos piratas destruírem essa cidade, vocês não vão para o inferno! – Nami continuou extremamente nervosa, quase partiu para cima de Luffy, não fosse pelo líder da vila a segurar.

Você quer parar com isso?! – Boodle falou enquanto imobilizava uma transtornada Nami.

Você acha que isso me fere? – Luffy respondeu enquanto passava andando pelos dois e se dirigia a antiga loja de rações.

Então você quer lutar comigo, não é? Pirata imbecil! – Nami continuou falando furiosamente enquanto via o garoto com chapéu de palha se distanciar.

Você quer parar com isso? Porque vocês dois estão assim?! – Boodle tentou acalmar Nami mais uma vez.

Luffy por sua vez, nem ao menos olhou para trás e continuou seguindo na direção de Shushu. Ao chegar ao seu lado, abaixou-se e colocou algo na frente do cão. Um saco de ração amassado, babado e com marcas de enormes dentes.

Aqui… – Luffy falou parra Shushu enquanto se sentava ao seu lado – Isso foi tudo que eu consegui pegar de volta… O resto foi comido, se é que você acredita em mim…

Vendo aquela cena, Nami imediatamente se acalmou e ficou incrédula. Pensava: “Aquele cara… Ele lutou contra aquele leão enorme e voltou… Pelo cachorro…!”

– Eu estou admirado! Você lutou bem! – Luffy continuou falando para Shushu, que permanecia imóvel – Quer dizer… Eu não vi realmente… Mas tenho noção do que aconteceu! – Então Luffy se calou.

Foi quando finalmente Shushu se moveu. O cão se abaixou, pegou o pacote de ração com a boca, se levantou e mancando, começou a se afastar pela rua. Quando já estava a mais de dez metros de distância, Shushu parou a sua caminhada, virou-se na direção de Luffy, pousou cuidadosamente o pacote no chão e deu um alegre latido para o garoto enquanto levantava levemente o rabo.

Sim! Seja forte você também!!! – Luffy gritou em resposta.

Dessa vez Shushu deu outros dois latidos, pegou o seu pacote de ração no chão e voltou à sua caminhada manca para um rumo que só ele conhecia.

Luffy ainda sentado em frente as cinzas da antiga loja de ração, ficou observando o seu mais novo amigo se afastar até sumir de vista.

Nami secou uma lágrima que escorreu de seus olhos.

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Capítulo 12 – O cachorro


Numa rua qualquer daquela pequena cidade semi-deserta.

Agora já estamos bem longe do bar… Eles não vão conseguir nos alcançar tão cedo… – Zoro ofegante, falou para Luffy – Nós conseguimos escapar bem… Mas essa jaula está me dando nos nervos!!! – O espadachim exclamou enquanto arrastava a jaula na qual o pirata do chapéu de palha ainda se encontrava

– É, se essa coisa não abrir, mesmo que os caras maus venham atrás de nós, eu não vou nem poder lutar… – Luffy falou por entre os dentes, enquanto tentava, inacreditavelmente, roer as barras de ferro com a boca.

Então, subitamente a jaula que mantinha o pirata balançou e com um estampido, voltou a ficar completamente apoiada no chão. Ao lado dela, o corpo de Zoro caiu estatelado no meio da rua.

É isso! – O espadachim falou enquanto tombava ao chão. Seu rosto estava extremamente pálido – Eu não tenho mais sangue… Não consigo mais andar… – Ainda deitado, Zoro olhou para o lado e antes que pudesse desmaiar, se assustou com a estranha presença de um cão que o encarava, sentado, a menos de dois metros de distância. O cachorro era de porte médioe tinha pelos brancos e encaracolados. Vendo que o cachorro estava estático e o encarava no fundo dos olhos, Zoro se sentiu incomodando – Ê… Qual o problema desse cachorro?!

– Cachorro? – Luffy perguntou curioso, sem ainda ter notado o cão – Ahhh!! Mas é mesmo um cachorro? Eí Zoro, ele não está se mexendo… será que tá morto? – Então o pirata pegou uma pedrinha que estava do lado de fora, próximo de sua jaula e atirou perto do animal. Ao cair no chão, a pedrinha foi rolando e atingiu levemente a pata do cachorro. No mesmo momento o cão se levantou, andou alguns poucos passos até a jaula e subitamente, enfiou o focinho por entre as barras de ferro e mordeu a mão do pirata – Seu cão estúpido! O que você pensa que está fazendo?! – Luffy exclamou enquanto tentava se desvencilhar das presas do animal.

Seu idiota! Você fica aí brincando e nem entende a seriedade da situação! – Zoro se irritou com o jeito avoado de seu capitão – Merda! Eu não tenha mais muito sangue… – O espadachim se queixou, ainda deitado no chão, antes de ouvir uma nova voz na rua.

Eí! O que vocês dois estão fazendo parados aí?! – Nami exclamou ao virar uma esquina e dar de cara com os dois sujeitos que estivera procurando – Se ficarem assim, no meio da rua, o Buggy vai achar vocês com certeza!

– Eí! É a nossa navegadora! – Luffy falou calmamente, ao notar de quem era a voz.

– Que navegadora o que?! – Nami exclamou irritada. Depois de instantes recuperou a calma – Eu só vim pagar a dívida que eu tenho com vocês por terem salvo a minha vida… – Então garota tirou algo de seu bolso e jogou no chão, próximo a jaula.

