Tag Archives: chapéu de palha

Capítulo 11 – Fuga


De costas para o corpo de Buggy, Zoro embainhou suas espadas.

– Tsc… Ele morreu tão fácil… – O espadachim comentou decepcionado.

Eí Zoro! Anda logo e me tira daqui! – Luffy, ainda preso na jaula e sobre a mira do canhão inimigo, gritou para seu parceiro.

Okay. – Zoro respondeu e então se dirigiu para a jaula de Luffy. Nem percebeu que os piratas companheiros de Buggy estavam rindo estranhamente.

No entanto, Nami notou aquele estranho fato. A garota estava pálida, assustada por toda aquela cena que presenciara. Se perguntava o porque daqueles piratas estarem rindo com a morte de seu líder.

Essa coisa não vai abrir sem a chave… E não dá pra cortar essas barras de ferro… – Então Zoro percebeu as risadas dos piratas de Buggy – Mas o que é tão engraçado assim? Apenas nos dêem a chave, eu não quero lutar com vocês… – O espadachim falou para os piratas, virando levemente a cabeça. No entanto, nem havia conseguido virar totalmente o pescoço e sentiu uma dor lancinante lhe percorrendo o corpo. Caiu de joelhos no chão e viu que o lado esquerdo de seu abdômen havia sido transpassado por uma lâmina. Achou estranho porque não escutara passos nem nada suspeito. Quando virou-se para ver quem empunhava a adaga que o apunhalara, se surpreendeu. Não havia ninguém. Na verdade, ninguém inteiro. Apenas um antebraço que flutuava no ar e forçava a lâmina cada vez para mais dentro de sua carne. Por incrível que pareça, o braço de Buggy que ele havia decepado, o atacara como se possuísse vida própria.

Zoro!!! – Luffy gritou ao ver seu amigo ser esfaqueado.

O quê?! Aquela mão!!! – Nami se assustou ao notar o que havia atingido o espadachim que a salvara.

Merda! Que porcaria é essa?! – Zoro esbravejou enquanto com uma das mãos, segurava o antebraço, afastava-o de seu corpo e o joga para longe. Ao ser arremessado, o antebraço continuou flutuando e segurando a adaga que agora, pingava o sangue do espadachim.

A bara-bara-no-mi… – Uma voz conhecida falou atrás de Zoro – É esse o nome da akuma-no-mi que eu comi! – Buggy falou ameaçadoramente, enquanto os pedaços de seu corpo voavam e tornavam-se a se unirem em um só – Não importe o quanto você tente me cortar, não vai funcionar porque eu me tornei um homem que pode se dividir em pedaços!

– Ele colocou o corpo de volta no lugar!!! – Nami exclamou completamente incrédula – Eu achei quue as akumas-no-mi fossem só um mito!!

– Um homem que se divide em pedaços?! Que tipo de aberração ele é?! – Luffy, o homem borracha comentou.

Parece que eu errei as suas partes vitais… Roronoa Zoro! – Buggy falou com desdém – Mas ainda é um ferimento sério! Foi uma vitória descente…

– Apunhalar pelas costas é covardia seu narigudo!!! – Luffy, ainda dentro da jaula, gritou para Buggy.

Aquele idiota… – Nami falou para si mesma, enquanto assistia a cena – Ele podia ter falado qualquer coisa, menos isso!!

– Quem você tá chamando de narigudo?! – Buggy rosnou furioso ao ouvir, aquela que era a pior ofensa para ele – Morra, seu pirralho maldito! – E então separou do corpo, novamente, o seu ante-braço direito que empunhava a adaga que feriu Zoro e o lançou como um míssil na direção de seu prisioneiro.

Luffy, sentado dentro da jaula, com os pés e mãos amarrados, era um alvo fácil para a adaga que vinha voando em sua direção. Se estivesse livre, aquele ataque do Palhaço não lhe causaria problema algum, mas em sua atual situação, só havia uma única e extremamente arriscada coisa a ser feita.

Quando a adaga entrou voando rapidamente dentro da jaula, Luffy, com uma agilidade assombrosa, simplesmente mordeu a lâmina no instante anterior dela atingir o seu pescoço. E ainda com a adaga presa entre os dentes, abriu um sorriso sinistro, arregalou bem os olhos e começou a falar.

Eu juro que eu vou acabar com você! – E então, cuspiu a adaga no chão e na mesma hora, o ante-braço que a segurava voltou para Buggy.

– Acabar comigo, é? Hahahahaha! Você vai acabar comigo?! – Buggy retrucou – Você é hilário!!! E como você pretende acabar comigo nessa situação?! Hahahaha!! Homens, riam dele!! – Com a ordem, toda a cobertura do bar entrou em um êxtase de risos – Agora, os três vão morrer aqui mesmo!

– Zoro!!! – Luffy gritou inesperadamente, parecia prestes a anunciar seu plano – Fuja!

– O que?! – Zoro se assustou com a ordem e olhou para seu capitão. Luffy sorria.

Eí… O seu amigo veio aqui pra te salvar e agora você manda ele fugir?! E quanto a você? – Buggy, tão surpreso quanto Zoro, interveio na conversa dos dois.

Ok. – Zoro respondeu para Luffy enquanto se levantava e limpava a boca que escorria sangue.

Idiota! Acha que eu vou deixar você ir, Roronoa Zoro?! – Buggy falou enquanto esticava os dois braços nos quais empunhava uma adaga em cada mão – Bara-bara Cannon!! – Ao falar isso, seus dois braços se desprenderam do corpo e voaram na direção do espadachim.

Para se defender, Zoro levou uma de suas espadas a boca e empunhou outra com a mão esquerda, já com a direita, segurou o seu ferimento na barriga, na tentativa de estancar o sangue. Com as duas espadas, Zoro trocou golpes rápidos com os ante-braços que voavam e num último esforço, fez com que as adagas flutuantes fossem jogadas a alguns metros de distância. Feito isso, o espadachim embainhou suas espadas e subitamente, correu na direção da Nami. No entanto, não era para a ladra que ele estava correndo e sim para o canhão que estava ao lado da garota. Chegando lá, se pôs embaixo do cano da arma e com uma força descomunal, conseguiu erguer e fazer com que o canhão desse um giro de 180 graus em sua base, fazendo-o virar-se na direção do inimigo.

O que?! Ele virou o canhão na nossa direção!! E ainda tem uma buggy-dama lá dentro!!! – Buggy gritou desesperado, já prevendo o próximo passo do espadachim – Pare!!

Eí! Acende o pavio! – Zoro gritou para Nami – Anda logo!

– Tá bom! – Nami respondeu assustada com aquilo tudo. No entanto, instantes depois, o canhão já estava disparando em cima dos piratas de Buggy, o enorme poder de sua própria arma. Com o tiro, toda a cobertura do bar ficou coberta de fumaça. Não era possível, nem ao menos ver que fim levara os piratas opositores.

Essa é a hora de irmos embora! – Zoro falou para Luffy, que dentro da jaula, esta se divertindo muito com toda aquela agitação. Depois, virou-se para Nami – Afinal, quem é você?!

– Eu… Sou uma ladra. – Nami respondeu surpresa com a pergunta.

Essa garota é a nossa navegadora!! – Luffy respondeu em seguida, com um sorriso no rosto.

Você é um idiota não é? Ainda está pensando nisso?! – A ladra retrucou nervosa – Se você tem tempo pra pensar nisso, então porque não pensa em uma forma de sair dessa jaula?!