– Pagar? – Luffy comentou curioso, antes de notar o que era o objeto por ela arremessado – Ah!!! É a chave!!! Você roubou a chave da jaula!! – O pirata exclamou animado.

É… Mas eu acho que foi uma coisa idiota que eu fiz… Porque eu não consegui roubar mais nada… – A garota de cabelos laranjas respondeu desanimada.

Hahaha!!! Essa jaula foi tão problemática que eu pensei que iríamos morrer com a dor de cabeça que ela nos deu! – Luffy comentou ainda muito empolgado com a recente conquista.

Ufa… Finalmente a recompensa por uma fuga tão difícil está sorrindo para nós! – Zoro falou animado enquanto se sentava lentamente.

Na mesma hora, Luffy colocava um dos braços para fora da grade para poder alcançar a chave, no entanto, fora lento demais. Pois mais rápido que ele, o cachorro que estava logo ali, se levantou e rapidamente correu para a chave, pegou-a com a boca e como que por vingança, engoliu-a.

Ao ver a chave sendo perdida, todos ficaram em estado de choque. Depois de alguns segundos que levara para voltar para a realidade, a única reação de Luffy fora a de segurar o cachorro pela a cabeça e sacudi-la, na intenção de fazer o cão vomitar.

Seu cachorro estúpido!!! Cospe! Cospe! Cospe!!! Aquilo que você comeu não é comida! Cospe!!! – Luffy gritava desesperado, sem nem ao menos ligar para os latidos de protesto do animal.

Nesse momento, um sujeito se aproximou da rua pela esquina oposta da qual Nami viera.

Eí, vocês aí! Não façam nada com o Shushu!!! – O homem gritou. Ele era um senhor de idade e o corte de seus cabelos brancos, mais pareciam com um pelo de um poodle de madame. O sujeito andava de chinelos e por cima da bermuda preta e da camisa xadrez, trajava uma rudimentar armadura feita com madeira e couro, que só lhe cobria o peito, os ombros, o ante-braço e a canela. Nas costas, carregava uma lança de batalha.

Shushu? – Luffy perguntou curioso, ainda segurando a cabeça do cachorro.

Quem é você, senhor? – Zoro fez a pergunta certa.

Eu me chamo Boodle! E eu sou o líder dessa vila! – O senhor de cabelos brancos respondeu convictamente.

——

Completamente só, de dentro da jaula, Luffy continuava encarando o cão para ver se ele não vomitava a chave de volta. Há pouco tempo, Nami e o líder da vila haviam o deixado sozinho e levado Zoro para procurar ajuda médica para seu ferimento. Já começava a estranhar a demora de notícias quando viu que a ladra e o senhor voltavam andando calmamente.

Eu deixei ele dormindo na minha casa, já que é aqui pertinho… – Boodle falou para Luffy assim que se aproximou do garoto – Mas apesar de eu ter dito que arrumaria um doutor em nosso refúgio, ele não me ouviu e disse que iria melhorar depois de dormir um pouco, apesar daquele ser um ferimento enorme!!

– E o nome desse cachorro é mesmo Shushu? – Luffy perguntou, trocando totalmente de assunto – E o que ele tá fazendo aqui?

– É esse sim… E ele está protegendo esta loja… – O senhor disse enquanto apontava para a casa mais próxima ao cachorro. No alto, acima do batente da porta, era possível ler, em letras garrafais, as palavras “Pet Food”. Então o senhor pegou um embrulho que trouxera de sua casa e deu ao cachorro  – E eu vim aqui hoje, para dar comida para ele…

Ah! Agora que você disse é que eu percebi que essa era uma loja de comida de animais… – Nami comentou simplesmente.

Isso mesmo… O dono dessa loja é um grande amigo meu e há dez anos, ele abriu essa loja junto com o Shushu… – Boodle comentou com um ar saudosista – Essa loja mantém grandes lembranças para os dois… E eu gosto dela também… – O líder da vila falou enquanto acendia um cachimbo para si – Sempre que o meu amigo saía da loja, ele falava para o Shushu: “Ouça, quando eu não estiver aqui, você é o dono da loja!”. E então ele se abaixava fazia carinho na cabeça dele e se despedia com um sorriso enquanto dizia: “Só vê se não come o nosso estoque! Hahaha”. E Shushu, em resposta, dava um único e firme latido. E até hoje, ele nunca falhou na sua missão de defender a loja com unhas e dentes… Olhem só esses ferimentos… – Boodle falou enquanto apontava com a haste do charuto para o dorso do animal – Essas são definitivamente, marcas de lutas para defender esse lugar daqueles piratas…

– Mas não importa o quão precioso seja… O que faz com que esse cachorro proteja essa loja sabendo que os inimigos são piratas? – Nami perguntou curiosa – O dono da loja tá junto com o resto das pessoas da cidade no refúgio, não tá?

– Não… Ele… Já foi para o outro mundo devido a uma doença… – O líder da vila falou tristemente enquanto dava um longo trago em seu cachimbo – Três meses atrás, ele se hospitalizado e… – Boodle não conseguiu de falar pois teve que se esforçar para conter as lágrimas –  E na última vez  que ele saiu da loja, para se internar, ele falou exatamente as mesmas palavras para o Shushu. Desde então, ele fica parado 24h por dia na frente da loja…

– Então esse cachorro está apenas esperando que seu dono volte? – Nami comentou.

Todos dizem isso, mas eu vejo de uma outra forma.. – O senhor continuou – Já que o Shushu é um cão bem esperto, ele já deve saber que o dono da loja morreu…

– Então porque ele ainda protege essa loja? –  A ladra perguntou cada vez mais interessada na história do animal.

Obviamente porque para Shushu, essa loja é seu tesouro!! Pois já que o dono morreu e essa foi a única coisa que ele deixou, então acho que o Shushu vai continuar a protegê-la para sempre! – Entre um trago e outro de seu cachimbo, Boodle continuou contando a história do cachorro – Eu já tentei tirar ele daqui e levar para o refúgio, mas ele não dá um passo sequer para longe daqui! E se eu o abandonasse aqui de uma vez, provavelmente ele iria morrer de fome!

E no meio da conversa entre Nami e Boodle, a qual Luffy escutava atentamente, um enorme rugido chamou a atenção de todos.

RRROOOOOAAARRRR!!!

– Meu Deus, o que foi isso?! – Nami perguntou assustada.

É… É aquele cara! – Boodle falou apavorado – É o Mohji, o adestrador de animais!!! Fujam!!!

Então Nami e o líder da vila, imediatamente se colocaram à correr, deixando Luffy, que estava dentro da jaula, unicamente acompanhado pelo cachorro.

Eí, tem alguma coisa vindo pra cá… Me dá logo essa chave… – Luffy tentou conversar com o cão, mas a única resposta do animal foi um impassível  latido.

Poucos segundos depois, Mohji virava a esquina, montado em seu enorme leão de juba roxa.

Bem… Eu achei um dos cara… – Falou para si mesmo quando encontrou Luffy no meio da rua, preso dentro da jaula – Eu sou o vice-capitão da tripulação do Buggy. Meu nome é Mohji, o adestrados de animais! –  Do alto do dorso do leão, Mohji fez questão de se apresentar. Logo depois percebeu algo – Hohohohoho Então as pessoas que estavam com você te abandonaram?! E você tentou fugir tanto! Pobrezinho… – O vice-capitão falou com desdém, enquanto isso, seu leão cutucava a jaula com uma das atas – O capitão Buggy está muito puto… Vocês cometeram um crime horrível!

– Eí, você precisa mesmo usar essa mascara estranho, aí? – Luffy perguntou calmamente, sem nem ao menos prestar atenção em uma palavra sequer do vice-capitão que tinha cabelos brancos e usava um arco de orelhinhas na cabeça. Realmente parecia que ele vestia uma mascara de um urso polar.

Seu idiota! Presta atenção no que você tá falando! Isso aqui é meu cabelo! – Mohji falou enquanto apontava para o couro cabeludo. Como se o esquisito fosse apenas o seu cabelo ser branco.

Então ‘e mais estranho ainda! – Luffy concluiu.

Cala a boca! Desgraçado, você está dentro da jaula, então não sabe o quanto eu posso ser assustador! Deixa eu te falar uma coisa. Não há animal no mundo que não me obedeça! – Mohji falou enquanto pulava de sua montaria e ordenava, com um gesto, para que seu leão se sentasse, coisa que aconteceu imediatamente – Tá vendo esse cachorro aqui? – Apontou para Shushu – Eu nunca o vi e vou, agora, adestrá-lo. – Aproximou-se, se abaixou e estendeu uma mão – Dá a pata! – Ordenou. No entanto, ao invés de dar a pata, Shushu simplesmente mordeu a mão do vice-capitão – Você é só um ladrãozinho comum! – Mohji falou calmamente enquanto pulava de volta para o dorso do leão.

Desistiu do cachorro? – Luffy perguntou vendo que o adestrador pagara a língua e mudara de assunto.

Eu não tenho motivos para não te matar… Então me diga aonde está Roronoa Zoro! – Mohji fugiu do assunto mais uma vez.

Não quero te falar! – Luffy respondeu simplesmente.

Então morra!!! Mate ele Richiee!!! – O vice-capitão ordenou para seu enorme leão, que no mesmo instante, pulou com as duas patas da frente em cima da jaula.

Com o poder imenso, gerado pelas duas gigantescas patas do animal, a jaula de concreto se quebrou facilmente. No entanto, ao invés de morrer com o golpe, Luffy aproveitou o exato momento em que a jaula se rompia e com uma incrível habilidade, conseguiu se esgueirar para fora de sua clausura.

Yahoo!!! Finalmente eu saí lá de dentro! – Luffy falou animadamente enquanto respirava o primeiro ar fora da jaula. Ele só não podia esperar que o leão desse o próximo golpe tão rapidamente. Pois logo que o pirata de chapéu de palha colocou os pés no chão, Richiee o atacou com uma patada extremamente poderosa, que o arremessou por muitos metros fazendo-o chocar-se contra a parede de uma casa próxima àquela região. O impacto foi tão grande que fez com que a parede se quebrasse e caísse por cima de Luffy.

Foi instantâneo! Isso é o que você ganha por falar comigo daquele jeito! – Mohji falou para o inimigo que agora já estava distante e soterrado – Vamos procurar pelo Roronoa Zoro, Richiee! Porque se eu matá-lo, minha reputação vai aumentar! – O adestrador falou para seu leão, mas o mesmo pareceu não ouvi-lo. Logo em seguida, Mohji entendeu porque. A barriga de de Richiee roncou em alto e bom som – Ah, você está com fome? Sorte a sua, olhe ali. Tem uma loja de ração de animais aqui ao lado! Vai lá e vê se termina de comer logo! – O vice-capitão falou para seu leão.