– Ah, é! Boa idéia! Vou pensar nisso… – Luffy respondeu honestamente.

Não, tudo bem! – Zoro interveio – Pode ficar dentro da jaula mesmo!

Então o espadachim, foi até a jaula, segurou-a com as duas mãos pelas grades e se concentrando ao máximo, para reunir forçar e para esquecer a dor de seu ferimento, começou a erguer a jaula de concreto e aço.

– Eí, Zoro! Não faz isso! Seu estomago vai acabar saindo… – Luffy falou, com cara de nojo, de dentro da jaula, enquanto sentia nervoso pelo amigo.

Se ele quiser sair tudo bem! – Zoro respondeu enquanto já erguia a jaula na altura da cintura – Mas não me diga o que fazer! Deixa que eu faço isso do meu jeito! – E com um pouco mais de força, conseguiu levantar e apoiar a jaula em um de seus ombros – E vê se não enche o saco e para de ficar falando! – Então Zoro começou a andar. Sua boca e sua barriga sangrava.

Porque ele tá fazendo isso?! – Nami falou para si mesma, enquanto via o espadachim de cabelos verdes, levar a muito custo, o seu amigo nos ombros para longe dali – E ele é só um pirata…

——

– Merda!! Eu não vou deixá-los escapar!! – A voz de Buggy soou furiosa, na cobertura do bar, enquanto a fumaça começava a se dissipar. O pirata conseguira sobreviver ao seu canhão, no entanto, ao ver que seus opositores não mais estava lá, O Palhaço explodiu de raiva – Aonde aqueles três foram?!!!

 – Eles se foram capitão! Zoro, Nami e até a jaula e o garoto que estava dentro dela! – Um dos subordinados de Buggy informou.

O quê?! Não brinca! Nós precisamos de cinco pessoas para trazer aquela jaula aqui pra cima!!! – Buggy falou perplexo.

Senhor! – Um dos homens de Buggy chamou – A chave da jaula… Sumiu!

O quê?!!! – O capitão pirata esbravejou – Aqueles tolos imprudentes! Eles ousam me roubar e me fazer de idiotas!!! Mas agora eu sei que aqueles imbecis não são apenas ladrões comuns! Eu declaro guerra a eles! E resistirei a cada batalha para pegá-los!!! Porque nós somos o bando do Buggy! Sob a nossa bandeira pirata, somos conhecidos por todo o mundo por causa dos nossos roubos! Estaria certo sermos superados e subestimados por três ladrõezinhos de merda?! – Buggy perguntou para seus subordinados.

Não, não estaria… – Os piratas responderam sem muita confiança.

Eu não ouvi!!! Mais uma vez! – Buggy esbravejou.

Não! Não estaria!!! – Os piratas falaram mais entusiasmados.

– Agora calem a boca! – Buggy ordenou com ar de psicopata – Vamos mostrar para essas pessoas o quão assustador é ter uma tripulação pirata inteira atrás de você! Ok! Que o show das feras comece!!!

Logo em seguida, um enorme rugido ressoou na cobertura do bar, e de um canto, surgiu um homem estranho montado em um colossal leão de juba roxa.

Wooo! É o vice-capitão Mohji! O show das feras vai começar!!! – Os piratas de Buggy começaram a comemorar a chegada do sujeito.

Você me chamou, Capitão Buggy? – Mohji, o adestrador de animais da tripulação perguntou. O sujeito usava uma camisa de lã que mostrava seus braços e sua barriga de tanquinho, um short jeans azul e um inusitado arco branco de orelhas de urso, em sua cabeça onde seus cabelos brancos se encontravam com sua barba da mesma cor. O adestrador de animais parecia um estranho ursinho alvo. Ele vinha sentado de pernas cruzadas em cima de seu leão monstruosamente enorme. O animal de juba roxa devia ter próximo a 3 metros de altura, isso tudo sobre as quatro patas – Posso ter a honra de capturar a cabeça de Roronoa Zoro? – Mohji, com a fisionomia confiante, perguntou para seu capitão.

Faça como quiser…! – Buggy respondeu. Estava confiante nas habilidades de seu vice-capitão.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 10 – O que aconteceu no bar


O mapa da Grand Line que havia sido roubado foi recuperado! – Buggy anunciou no telhado do bar, para todos os seus subordinados – E mais! Nós ainda conseguimos um novo membro pro bando! Agora nossa navegação pelos mares vai ser perfeita! – O Palhaço gritava com sua voz estridente enquanto apontava para os barris de bebida que acabavam de chegar – Por isso, bebam com alegria em seus corações! E então, no campo de batalha, lutaremos bem!

– Yaahhoooo!!! – Todos os piratas saudaram o seu líder, buscaram suas canecas e foram começar a festa.

Coincidência ou não, aquela comemoração que estava regada a muita cerveja, whisky, rum e comida, mais parecia um circo do que outra coisa. Os piratas subiam nas mesas, equilibravam e faziam malabarismos com os copos de bebida, andavam de monociclo, plantavam bananeira, etc… Era uma festa um tanto quanto peculiar e no meio daquele tumulto, Nami estava em uma das mesas competindo com um dos piratas para ver quem bebia mais.

Eí, Nami! ­– Buggy se divertindo com a cena, chamou a garota de cabelos laranja – Sua pequena, você está bebendo?

– Sim capitão! Eu estou bebendo Capitão Buggy! – Nami respondeu com autêntica subordinação , enquanto virava mais um copo de cerveja e derrotava mais um pirata. Logo após responder a Buggy, a ladra pensou “Hohoho! Minha capacidade de beber é ilimitada! Se eles continuarem bebendo assim, vai ser mais fácil do que eu pensei, roubar todo o tesouro deles! Ai, ai! Piratas são tão idiotas! É tão fácil enganá-los!”

——

Enquanto a festa rolava animadamente por toda a cobertura do bar, Luffy ainda amarrado, tentava inutilmente roer com seus dentes, as barras da jaula que o aprisionava.

Como você está aí, chefinho?! – Nami disse ao se aproximar furtivamente da jaula.

– ­Cala a boca e me tira daqui! – Luffy esbravejou com a ladra – Eu também tô com fome! Me dá alguma coisa pra comer!

– Eu sabia que você estaria com fome, então eu roubei isso aqui pra você. – Nami disse enquanto se agachava e entregava um pedaço de pão para Luffy.

Você é uma boa pessoa. – Luffy falou de boca cheia, depois de ter colocado tudo, de uma vez só, em sua boca – Acho que vou deixar você se juntar a minha tripulação. – Falou como se o único problema dele fosse sua fome recém saciada.

Eu não quero, seu idiota! – Nami se irritou com a persistência do pirata – E você não percebe que você está numa situação feia, não?! É bem provável que esses piratas te vendam para algum lugar! Mas não se preocupe, se meus planos derem certo, eu te tiro daí de dentro e te ajudo a fugir. Já que eu não tenho nada contra você.

– Ué, então me tira agora. – Luffy falou calmamente.

E então uma sombra surgiu por trás de Nami e começou a gargalhar.

– Bwahahahahahaha!!! – Buggy, O Palhaço riu copiosamente antes de completar – Você tem uma ótima seguidora, hein, chefe dos ladrões?

– Do que você tá falando? Ela não é minha seguidora! – Luffy falou sem entender nada daquela situação toda.

Sim, sim! Você provavelmente sente que precisa dizer isso. Ainda mais porque você acabou de ser traído! – Buggy falou enquanto se abaixava para olhar nos olhos de seu prisioneiro – Mesmo que eu tenha recuperado o meu mapa de volta, ainda é um crime terrível você roubar de mim! Por isso, o seu destino já foi escolhido!