Richiee então, começou a se dirigir para a loja, sem nem ao menos notar que havia um cão, que ao seu lado, mal passava de um inseto, parado em frente a loja. O enorme leão só reparou no pequeno cachorrinho branco quando ele começou a rosnar e a latir ara ele.

Nesse exato momento, Luffy conseguia se livrar dos escombros do muro da casa e se levantava.

Hua, que pancada! Eu acabei vindo parar aqui do outro lado! – Luffy falou para si mesmo, admirado com o poder do golpe – Mas agora eu finalmente tô fora daquela jaula maldita! De agora em diante, depois que eu acabar com esses caras, eu vou fazer com que a Nami se torne a nossa navegadora! – O pirata falou enquanto se agachava e se aquecia para o combate.

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Capítulo 11 – Fuga


De costas para o corpo de Buggy, Zoro embainhou suas espadas.

– Tsc… Ele morreu tão fácil… – O espadachim comentou decepcionado.

Eí Zoro! Anda logo e me tira daqui! – Luffy, ainda preso na jaula e sobre a mira do canhão inimigo, gritou para seu parceiro.

Okay. – Zoro respondeu e então se dirigiu para a jaula de Luffy. Nem percebeu que os piratas companheiros de Buggy estavam rindo estranhamente.

No entanto, Nami notou aquele estranho fato. A garota estava pálida, assustada por toda aquela cena que presenciara. Se perguntava o porque daqueles piratas estarem rindo com a morte de seu líder.

Essa coisa não vai abrir sem a chave… E não dá pra cortar essas barras de ferro… – Então Zoro percebeu as risadas dos piratas de Buggy – Mas o que é tão engraçado assim? Apenas nos dêem a chave, eu não quero lutar com vocês… – O espadachim falou para os piratas, virando levemente a cabeça. No entanto, nem havia conseguido virar totalmente o pescoço e sentiu uma dor lancinante lhe percorrendo o corpo. Caiu de joelhos no chão e viu que o lado esquerdo de seu abdômen havia sido transpassado por uma lâmina. Achou estranho porque não escutara passos nem nada suspeito. Quando virou-se para ver quem empunhava a adaga que o apunhalara, se surpreendeu. Não havia ninguém. Na verdade, ninguém inteiro. Apenas um antebraço que flutuava no ar e forçava a lâmina cada vez para mais dentro de sua carne. Por incrível que pareça, o braço de Buggy que ele havia decepado, o atacara como se possuísse vida própria.

Zoro!!! – Luffy gritou ao ver seu amigo ser esfaqueado.

O quê?! Aquela mão!!! – Nami se assustou ao notar o que havia atingido o espadachim que a salvara.

Merda! Que porcaria é essa?! – Zoro esbravejou enquanto com uma das mãos, segurava o antebraço, afastava-o de seu corpo e o joga para longe. Ao ser arremessado, o antebraço continuou flutuando e segurando a adaga que agora, pingava o sangue do espadachim.

A bara-bara-no-mi… – Uma voz conhecida falou atrás de Zoro – É esse o nome da akuma-no-mi que eu comi! – Buggy falou ameaçadoramente, enquanto os pedaços de seu corpo voavam e tornavam-se a se unirem em um só – Não importe o quanto você tente me cortar, não vai funcionar porque eu me tornei um homem que pode se dividir em pedaços!

– Ele colocou o corpo de volta no lugar!!! – Nami exclamou completamente incrédula – Eu achei quue as akumas-no-mi fossem só um mito!!

– Um homem que se divide em pedaços?! Que tipo de aberração ele é?! – Luffy, o homem borracha comentou.

Parece que eu errei as suas partes vitais… Roronoa Zoro! – Buggy falou com desdém – Mas ainda é um ferimento sério! Foi uma vitória descente…

– Apunhalar pelas costas é covardia seu narigudo!!! – Luffy, ainda dentro da jaula, gritou para Buggy.

Aquele idiota… – Nami falou para si mesma, enquanto assistia a cena – Ele podia ter falado qualquer coisa, menos isso!!

– Quem você tá chamando de narigudo?! – Buggy rosnou furioso ao ouvir, aquela que era a pior ofensa para ele – Morra, seu pirralho maldito! – E então separou do corpo, novamente, o seu ante-braço direito que empunhava a adaga que feriu Zoro e o lançou como um míssil na direção de seu prisioneiro.

Luffy, sentado dentro da jaula, com os pés e mãos amarrados, era um alvo fácil para a adaga que vinha voando em sua direção. Se estivesse livre, aquele ataque do Palhaço não lhe causaria problema algum, mas em sua atual situação, só havia uma única e extremamente arriscada coisa a ser feita.

Quando a adaga entrou voando rapidamente dentro da jaula, Luffy, com uma agilidade assombrosa, simplesmente mordeu a lâmina no instante anterior dela atingir o seu pescoço. E ainda com a adaga presa entre os dentes, abriu um sorriso sinistro, arregalou bem os olhos e começou a falar.

Eu juro que eu vou acabar com você! – E então, cuspiu a adaga no chão e na mesma hora, o ante-braço que a segurava voltou para Buggy.