– Ah, então você vai me soltar? – Luffy perguntou inocentemente curioso, sem notar o tom de ameaça na voz do pirata que o aprisionara.

Sim eu vou te soltar… Opa… É claro que eu não vou te soltar! Você acha que eu sou idiota?!!! – Buggy se irritou por ter se confundido com a pergunta inesperada – Homens!!! – Gritou para todos os seus piratas – Preparem a buggy-dama!

– Yaaahhoooo!!! – Os subordinados gritaram animadamente em resposta. Minutos depois, um dos piratas exclamou – O canhão está pronto para atirar a buggy-dama, senhor!

– Certo! Mostrem a eles… Mostrem a eles o poder da minha bala de canhão especial! – Buggy falou psicopaticamente animado – Mostrem a eles o poder da minha buggy-dama!!!

Nesse momento, um dos canhoneiros da tripulação de Buggy apontou sua artilharia para um conjunto de casas daquela cidade e acendeu o pavio com um fósforo. Instantes depois, o canhão emitiu um estrondo ensurdecedor e a buggy-dama foi cuspida, na direção daquelas casas, em meio ao fogo infernal da explosão da pólvora.  Em um momento as casas estavam lá e no outro, ao menos 5 casas haviam sido reduzidas a pó.

Ao testemunhar aquela cena de destruição, Nami ficou pálida.

A buggy-dama é tão poderosa que pode destruir uma vila inteira com um único tiro! Ela é muitas vezes mais forte que uma bala de canhão comum! Isso, aliado ao poder da minha akuma-no-mi, são as minhas garantias de sucesso na Grand Line! – Capitão Bubby falou se gabando – Agora Nami, atire o canhão no nosso prisioneiro e jure sua lealdade e sinceridade do desejo de controlar o mundo comigo!! – O Palhaço ordenou  enquanto os canhoneiros apontavam o canhão da buggy-dama para a jaula aonde Luffy permanecia preso e amarrado – Livre-se do seu antigo chefe de uma vez por todas!!!

Matar aquele cara?! Eu?! – Nami falou surpresa enquanto suava frio e olhava no fundo dos olhos de Luffy – N-não! Capitão Buggy! Eu não acho que isso seja necessário! Vamos apenas ignorar esse cara! Vamos voltar a beber! – A ladra falou tentando dissuadir o pirata.

Não enrole! Mate-o! – Buggy ordenou com um olhar assassino.

Ao falar isso, Buggy inflamou os ânimos de seus subordinados que, bêbados, começaram a incentivar o assassinato do prisioneiro.

Mate ele! Acaba logo com esse cara! Atira! Atira! Atira! Atira! – Todos os piratas de Buggy começaram a gritar ao mesmo tempo.

Nessa hora, enquanto fitava o canhão a sua frente, pronto para o disparo, e ouvia aqueles piratas pressionando-a, Nami só conseguia pensar isso: “Essa não… Quem iria pensar que isso iria acontecer… Se eu não atirar, eles me matam com certeza… Mas mesmo que aquele garoto seja um pirata, se eu simplesmente o matar assim, então não haverá diferenças entre mim e os piratas!”

Enquanto Nami hesitava, Luffy permanecia calado olhando apreensivamente qual atitude a ladra iria tomar.

Nami! Pare de acabar com a nossa diversão! Apenas acenda logo esse pavio, garota! – Buggy ordenou impaciente.

Sua mão está tremendo. – Luffy falou da jaula, para que somente Nami escutasse. A ladra pingava de suor, tamanho era o seu nervosismo ­– Um forte juramento, é aquilo que um pirata jurou para si mesmo! Mas você não tem forças para cumprir esse juramento! – Luffy falou sorrindo.

Forte juramento? Ho! Eu me pergunto o que é isso… É matar gente inocente como se fosse um inseto? – Nami rebateu a inesperada frase do garoto com chapéu de palha – É esse, o forte juramento de um pirata?

– Não, não é! – Luffy disse seriamente – É a idéia de ser forte o suficiente para arriscar a rópria vida!

– Ande Logo!!! Atira! Atira! Atira! – A pressão feita pelos piratas voltou.

Eí novata! Para de perder tempo! – Um dos piratas do bando de Buggy se adiantou e roubou a caixa de fósforos da mão de Nami – Acho que você não sabe disparar um canhão, não é? Mas pode deixar que e faço! Você tem que botar fogo no avio do canhão e acende-lo… Assim, ó! – O pirata falou enquanto acendia o fósforo e levava-o até o pavio.

Depois de ouvir aquelas palavras de Luffy e ver que aquele pirata ali ao seu lado estava disposto a matar o prisioneiro, Nami tomou uma atitude. Rapidamente abaixou sua mão direita, levou-a até sua cocha, enfiou a mão por baixo de sua saia e retirou de lá, três bastões que ela mantinha presos a parte externa de sua perna, escondidos por sua saia. Era sua pequena arma secreta, seu ultimo recurso e ela iria utilizá-lo. Em menos de um segundo, a ladra usou sua pericia para juntar os três pedaços do bastão em um só e com ele, acertou na cabeça e jogou ao chão, o pirata que estava acendendo o pavio do canhão ao seu lado.

Mas o que?!!! – Buggy exclamou furioso ao ver a cena – Nami sua idiota! Mas que porra você tá fazendo?! Eu te dei o privilégio de acender o pavio e é isso que você faz?!

– Droga! Eu nem percebi o que estava fazendo! – Nami falou em voz baixa, ainda com o bastão na mão.

Ué? Você vai me salvar agora? – Luffy perguntou surpreso.

Seu idiota! Cala a boca! – A ladra falou irritada – Apesar de parecer, eu não fiz isso pra te salvar! Eu só não quero me tornar parecida com um pirata! Eu não sou uma pessoa má! Piratas tiraram a vida de uma pessoa que era preciosa para mim! Eu odeio piratas mais do que tudo!!!

– Hum… Então é por isso que você não gosta de piratas… – Luffy constatou calmamente, então olhou para o chão e tomou um susto – Aaahhh!!! Aquele cara conseguiu! Olha ali! O pavio já está queimando! Merda eu vou morrer!!

– Você pode desistir dessa idéia de brincar com as pessoas, sua vadia! – Buggy gritou para Nami então voltou-se para seus homens – Matem ela dolorosamente!!!

– Morra vadia!! – Quatro piratas gritaram para a ladra e então partiram pra cima dela com adagas e cutelos.

O pavio ainda tá aceso… – Nami constatou e sem hesitar nem mais um segundo, atirou, com a intenção de atrasá-los, o seu bastão na direção dos piratas que vinham atacá-la. Então virou-se, correu para o canhão e com ambas as mãos, segurou o pavio, fazendo com que a chama se extinguisse. Como resultado, a buggy-dama não foi disparada, Luffy sobreviveu, Nami queimou completamente a palma de suas mãos e os piratas que a atacavam, após esquivarem do ataque inesperado, se aproximavam por trás da ladra. E quando os piratas saltaram na direção da garota, para atacá-la, uma sombra surgiu inesperadamente entre eles.

Quantos de vocês estão atacando uma simples garota? – Uma voz falou por trás de Nami.

Hã?! – A ladra se virou e viu que um sujeito de cabelos verdes acabava de bloquear todos os ataques dos piratas, com duas espadas ainda embainhadas, uma em cada mão. Mas o estranho é que ele ainda trazia mais uma amarrada a sua cintura. Logo aos bloquear o ataque, o sujeito facilmente atacou e fez com que seus opositores caíssem no chão desmaiados.

Zoro!!! – Luffy exclamou animadamente, de dentro da jaula.

Zoro??? – Buggy exclamou assustado ao descobrir quem era aquele sujeito que tão facilmente derrubara seus subordinados.

Se machucou? – Zoro perguntou para a garota que estava ajoelhada perto do canhão.

Eu tô bem… – Nami respondeu ainda aturdida.

Ah! Ainda bem que você acho esse lugar! Me tira logo daqui! – Luffy falou para seu parceiro.

Você! Essa é a sua idéia de diversão?! – Zoro perguntou puto para seu capitão – Você é pego por um pássaro gigante que te leva embora, e quando eu finalmente te acho… Você tá dentro de uma jaula? Estupido!

– O companheiro de quem ele falou… – Nami pensou em voz alta, assustada ao perceber quem era aquele sujeito – O companheiro dele era o caçador de piratas Zoro?! Eu não entendo…

– Você é definitivamente Zoro, o caçador de piratas! – Buggy falou ao caminhar na direção do visitante inesperado – Você está atrás da minha cabeça?

– Não, isso não me interessa mais… Eu já não sou mais um caçador de piratas. – Zoro respondeu calmamente enquanto observava aquele sujeito com um enorme nariz de palhaço se aproximar.

Mas eu tenho interesse em você! Se eu te matar, meu nome vai ficar ainda mais famoso!!! – Buggy falou com convicção e então sacou cinco facas de suas vestes. Com a mão esquerda, segurou quatro facas, uma em cada espaço entre os dedos. Na mão direita, empunhou a quinta e maior adaga.

Se você não quiser morrer, então apenas me deixe em paz. – Zoro falou em resposta para a atitude daquele sujeito que mais parecia um palhaço. No entanto, continuou imóvel.

Se você não mostrar suas verdadeiras habilidades agora, você em breve vai estar coberto de sangue! – Buggy ameaçou o espadachim e então se lançou correndo na direção dele.

Certo, se é assim que você quer… – Zoro Falou calmamente enquanto desembainhava suas espadas, levava uma delas a boca, e se colocava em posição de luta.

Quando Buggy se aproximou, correndo de armas empunhadas, Zoro com um forte impulso se lançou na direção do Palhaço, furou sua defesa e atacou com suas três espadas o corpo de seu adversário. Meio segundo depois, o corpo de Buggy caia no chão. Só que dessa vez, o corpo estava dividido em quatro, pois com a primeira espada, Zoro cortou o braço direito do Palhaço na altura do cotovelo, com a segunda, separou o abdômen da cintura e com a última espada, cortou a perna direita na altura da cocha.

No final, o espadachim nem se deu o trabalho de virar para ver o resultado final de seu ataque. Ele havia trespassado a carne de Buggy em três lugares diferentes. Não precisava ver o banho de sangue.

Hein? Aquele cara era tão fraco assim?! – Luffy falou com uma pontada de decepção.

A meu Deus!!! – Nami falou assustada.

– He He He… – A tripulação de Buggy riu ao ver seu capitão desmembrado.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 9 – Mulher má


– É isso aí! Eu sou uma ladra que rouba piratas! – A jovem falou, com orgulho do alto da sacada, para o garoto com chapéu de palha que acabara de salvá-la dos brutamontes que a perseguiam. Seu nome era Nami e quem a olhasse não viria a aparência de uma ladra profissional, mas sim a de uma jovem colegial de menos de 20 anos. Seus cabelos eram laranjas e curtos até a altura dos ombros, ela vestia uma pequena saia que mostrava suas belas coxas e uma camisa branca com algumas listras azuis nas mangas curtas, na gola e na altura da barriga.  – Se a gente se juntar podemos conseguir uma boa grana!

– Não mesmo! Eu não to interessado em me juntar a você! – Luffy respondeu emburrado e então saiu andando para longe daquela ladra.

– Eí! Peraí um segundo! – A garota falou enquanto pulava do alto da varanda direto para o chão e corria atrás do garoto de colete vermelho – Que chapéu é esse aí? – Nami perguntou curiosa – Quando você disse pra não tocarem nele você ficou cheio de raiva! Ele é caro?

– Ele é meu tesouro! – Luffy respondeu objetivamente.

– Hmmm… Um tesouro!! Eu me pergunto se tem jóias dentro… Ah! Talvez seja o mapa de um tesouro! – Nami falava animada em voz baixa, enquanto seguia o garoto com o chapéu de palha.

——

– Vocês ainda não pegaram o ladrão?! – Uma voz amedrontadora ecoou no telhado  de um bar daquela cidade vazia.

– N-nós estamos procurando, capitão! – Um sujeito gordinho, de cabelos arrepiados e com um colar de dentes, respondeu cheio de medo.

– Como diabos ele foi roubado tão facilmente?! Como vocês deixaram que o meu mapa da Grand Line fosse roubado?! – A voz ressoou novamente, dessa vez, ainda mais irritada – Nós vamos entrar na Grand Line em breve… Como você espera que façamos isso sem o mapa? Seu imbecil!!!

Quando a voz parou de ecoar, o sujeito gordinho começou a levitar inesperadamente. Suas mãos estavam em seu pescoço. Ele simplesmente começou a se erguer e de repente, já se encontrava com os pés a mais de um metro de altura.

– Es-espera Capitão! – O sujeito, sem fôlego, tentou suplicar – N-não consigo respirar!

– Ele mostrou o poder da akuma-no-mi!!! – Todos os piratas que estavam ali assistindo aquela cena, falaram surpresos.

– Preparem o canhão!!! – A voz soou novamente. Quem ordenava era o Capitão Buggy, O Palhaço.

Buggy se encontrava sentado em uma espécie de trono no alto daquele telhado e aparentemente não fazia o mínimo de esforço para manter o seu subordinado levitando e se sufocando.  Ele usava um grande sapato de bico fino, meias listradas a mostra, uma calça verde clara bem larga, uma camisa vermelha e branca listrada horizontalmente, uma longa capa laranja em seus ombros e um enorme chapéu de pirata com a sua Jolly Roger desenhada nele, por cima de seus longos cabelos azuis. No entanto, não era por sua roupa extravagante que ele tinha a alcunha de O Palhaço. Buggy, tinha um enorme nariz vermelho, logo abaixo da tatuagem de dois ossos cruzados que tinha em sua testa e acima de sua boca pintada com batom. Literalmente não dava pra saber se era um nariz de palhaço ou não.

– Eu não fiz nada de errado! – O pirata gordinho suplicava enquanto levitava – Me ajudem!!!

– Exploda ele em pedacinhos!!! – Buggy mandou. E em poucos segundos, mais um canhão disparou e fez em cinzas o sujeito que antes estava ali suplicando – Recuperem o mapa! – Buggy ordenou para seus subordinados que assistiram a execução – E certifiquem-se de roubar todo o tesouro dessa vila!

– Sim senhor! Capitão Buggy! – Os piratas falaram em uníssono.

——

Dentro de uma casa do vilarejo, a ladra e o pirata conversavam.

– Ah… Então você se separou do seu bando… – Nami falou interessada – Quantas pessoas têm nele?

Só mais uma. – Luffy falou simplesmente – Essa casa é sua? – O pirata perguntou curioso.