– Acabar comigo, é? Hahahahaha! Você vai acabar comigo?! – Buggy retrucou – Você é hilário!!! E como você pretende acabar comigo nessa situação?! Hahahaha!! Homens, riam dele!! – Com a ordem, toda a cobertura do bar entrou em um êxtase de risos – Agora, os três vão morrer aqui mesmo!

– Zoro!!! – Luffy gritou inesperadamente, parecia prestes a anunciar seu plano – Fuja!

– O que?! – Zoro se assustou com a ordem e olhou para seu capitão. Luffy sorria.

Eí… O seu amigo veio aqui pra te salvar e agora você manda ele fugir?! E quanto a você? – Buggy, tão surpreso quanto Zoro, interveio na conversa dos dois.

Ok. – Zoro respondeu para Luffy enquanto se levantava e limpava a boca que escorria sangue.

Idiota! Acha que eu vou deixar você ir, Roronoa Zoro?! – Buggy falou enquanto esticava os dois braços nos quais empunhava uma adaga em cada mão – Bara-bara Cannon!! – Ao falar isso, seus dois braços se desprenderam do corpo e voaram na direção do espadachim.

Para se defender, Zoro levou uma de suas espadas a boca e empunhou outra com a mão esquerda, já com a direita, segurou o seu ferimento na barriga, na tentativa de estancar o sangue. Com as duas espadas, Zoro trocou golpes rápidos com os ante-braços que voavam e num último esforço, fez com que as adagas flutuantes fossem jogadas a alguns metros de distância. Feito isso, o espadachim embainhou suas espadas e subitamente, correu na direção da Nami. No entanto, não era para a ladra que ele estava correndo e sim para o canhão que estava ao lado da garota. Chegando lá, se pôs embaixo do cano da arma e com uma força descomunal, conseguiu erguer e fazer com que o canhão desse um giro de 180 graus em sua base, fazendo-o virar-se na direção do inimigo.

O que?! Ele virou o canhão na nossa direção!! E ainda tem uma buggy-dama lá dentro!!! – Buggy gritou desesperado, já prevendo o próximo passo do espadachim – Pare!!

Eí! Acende o pavio! – Zoro gritou para Nami – Anda logo!

– Tá bom! – Nami respondeu assustada com aquilo tudo. No entanto, instantes depois, o canhão já estava disparando em cima dos piratas de Buggy, o enorme poder de sua própria arma. Com o tiro, toda a cobertura do bar ficou coberta de fumaça. Não era possível, nem ao menos ver que fim levara os piratas opositores.

Essa é a hora de irmos embora! – Zoro falou para Luffy, que dentro da jaula, esta se divertindo muito com toda aquela agitação. Depois, virou-se para Nami – Afinal, quem é você?!

– Eu… Sou uma ladra. – Nami respondeu surpresa com a pergunta.

Essa garota é a nossa navegadora!! – Luffy respondeu em seguida, com um sorriso no rosto.

Você é um idiota não é? Ainda está pensando nisso?! – A ladra retrucou nervosa – Se você tem tempo pra pensar nisso, então porque não pensa em uma forma de sair dessa jaula?!

– Ah, é! Boa idéia! Vou pensar nisso… – Luffy respondeu honestamente.

Não, tudo bem! – Zoro interveio – Pode ficar dentro da jaula mesmo!

Então o espadachim, foi até a jaula, segurou-a com as duas mãos pelas grades e se concentrando ao máximo, para reunir forçar e para esquecer a dor de seu ferimento, começou a erguer a jaula de concreto e aço.

– Eí, Zoro! Não faz isso! Seu estomago vai acabar saindo… – Luffy falou, com cara de nojo, de dentro da jaula, enquanto sentia nervoso pelo amigo.

Se ele quiser sair tudo bem! – Zoro respondeu enquanto já erguia a jaula na altura da cintura – Mas não me diga o que fazer! Deixa que eu faço isso do meu jeito! – E com um pouco mais de força, conseguiu levantar e apoiar a jaula em um de seus ombros – E vê se não enche o saco e para de ficar falando! – Então Zoro começou a andar. Sua boca e sua barriga sangrava.

Porque ele tá fazendo isso?! – Nami falou para si mesma, enquanto via o espadachim de cabelos verdes, levar a muito custo, o seu amigo nos ombros para longe dali – E ele é só um pirata…

——

– Merda!! Eu não vou deixá-los escapar!! – A voz de Buggy soou furiosa, na cobertura do bar, enquanto a fumaça começava a se dissipar. O pirata conseguira sobreviver ao seu canhão, no entanto, ao ver que seus opositores não mais estava lá, O Palhaço explodiu de raiva – Aonde aqueles três foram?!!!

 – Eles se foram capitão! Zoro, Nami e até a jaula e o garoto que estava dentro dela! – Um dos subordinados de Buggy informou.

O quê?! Não brinca! Nós precisamos de cinco pessoas para trazer aquela jaula aqui pra cima!!! – Buggy falou perplexo.

Senhor! – Um dos homens de Buggy chamou – A chave da jaula… Sumiu!

O quê?!!! – O capitão pirata esbravejou – Aqueles tolos imprudentes! Eles ousam me roubar e me fazer de idiotas!!! Mas agora eu sei que aqueles imbecis não são apenas ladrões comuns! Eu declaro guerra a eles! E resistirei a cada batalha para pegá-los!!! Porque nós somos o bando do Buggy! Sob a nossa bandeira pirata, somos conhecidos por todo o mundo por causa dos nossos roubos! Estaria certo sermos superados e subestimados por três ladrõezinhos de merda?! – Buggy perguntou para seus subordinados.