Não, eu nem sei de quem é essa casa… – A ladra respondeu despreocupada – Todo mundo dessa vila tá se escondendo num refúgio fora da cidade. Eles estão tentando evitar um confronto com o bando de piratas do Buggy.

– Hmmm… Ele é assim tão assustador? Aquele pirata chamado Nami? – Luffy perguntou interessado.

Eu sou a Nami!!! O pirata é o Buggy! Não troque os nomes! – Nami rosnou com a ofensa  – E sobre o Buggy, ele é um pirata famoso, conhecido pelo seu amor por canhões… Dizem que quando algumas crianças zoaram o nariz dele, ele destruiu a vila inteira com um tiro de canhão. E, falam por aí, que ele tem um poder muito estranho!

– Mas então porque não tem ninguém nessa vila? – Luffy perguntou intrigado enquanto olhava pela janela.

Eu acabei de falar que eles estão querendo evitar conflito!!! – A ladra bateu na mesa e falou furiosa – Será que você não ouviu nada do que eu disse?!

– Ah… Então você tá roubando dessas casas vazias! – Luffy tirou suas próprias conclusões, sem ter prestado atenção em nenhuma palavra da ladra.

Isso é desprezível! Eu não acabei de dizer que eu só roubo de piratas?! Nem me compare com aqueles ladrões de casa! – Nami retrucou, cada vez mais irritada com o garoto de chapéu de palha – Aff… É cansativo falar com você!

Hahahaha, fica calma! – Luffy falou descontraído quando percebeu que a garota a sua frente fervia de nervosa.

Meu objetivo é juntar cem milhões de bellys… – Nami falou com ar sonhadora, dessa vez, muito mais calma – Vou juntar esse dinheiro e então vou comprar uma certa vila…

– Comprar uma vila? – Luffy perguntou desconfiado – Cem milhões de Berries é muita coisa. Você vai ter que roubar muitos piratas…

– Eu tenho um plano! – A ladra falou enquanto tirava um pergaminho de suas vestes – Olha! Esse é o mapa da Grand Line que eu acabei de roubar! Eu vou roubar mais alguns tesouros desse tal de Buggy e vou para a Grand Line! E então eu vou assar a roubar de grandes piratas que tem muito mais tesouros! – Nami falou com brilho nos olhos –O que você acha? Não quer se juntar a mim e conseguir essa grana? Você parece ser forte, eu podia usar a sua força… – Vendo o olhar desconfiado do garoto, tratou logo de esclarecer – Mas é claro que você terá sua parte também.

– Hmmm… Será que você sabe navegar? – Luffy perguntou subitamente.

Sim! É lógico que eu sei! Não me subestime. Em termos de habilidades de navegação, bem, não deve ter muitas pessoas nesse mundo que saiba mais disso do que eu!– A ladra falou orgulhosa – Principalmente porque eu amo o mar!

– Isso é ótimo! – Luffy respondeu animadamente – Nós também estamos indo para a Grand Line!

– Sério?!  – Nami perguntou abrindo um sorriso.

– É sim! Porque você não se junta a nossa tripulação como navegadora?  – O pirata falou entusiasmado – Se torne uma membra do nosso bando pirata!

– De jeito nenhum!!! – Nami gritou com o garoto, mudando imediatamente a sua fisionomia. De entusiasmada com a idéia de um novo companheiro, agora está completamente enfurecida – Ah… Então você é um pirata. Esquece! Nós nunca nos conhecemos e nunca tivemos essa conversa! Eu não quero me juntar a você! – Então ela ser lembrou de algo e subitamente ficou mais calma – Ah! Entendi! Então você vai usar esse mapa no seu chapéu para encontrar algum tesouro…

– Eu já te disse que no meu chapéu não tem mapa nenhum! – Luffy respondeu irritado enquanto tirava seu inseparável chapéu de palha.

Ah, tá! Então o que é? Porque você chamaria esse chapeuzinho aí de tesouro então? – Perguntou curiosa.

Eu ganhei ele esse chapéu a anos atrás de um amigo meu! Por isso é meu tesouro! – Luffy respondeu cheio de nostalgia no olhar – Eu jurei pra pessoa que me deu esse chapéu que eu iria formar um bando pirata!

– Tsc! Pirata isso, pirata aquilo! Essa é uma era pateticamente triste! A coisa que eu mais odeio nesse mundo são piratas!!! – Nami explodiu de raiva novamente – Eu só gosto de dinheiro e laranjas! – Então ela se virou e começou a pensar: “Droga! Será que ele é só um pirata estúpido e inútil? Ele não parece ter algo valioso para ser roubado e ele não parece ser de grande ajuda…”

– Eí! Vamos lá! – Luffy interrompeu os pensamentos da ladra – Se torne nossa navegadora! – O pirata insistiu como se não houvesse ouvido nada do que ela disse.

Você acha que eu sou louca? Cala a boca seu pirata idiota! – Nami respondeu nervosa, mas então, subitamente, mudou de aparência e como se houvesse tido uma idéia, passou a sorrir – Hmmm… Tudo bem então. Parece que você está realmente precisando de uma navegadora, então eu aceito. Mas com uma condição! – Disse calmamente, dissimulando o rancor que ainda mantinha.

– Sério? Obrigado! Eu tô mesmo precisando… – Luffy falou todo contente – Qual a condição?

– Vá comigo até onde o Buggy está! É só isso que eu quero que você faça. – A ladra respondeu.

– Certo! Certo! Vamos indo então! – Luffy falou enquanto já se dirigia para a saída.

Ah! Espera aí! Eu tenho que preparar uma coisa primeiro! – Nami falou enquanto corria pela casa e procurava algo. De repente, ela volta com aquilo que tanto procurava.

Pra que essa corda? – Luffy perguntou ao notar o que a ladra trazia nas mãos.

É só uma corda, algum problema? – Nami respondeu ingenuamente e quando o garoto com chapéu de palha se virou, ela lançou um olhar malicioso para ele.

E assim os dois continuaram caminhando até chegarem na rua em que se encontrava a base do pirata Buggy naquela aldeia.

É bem no final dessa rua… O bar onde os piratas tão ficando é lá. – Nami apontou para o bar e indicou para que o pirata de chapéu de palha fosse na frente.

Mas o que você quer por aqui? – Luffy perguntou enquanto tomava a liderança da caminhada.

Isso… – Nami começou a falar em tom suspeito por trás de Luffy – Você vai descobrir em breve… – Com uma habilidade incrível, a ladra pegou a corda e laçou o pirata que, sem nem ao menos desconfiar da traição, não teve qualquer reação – Quando chegarmos lá, seu pirata estúpido! – Quando terminou de falar, o garoto já estava no chão, completamente imobilizado pela corda que o circundava.

Eí, o que você tá fazendo? – Foi a única coisa que Luffy conseguiu falar, antes da ladra lhe tapar a boca com a corda.

——

No telhado do bar, a voz de Buggy continuava a ecoar furiosamente.

O que?! Vocês perderam a ladra do mapa?!  – Buggy perguntou enraivecido, para os seus três capangas que ele havia mandado para resgatar o que lhe fora roubado – Três homens do tamanho de vocês foram atrás de uma simples ladra e voltaram assim, todo quebrados?!

– Sentimos muito capitão! – Os três suplicaram em uníssono – Mas, tinha um cara muito forte lá! Ele era o capitão dela e usava um chapéu de palha!

– Eu não quero saber!!! Vocês terão uma morte dolorosa!!! – O pirata sentenciou, gritando para que toda a sua tripulação ouvisse.

Capitão Buggy!!! – Um dos piratas da tripulação chamou – Aquela ladra que nos roubou acabou de voltar aqui por ela mesma!

– Certo! Tragam-na! – Buggy, O Palhaço ordenou imediatamente, sem nem ao menos pensar – O que?! Ela voltou por que quis?!! – Exclamou ao se dar conta do que acabara de ouvir – Do que você está falando? Não é possível!

– Err… Eu não sei porque… Mas ela tá aqui! – O pirata subordinado respondeu.

– Certo! Tragam-na! – Buggy repetiu, dessa vez ciente do que estava acontecendo.

Depois da ordem de seu capitão, o pirata desceu e foi buscar a ladra que se encontrava no térreo do bar. Instantes depois, ele retornou escoltando a ladra de cabelos laranjas e um garoto de chapéu de palha que estava todo amarrado com cordas.

Ah! É esse o cara capitão! – Os três capangas que haviam enfrentado Luffy mais cedo, exclamaram ao vê-lo entrar no terraço – É o chefe dela que caiu do céu!

– Eu capturei o ladrão que te roubou, Buggy, O Palhaço! – Nami falou, enquanto empurrava Luffy e o fazia cair de peito no chão – E eu vou te devolver o mapa também!

– Sua maldita, você me enganou! – Luffy rosnou para Nami. Que retribuiu lhe mostrando a língua, como uma criança insolente.

Entendo, você está me devolvendo o mapa. Mas, porque está fazendo isso? – Buggy inquiriu.

Sabe, eu discuti com o meu chefe… Por isso eu me cansei disso… Mas por favor, deixe me juntar ao seu bando de piratas! – Nami falou com um enorme sorriso no rosto.

Hein??? – Foi o único som que Buggy conseguiu emitir, tamanha era a sua perplexidade com a atitude da garota – Então você tá cansada disso, é? Hahaha! Você é uma garota bem interessante! – O capitão dos piratas falou enquanto se divertia após o choque inicial – Tudo bem! Eu vou deixar você se juntar ao meu bando!

Ali parada, sorrindo e ouvindo as altas risadas do pirata de cabelos azuis a sua frente, Nami só pensava que agora teria a melhor oportunidade para roubar todos os tesouros do Buggy, recuperar o mapa e dar o fora da vila o quanto antes.

Enquanto isso, Luffy, que continuava amarrado pelas cordas da ladra, foi posto numa jaula, parecida com uma dessas de prender animais no circo. Sua prisão era pequena e ele só cabia ali dentro se permanecesse sentado no chão de pernas cruzadas. Devia ser o antigo cativeiro de um chimpanzé.

Aquela mulher má!! Ela nunca vai entrar na minha tripulação!!! – Luffy resmungou quando o largaram lá dentro.

——

No litoral da cidade, um pequeno barquinho atracava no porto. Dele, saltaram quatro pessoas.

Nós chegamos, mestre Zoro! – Um dos homens falou.

– O que é isso? A vila está vazia? – Zoro perguntou ao olhar ao redor e não ver ninguém.

Sim… A verdade é que agora, o nosso bando de piratas está dominando a cidade… – O ex-naufrago gordo respondeu sem graça.

O que faremos? O que vamos falar para o capitão Buggy? Nós voltamos sem nada! – O pirata magro e de cabelos estranhos falou cheio de medo, com seus companheiros.

Vamos ter que falar a verdade. Já que aquela desgraçada jê deve estar longe daqui… – O pirata de toca respondeu.

É melhor eu encontrar esse tal de Buggy então… – Zoro pensou alto – Daí talvez eu descubra alguma coisa sobre o Luffy…

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 8 – A aparição de Nami


Ahhh… Que fome… – Luffy resmungou quando sua barriga roncou pela terceira vez. Zoro por sua vez, nada respondeu durante muitos minutos.

O pirata do chapéu de palha e o ex-caçador de piratas estavam cercados de água por todos os lados e navegavam sem direção pelas últimas horas. Os dois estavam sentados um de frente para o outro na pequena embarcação de um mastro. Zoro olhava irritado para Luffy.

E que história é essa de você não saber navegar, hein? – Zoro comentou rabugentamente para quebrar o silêncio – Tem algo estranho aí. Como você chegou até aqui então?

Estranho nada. Eu só cheguei por que fiquei à deriva. – Luffy respondeu calmamente – E você, achei que fosse um caçador de piratas que cruzava os mares…

– Eu nunca disse que era um caçador de piratas. – Zoro rebateu um pouco mais calmo – O que eu fiz foi sair pro mar à procura de uma pessoa. Mas depois eu nunca mais consegui voltar para a minha vila. – Encostou um dos cotovelos na amurada do barco e apoiou o rosto na mão. Parecia pensativo enquanto contava a história – Aí, eu não vi outro jeito senão atacar uns navios piratas pelo meio do caminho pra conseguir grana e me sustentar… Foi só isso.

– Ah, tá. Você se perdeu de casa. – Luffy resumiu o que tinha entendido da história.

Não coloca as coisas assim!!! – Zoro irritado, protestou.

E então os dois voltaram a ficar calados e o barco continuou seguindo o seu próprio rumo, vagando por aqueles cantos do mar.

Caramba… Onde já se viu um pirata que não sabe navegar?! – Zoro irrompeu o silencio novamente, claramente inconformado com as habilidades de seu capitão – Desse jeito, nem tem como a gente chegar na Grand Line. O negócio é arranjar logo um navegador.

– E também um cozinheiro e um músico e um… – Luffy começou a falar todo animado, enquanto contava nos dedos o número de tripulantes que iria precisar.

Isso pode ficar pra depois!! – Zoro estressado, interrompeu a contagem.

Nesse momento, a barriga de Luffy roncou novamente, dessa vez foi tão forte que até o pirata de cabelos verdes conseguiu ouvir. E ao ouvir, sentiu a mesma sensação quase que por osmose.

Aí, que fome! – Os dois piratas falaram juntos.

E então, se jogaram para trás e deitaram no chão do barquinho, numa tentativa inútil de aliviar o cansaço e a fome. Deitados, Luffy olhou para o céu e avistou algo.

Olha lá! – Luffy apontou para uma mancha que sobrevoava o barco, lá no alto, dezenas de metros acima da cabeça deles – É um pássaro.

– Até que é grande… – Zoro comentou despretensiosamente.

Vamos comer aquele pássaro! – O pirata de chapéu de palha falou animadamente.

Mas de que jeito? – Zoro respondeu interessado.

Eu vou lá pegar! Deixa comigo!!! Gomu-gomu-no… – Luffy falou enquanto lançava seus braços para o alto e agarrava a verga que sustentava a vela do único mastro do barco. Com os braços esticados por alguns metros, puxou o corpo para baixo e deixou o efeito elástico de seu corpo fazer o resto – Rocket!!! – Gritou enquanto era arremessado para o alto feito uma bola-de-gude atirada por um estilingue.

Ah, é. Tá certo. Ele é um homem-borracha… – Zoro falou depois de se recuperar do rápido choque que levou ao ver o que o seu capitão acabara de fazer. E então levou uma das mãos à testa, como quem tenta avistar ao longe e viu o pirata do chapéu de palha ir voando na direção do pássaro que ainda sobrevoava o barco.