Não, não estaria… – Os piratas responderam sem muita confiança.

Eu não ouvi!!! Mais uma vez! – Buggy esbravejou.

Não! Não estaria!!! – Os piratas falaram mais entusiasmados.

– Agora calem a boca! – Buggy ordenou com ar de psicopata – Vamos mostrar para essas pessoas o quão assustador é ter uma tripulação pirata inteira atrás de você! Ok! Que o show das feras comece!!!

Logo em seguida, um enorme rugido ressoou na cobertura do bar, e de um canto, surgiu um homem estranho montado em um colossal leão de juba roxa.

Wooo! É o vice-capitão Mohji! O show das feras vai começar!!! – Os piratas de Buggy começaram a comemorar a chegada do sujeito.

Você me chamou, Capitão Buggy? – Mohji, o adestrador de animais da tripulação perguntou. O sujeito usava uma camisa de lã que mostrava seus braços e sua barriga de tanquinho, um short jeans azul e um inusitado arco branco de orelhas de urso, em sua cabeça onde seus cabelos brancos se encontravam com sua barba da mesma cor. O adestrador de animais parecia um estranho ursinho alvo. Ele vinha sentado de pernas cruzadas em cima de seu leão monstruosamente enorme. O animal de juba roxa devia ter próximo a 3 metros de altura, isso tudo sobre as quatro patas – Posso ter a honra de capturar a cabeça de Roronoa Zoro? – Mohji, com a fisionomia confiante, perguntou para seu capitão.

Faça como quiser…! – Buggy respondeu. Estava confiante nas habilidades de seu vice-capitão.

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Capítulo 10 – O que aconteceu no bar


O mapa da Grand Line que havia sido roubado foi recuperado! – Buggy anunciou no telhado do bar, para todos os seus subordinados – E mais! Nós ainda conseguimos um novo membro pro bando! Agora nossa navegação pelos mares vai ser perfeita! – O Palhaço gritava com sua voz estridente enquanto apontava para os barris de bebida que acabavam de chegar – Por isso, bebam com alegria em seus corações! E então, no campo de batalha, lutaremos bem!

– Yaahhoooo!!! – Todos os piratas saudaram o seu líder, buscaram suas canecas e foram começar a festa.

Coincidência ou não, aquela comemoração que estava regada a muita cerveja, whisky, rum e comida, mais parecia um circo do que outra coisa. Os piratas subiam nas mesas, equilibravam e faziam malabarismos com os copos de bebida, andavam de monociclo, plantavam bananeira, etc… Era uma festa um tanto quanto peculiar e no meio daquele tumulto, Nami estava em uma das mesas competindo com um dos piratas para ver quem bebia mais.

Eí, Nami! ­– Buggy se divertindo com a cena, chamou a garota de cabelos laranja – Sua pequena, você está bebendo?

– Sim capitão! Eu estou bebendo Capitão Buggy! – Nami respondeu com autêntica subordinação , enquanto virava mais um copo de cerveja e derrotava mais um pirata. Logo após responder a Buggy, a ladra pensou “Hohoho! Minha capacidade de beber é ilimitada! Se eles continuarem bebendo assim, vai ser mais fácil do que eu pensei, roubar todo o tesouro deles! Ai, ai! Piratas são tão idiotas! É tão fácil enganá-los!”

——

Enquanto a festa rolava animadamente por toda a cobertura do bar, Luffy ainda amarrado, tentava inutilmente roer com seus dentes, as barras da jaula que o aprisionava.

Como você está aí, chefinho?! – Nami disse ao se aproximar furtivamente da jaula.

– ­Cala a boca e me tira daqui! – Luffy esbravejou com a ladra – Eu também tô com fome! Me dá alguma coisa pra comer!

– Eu sabia que você estaria com fome, então eu roubei isso aqui pra você. – Nami disse enquanto se agachava e entregava um pedaço de pão para Luffy.

Você é uma boa pessoa. – Luffy falou de boca cheia, depois de ter colocado tudo, de uma vez só, em sua boca – Acho que vou deixar você se juntar a minha tripulação. – Falou como se o único problema dele fosse sua fome recém saciada.

Eu não quero, seu idiota! – Nami se irritou com a persistência do pirata – E você não percebe que você está numa situação feia, não?! É bem provável que esses piratas te vendam para algum lugar! Mas não se preocupe, se meus planos derem certo, eu te tiro daí de dentro e te ajudo a fugir. Já que eu não tenho nada contra você.

– Ué, então me tira agora. – Luffy falou calmamente.

E então uma sombra surgiu por trás de Nami e começou a gargalhar.

– Bwahahahahahaha!!! – Buggy, O Palhaço riu copiosamente antes de completar – Você tem uma ótima seguidora, hein, chefe dos ladrões?

– Do que você tá falando? Ela não é minha seguidora! – Luffy falou sem entender nada daquela situação toda.

Sim, sim! Você provavelmente sente que precisa dizer isso. Ainda mais porque você acabou de ser traído! – Buggy falou enquanto se abaixava para olhar nos olhos de seu prisioneiro – Mesmo que eu tenha recuperado o meu mapa de volta, ainda é um crime terrível você roubar de mim! Por isso, o seu destino já foi escolhido!