No entanto, enquanto se distanciava, o corpo de Luffy parecia cada vez menor e o do pássaro, continuava do mesmo tamanho. Logo, Zoro percebeu que haviam cometido um erro. O pássaro era na verdade, muitas vezes maior do que um pássaro normal, era até mesmo muitas vezes maior do que um ser  humano comum. E assim que Luffy chegou próximo à ave, ela o atacou e o agarrou com suas garras. No final, a presa havia se tornado o predador. Luffy estava incrédulo e ainda estava faminto.

Socooooorro!!! – Luffy gritou lá do alto, enquanto o pássaro começava a voar para longe do barco.

Seu imbecil! – Zoro exclamou tremendamente irritado – O que você acha que tá fazendo, seu idiota?! – Então o ex-caçador de piratas recolheu as velas do barco, pegou os remos e começou a impulsionar, com toda a sua força, o barco na direção do pássaro que fugia com seu capitão.

Tempos se passaram e Zoro continuava remando desesperadamente atrás da silhueta da ave, que agora, era somente um pontinho no horizonte distante, quando de repente, uma agitação começou a ocorrer na direção em que a pequena embarcação seguia.

Eeei! Socorro!! – Vozes podiam ser escutadas ao longe – Ô do barco! Para aí! – Três sujeitos que estavam a deriva no mar, balançavam as mãos e tentavam chamar a atenção do tripulante do barquinho.

Hm?! – Zoro se surpreendeu – Náufragos justo agora?! Não vou parar de remar! – Falou para os três sujeitos que estavam em sua direção – Se quiserem, pulem para dentro!

E falando isso, continuou conduzindo o barco, em velocidade surpreendentemente rápida para somente um remador, na direção dos náufragos. Quando passou por eles, quase os atingiu com o barco, no entanto, os três sujeitos conseguiram, com muito custo, subir a bordo.

Não é que conseguiram? – Zoro falou em tom zombeiro.

Você quase nos atropelou! – Os três falaram indignados enquanto se recompunham do resgate inesperado.

Os ex-náufragos eram sujeitos bem diferentes entre si. Um era muito gordo, tinha uma monoselha gigantesca e usava um colete aberto que mostrava todas as suas banhas. O segundo sujeito era de porte médio, mas aparentemente bem forte, devido aos braços musculosos que exibia na camisa com a manga apertada, ele tinha um gorro preto com o desenho de uma caveira e portava algo preso a sua cintura. Já o último, era moreno e bem magrelo, seu cabelo era estranho e ele usava uma camisa listrada na horizontal.

Eí! Pare o barco! – o ex-náufrago com o gorro preto falou enquanto sacava um longo punhal, que mantinha preso em sua cintura, e apontava-o para o condutor do barco – Nós somos do bando do famoso pirata Buggy, O Palhaço. – Depois de falar isso, os outros dois sujeitos olharam ameaçadoramente para o garoto de cabelo verde e se colocaram em posição de luta.

Hãã?! – Zoro levantou uma sobrancelha e resmungou incrédulo.

——

Ah! Há! Há! Há! Há! Há! – O pirata de cabelos estranhos e camisa listrada ria totalmente sem graça enquanto remava com toda a sua força.

– Porque o senhor não disse que era o famoso Zoro, o caçador de piratas?! – O pirata gordo falou suando frio enquanto também remava do outro lado do barco.

Mil desculpas pela nossa falta de educação! – O sujeito com o gorro escuro falou encolhido, no meio de seus dois companheiros.

Todos estavam com o nariz quebrado, sem alguns dentes na boca, cheios de hematomas pelo corpo e sangrando em mais de um ponto.

Por causa de vocês, perdi meu companheiro de vista. – Zoro falou irritado enquanto fiscalizava os seus prisioneiros remando o barco para ele – Continuem remando. Do jeito que o Luffy é, uma hora ele vai tentar descer em terra firme.

E assim, eles seguiram por um bom tempo, os prisioneiros remaram em silêncio sobre estrita fiscalização, até que Zoro resolveu perguntar uma coisa que o tinha deixado curioso.

E então, o que vocês piratas, estavam fazendo no meio do mar, se afogando?

– Foi aquela mulher! É tudo culpa dela! – O pirata magrelo começou a falar com uma nítida raiva na voz – Tudo aconteceu logo depois que a gente atacou um navio mercante… Naquele saque nós conseguimos roubar um baú muito valioso, com muitas jóias e moedas de ouro. Esperávamos até conseguir uma recompensa do Capitão Buggy, sabe? Nós estávamos no nosso barco de missão, que é melhor e maior que esse aqui, voltando para o navio principal do nosso capitão, foi então que surgiu perto de nós, um pequeno barquinho à deriva, nele havia somente uma garota desmaiada e um baú. A garota era até bonitinha, era novinha, devia ter uns 19 anos no máximo, tinha uns cabelos laranjas bem curtinhos, na altura dos ombros e tudo mais. Então resolvemos chegar mais perto para ver melhor. Quando encostamos o nosso barco no dela, a garota pareceu acordar e pediu ajuda para nós, ela disse que estava à deriva há vários dias e estava morrendo de fome e sede. – O pirata de cabelos estranhos contava a história com um rancor profundo – Ela foi toda gentil e até ofereceu todo o baú de tesouro dela, para que a salvássemos. E como bons piratas que somos, não recusamos dinheiro. Então, como ela tava muito fraca para trazer o baú para o nosso barco, pulamos os três para o barco dela e não resistimos em abrir o baú, com a chave que ela havia nos dado e dar uma olhada nos tesouros que iríamos roubar dela. – Nesse ponto da história, o pirata magrelo pausou por alguns instantes enquanto reunia coragem para terminar seu relato. No entanto, ele continuava remando sobre a vigia de Zoro – Foi então que ela, num movimento mais rápido do que imaginávamos, aproveitou que estávamos distraídos com o baú, pulou para o nosso barco e com uma habilidade surpreendente, se distanciou ridiculamente rápido de nós e nos deixou presos no barquinho furreca dela!!! Aquela maldita, roubou nosso barco, nosso tesouro, e pra piorar, o baú que ela deixou com a gente estava vazio!!! E o que mais me dá raiva é que ela, enquanto fugia com nosso barco, ainda gritou, lá de longe, que uma tempestade se aproximava e que seria uma tão forte que aquele barquinho pequenininho em que estávamos não iria agüentar. E o pior de tudo é que ela acertou! E nem meia hora depois, o barco já havia naufragado na tempestade e nós já havíamos virado náufragos! – O pirata terminou sua história. Seus olhos estavam vermelhos de tanta raiva – Foi isso que aconteceu! Não é pra ficar com ódio?!

– Quer dizer que ela previu o tempo, é? – Zoro falou interessado. Parecia que só havia escutado essa parte – Essa garota deve conhecer o mar muito bem, hein? Será que ela não quer ser nossa navegadora? – Pensou alto.

Seu eu a pego, mato na hora! – O pirata gordo falou com raiva.

O problema é o nosso tesouro que ela roubou! –  O pirata de camisa listrada retrucou.

É mesmo! Se a gente voltar de mãos abanando, o Capitão Buggy vai ficar uma fera! – O pirata de gorro completou apreensivo.

Quem é esse tal de Buggy? – Zoro perguntou.

É o capitão do nosso navio pirata. Nunca ouviu falar de Buggy, O Palhaço? – O sujeito de gorro respondeu – Ele é um homem terrível, que adquiriu poderes quando comeu uma das Akuma-no-mi!!

– Uma Akuma-no-mi? – Zoro retrucou surpreso.