– Ah, então você vai me soltar? – Luffy perguntou inocentemente curioso, sem notar o tom de ameaça na voz do pirata que o aprisionara.

Sim eu vou te soltar… Opa… É claro que eu não vou te soltar! Você acha que eu sou idiota?!!! – Buggy se irritou por ter se confundido com a pergunta inesperada – Homens!!! – Gritou para todos os seus piratas – Preparem a buggy-dama!

– Yaaahhoooo!!! – Os subordinados gritaram animadamente em resposta. Minutos depois, um dos piratas exclamou – O canhão está pronto para atirar a buggy-dama, senhor!

– Certo! Mostrem a eles… Mostrem a eles o poder da minha bala de canhão especial! – Buggy falou psicopaticamente animado – Mostrem a eles o poder da minha buggy-dama!!!

Nesse momento, um dos canhoneiros da tripulação de Buggy apontou sua artilharia para um conjunto de casas daquela cidade e acendeu o pavio com um fósforo. Instantes depois, o canhão emitiu um estrondo ensurdecedor e a buggy-dama foi cuspida, na direção daquelas casas, em meio ao fogo infernal da explosão da pólvora.  Em um momento as casas estavam lá e no outro, ao menos 5 casas haviam sido reduzidas a pó.

Ao testemunhar aquela cena de destruição, Nami ficou pálida.

A buggy-dama é tão poderosa que pode destruir uma vila inteira com um único tiro! Ela é muitas vezes mais forte que uma bala de canhão comum! Isso, aliado ao poder da minha akuma-no-mi, são as minhas garantias de sucesso na Grand Line! – Capitão Bubby falou se gabando – Agora Nami, atire o canhão no nosso prisioneiro e jure sua lealdade e sinceridade do desejo de controlar o mundo comigo!! – O Palhaço ordenou  enquanto os canhoneiros apontavam o canhão da buggy-dama para a jaula aonde Luffy permanecia preso e amarrado – Livre-se do seu antigo chefe de uma vez por todas!!!

Matar aquele cara?! Eu?! – Nami falou surpresa enquanto suava frio e olhava no fundo dos olhos de Luffy – N-não! Capitão Buggy! Eu não acho que isso seja necessário! Vamos apenas ignorar esse cara! Vamos voltar a beber! – A ladra falou tentando dissuadir o pirata.

Não enrole! Mate-o! – Buggy ordenou com um olhar assassino.

Ao falar isso, Buggy inflamou os ânimos de seus subordinados que, bêbados, começaram a incentivar o assassinato do prisioneiro.

Mate ele! Acaba logo com esse cara! Atira! Atira! Atira! Atira! – Todos os piratas de Buggy começaram a gritar ao mesmo tempo.

Nessa hora, enquanto fitava o canhão a sua frente, pronto para o disparo, e ouvia aqueles piratas pressionando-a, Nami só conseguia pensar isso: “Essa não… Quem iria pensar que isso iria acontecer… Se eu não atirar, eles me matam com certeza… Mas mesmo que aquele garoto seja um pirata, se eu simplesmente o matar assim, então não haverá diferenças entre mim e os piratas!”

Enquanto Nami hesitava, Luffy permanecia calado olhando apreensivamente qual atitude a ladra iria tomar.

Nami! Pare de acabar com a nossa diversão! Apenas acenda logo esse pavio, garota! – Buggy ordenou impaciente.

Sua mão está tremendo. – Luffy falou da jaula, para que somente Nami escutasse. A ladra pingava de suor, tamanho era o seu nervosismo ­– Um forte juramento, é aquilo que um pirata jurou para si mesmo! Mas você não tem forças para cumprir esse juramento! – Luffy falou sorrindo.

Forte juramento? Ho! Eu me pergunto o que é isso… É matar gente inocente como se fosse um inseto? – Nami rebateu a inesperada frase do garoto com chapéu de palha – É esse, o forte juramento de um pirata?

– Não, não é! – Luffy disse seriamente – É a idéia de ser forte o suficiente para arriscar a rópria vida!

– Ande Logo!!! Atira! Atira! Atira! – A pressão feita pelos piratas voltou.

Eí novata! Para de perder tempo! – Um dos piratas do bando de Buggy se adiantou e roubou a caixa de fósforos da mão de Nami – Acho que você não sabe disparar um canhão, não é? Mas pode deixar que e faço! Você tem que botar fogo no avio do canhão e acende-lo… Assim, ó! – O pirata falou enquanto acendia o fósforo e levava-o até o pavio.

Depois de ouvir aquelas palavras de Luffy e ver que aquele pirata ali ao seu lado estava disposto a matar o prisioneiro, Nami tomou uma atitude. Rapidamente abaixou sua mão direita, levou-a até sua cocha, enfiou a mão por baixo de sua saia e retirou de lá, três bastões que ela mantinha presos a parte externa de sua perna, escondidos por sua saia. Era sua pequena arma secreta, seu ultimo recurso e ela iria utilizá-lo. Em menos de um segundo, a ladra usou sua pericia para juntar os três pedaços do bastão em um só e com ele, acertou na cabeça e jogou ao chão, o pirata que estava acendendo o pavio do canhão ao seu lado.

Mas o que?!!! – Buggy exclamou furioso ao ver a cena – Nami sua idiota! Mas que porra você tá fazendo?! Eu te dei o privilégio de acender o pavio e é isso que você faz?!

– Droga! Eu nem percebi o que estava fazendo! – Nami falou em voz baixa, ainda com o bastão na mão.

Ué? Você vai me salvar agora? – Luffy perguntou surpreso.

Seu idiota! Cala a boca! – A ladra falou irritada – Apesar de parecer, eu não fiz isso pra te salvar! Eu só não quero me tornar parecida com um pirata! Eu não sou uma pessoa má! Piratas tiraram a vida de uma pessoa que era preciosa para mim! Eu odeio piratas mais do que tudo!!!

– Hum… Então é por isso que você não gosta de piratas… – Luffy constatou calmamente, então olhou para o chão e tomou um susto – Aaahhh!!! Aquele cara conseguiu! Olha ali! O pavio já está queimando! Merda eu vou morrer!!

– Você pode desistir dessa idéia de brincar com as pessoas, sua vadia! – Buggy gritou para Nami então voltou-se para seus homens – Matem ela dolorosamente!!!

– Morra vadia!! – Quatro piratas gritaram para a ladra e então partiram pra cima dela com adagas e cutelos.

O pavio ainda tá aceso… – Nami constatou e sem hesitar nem mais um segundo, atirou, com a intenção de atrasá-los, o seu bastão na direção dos piratas que vinham atacá-la. Então virou-se, correu para o canhão e com ambas as mãos, segurou o pavio, fazendo com que a chama se extinguisse. Como resultado, a buggy-dama não foi disparada, Luffy sobreviveu, Nami queimou completamente a palma de suas mãos e os piratas que a atacavam, após esquivarem do ataque inesperado, se aproximavam por trás da ladra. E quando os piratas saltaram na direção da garota, para atacá-la, uma sombra surgiu inesperadamente entre eles.

Quantos de vocês estão atacando uma simples garota? – Uma voz falou por trás de Nami.

Hã?! – A ladra se virou e viu que um sujeito de cabelos verdes acabava de bloquear todos os ataques dos piratas, com duas espadas ainda embainhadas, uma em cada mão. Mas o estranho é que ele ainda trazia mais uma amarrada a sua cintura. Logo aos bloquear o ataque, o sujeito facilmente atacou e fez com que seus opositores caíssem no chão desmaiados.

Zoro!!! – Luffy exclamou animadamente, de dentro da jaula.

Zoro??? – Buggy exclamou assustado ao descobrir quem era aquele sujeito que tão facilmente derrubara seus subordinados.

Se machucou? – Zoro perguntou para a garota que estava ajoelhada perto do canhão.

Eu tô bem… – Nami respondeu ainda aturdida.

Ah! Ainda bem que você acho esse lugar! Me tira logo daqui! – Luffy falou para seu parceiro.

Você! Essa é a sua idéia de diversão?! – Zoro perguntou puto para seu capitão – Você é pego por um pássaro gigante que te leva embora, e quando eu finalmente te acho… Você tá dentro de uma jaula? Estupido!

– O companheiro de quem ele falou… – Nami pensou em voz alta, assustada ao perceber quem era aquele sujeito – O companheiro dele era o caçador de piratas Zoro?! Eu não entendo…

– Você é definitivamente Zoro, o caçador de piratas! – Buggy falou ao caminhar na direção do visitante inesperado – Você está atrás da minha cabeça?

– Não, isso não me interessa mais… Eu já não sou mais um caçador de piratas. – Zoro respondeu calmamente enquanto observava aquele sujeito com um enorme nariz de palhaço se aproximar.

Mas eu tenho interesse em você! Se eu te matar, meu nome vai ficar ainda mais famoso!!! – Buggy falou com convicção e então sacou cinco facas de suas vestes. Com a mão esquerda, segurou quatro facas, uma em cada espaço entre os dedos. Na mão direita, empunhou a quinta e maior adaga.

Se você não quiser morrer, então apenas me deixe em paz. – Zoro falou em resposta para a atitude daquele sujeito que mais parecia um palhaço. No entanto, continuou imóvel.

Se você não mostrar suas verdadeiras habilidades agora, você em breve vai estar coberto de sangue! – Buggy ameaçou o espadachim e então se lançou correndo na direção dele.

Certo, se é assim que você quer… – Zoro Falou calmamente enquanto desembainhava suas espadas, levava uma delas a boca, e se colocava em posição de luta.

Quando Buggy se aproximou, correndo de armas empunhadas, Zoro com um forte impulso se lançou na direção do Palhaço, furou sua defesa e atacou com suas três espadas o corpo de seu adversário. Meio segundo depois, o corpo de Buggy caia no chão. Só que dessa vez, o corpo estava dividido em quatro, pois com a primeira espada, Zoro cortou o braço direito do Palhaço na altura do cotovelo, com a segunda, separou o abdômen da cintura e com a última espada, cortou a perna direita na altura da cocha.

No final, o espadachim nem se deu o trabalho de virar para ver o resultado final de seu ataque. Ele havia trespassado a carne de Buggy em três lugares diferentes. Não precisava ver o banho de sangue.

Hein? Aquele cara era tão fraco assim?! – Luffy falou com uma pontada de decepção.

A meu Deus!!! – Nami falou assustada.

– He He He… – A tripulação de Buggy riu ao ver seu capitão desmembrado.

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