——

No porto de uma cidade deserta, que não havia viva alma nas ruas, um enorme navio que mais parecia um circo flutuante estava atracado com as velas recolhidas. Ele era multicolorido, com pequenas bandeirinhas de festa no alto de cada um dos quatro mastros, era todo pintado com detalhes listrados e no meio da proa, havia uma grande tenda armada. No topo da tenda, dois ossos estavam desenhados por baixo de uma caveira com um, surpreendente, nariz de palhaço. Tal desenho, também estava presente em uma pequena bandeira preta presa no alto do último mastro.

Capitão Buggy! – Uma voz gritou de dentro do enorme navio – Tem alguma coisa no céu, bem próximo do porto, vindo em nossa direção!

– Atire com o canhão. – O capitão falou depois de olhar pelo binóculo e perceber que era uma enorme ave carregando uma pessoa.

Sim senhor!!

Nesse mesmo momento, nas ruas próximas ao porto daquela cidade aparentemente deserta, uma perseguição alucinante acontecia.

Volte aqui sua ladra! Devolva as cartas de navegação!!! – Um homem de voz grave gritou enquanto corria atrás de uma garota de cabelos laranjas. Atrás dele, outros dois de seus comparsas o ajudavam a perseguir a ladra.

Até que enfim consegui! A carta náutica da Grand Line! – A ladra falou consigo mesmo, enquanto corria e olhava orgulhosa para o pergaminho que segurava em suas mãos.

Droga! Se não pegarmos aquilo de volta, estamos perdidos!! Não quero morrer com um tiro de canhão do capitão! – Um dos homens falou para os outros.

E para a mais completa surpresa dos três perseguidores da ladra, naquele exato instante, o disparo de um canhão soou próximo e algo no céu bem acima deles foi atingido. Todos pararam, olharam para o alto e avistaram a silhueta de um homem caindo na direção deles. Como um cometa, o sujeito caiu exatamente no espaço entre a ladra e os perseguidores. Com o impacto, uma enorme nuvem de poeira se formou e inesperadamente.

Pô, de onde veio aquela bala de canhão?! – Uma voz resmungou de dentro da nuvem de fumaça.

Fora dela, os quatro indivíduos que testemunharam aquela cena ficaram embasbacados. Era simplesmente impossível uma pessoa normal sobreviver àquela queda. Quando a poeira se dissipou, foi possível ver um garoto em pé, segurando um chapéu de palha na cabeça.

Ufa! Escapei dessa!! – Luffy falou aliviado, enquanto se recompunha da queda.

Chefinho! Você veio me salvar! – A ladra a deixa e falou bem alto, para que os brutamontes que a perseguissem pudessem ouvir. Depois disso, voltou a fugir novamente – O Resto é com você chefinho! – Gritou enquanto corria.

Eí! A mulher tá fugindo! – Um dos homens exclamou. Ele era enorme e tinha um monte de cicatrizes em sua cabeça raspada.

Deixa ela! Parece que o chefe dela ficou aqui pra negociar com a gente. – Um dos três brutamontes falou. Ele era loiro, tinha um rabo de cavalo e usava uma camisa xadrez.

Certo… Quer dizer que veio defender a mocinha do seu bando, é? – O outro sujeito falou zombateiramente. Ele tinha cicatrizes nos olhos e usava um lenço quadriculado na cabeça – Isso poupa nosso tempo de correr atrás dela.

Então todos os três brutamontes sacaram suas espadas e cercaram Luffy, que até aquele momento não estava entendendo nada.

Escuta aqui ô “chefinho”… – O homem careca falou em tom ameaçador – Aquela carta náutica é propriedade do temido pirata Buggy, O Palhaço! Por isso, é melhor devolvê-la, entendeu?! – E ao falar isso, tentou acertar um gancho no queixo de Luffy.

O pirata, por sua vez, moveu a cabeça e se esquivou facilmente do golpe. No entanto, o punho do sujeito acabou acertando a aba do chapéu de palha de Luffy e o fez voar para o alto. O garoto ao ver seu chapéu voando, ficou extremamente irritado e sem nem ao menos pensar, desferiu um soco bem no meio do nariz do brutamontes careca. Isso tudo aconteceu tão rápido, que quando o sujeito, depois de ser atingido, foi ao chão sem sentidos, o chapéu de palha ainda estava no ponto mais alto da parábola de queda.

Tira essas mãos do meu “tesouro”. – Luffy falou com convicção, enquanto esticava o braço e pegava seu chapéu, que ainda estava no ar.

Seu desgraçado!!! – Os outros dois homens xingaram e então foram pra cima de Luffy.

O pirata do chapéu de palha não precisou nem se esforçar para dar aos novos atacantes, o mesmo destino do primeiro. Em menos de dez segundos, os dois já haviam se juntado ao careca e nesse momento, beijavam o chão inconscientes.

Puxa! – Uma voz feminina falou do alto. A ladra não havia fugido e sim se escondido no segundo andar de uma casa próxima ao local. Agora, ela estava sentada no parapeito da janela e parecia despreocupada – Você é forte mesmo hein?! – Falou para Luffy – Os caras eram muito maiores, tinham sabres e você os derrotou facilmente sem arma alguma!

– Hm?! Quem é você? – Luffy perguntou ainda meio desnorteado.

Eu sou uma ladra especializada em piratas! – A garota de cabelos laranjas falou calmamente – Meu nome é Nami. Quer trabalhar comigo?

– Especializada em piratas…? – Luffy perguntou desconfiado.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 7 – Amigos


Hmm… Como é bom comer!!! – Zoro falou satisfeito. Suas feições estavam mais amistosas. Em parte por estar extremamente feliz por voltar a comer e em parte por já não estar usando a bandana escura, que quando amarrada em sua cabeça, lhe dava uma terrível aparência. Agora, a bandana estava presa em seu braço direito, deixando assim, o incomum cabelo verde do caçador de piratas à vista – Nove dias sem comer nada! Já não estava aguentando mais!!

Todo o grupo estava sentado à mesa, almoçando na casa de Rika, a garotinha da vila.

– Se você está desse jeito… Então… Não iria aguentar um mês preso mesmo! – Luffy provocou Zoro entre uma garfada e outra.

– E por que você tá parecendo mais esfomeado do que eu? – Zoro rebateu vendo a pilha de pratos que Luffy acumulava ao seu lado.

– Desculpe o incômodo senhora… – Koby disse sem graça, à mãe da garotinha – Até eu acabei me servindo…

– Que isso, fiquem à vontade! Afinal de contas vocês salvaram a cidade! – A mãe de Rika respondeu alegremente.

– Moço… – A garotinha foi até o lado de Luffy e continuou – Eu sabia que você era forte!!

– Ah, eu sou mesmo. – Luffy respondeu de boca cheia – E vou ser muito mais! – Sorriu para a garotinha.

– Mas e aí? – Zoro interrompeu – Para onde vamos agora?

– Eu tô querendo ir pra Grand Line. – Luffy respondeu animadamente.

– O quê?! De novo você com essas ideias malucas? – Koby falou exaltado – Se aventurar pela Grand Line com apenas duas pessoas na tripulação? Isso e o mesmo que ir pra morte certa! Você não entende?! Os piratas mais temidos do mundo estão naquele lugar!!!

– Bom, se é pra encontrar o One Piece, a gente vai ter que ir por essa rota, certo? – Zoro falou tranquilamnte – Então vamos.

– Como assim, “vamos”? Até você Zoro-san?!! – Koby perguntou.

– Vou… Mas por que tá tão nervoso? Você nem vai com a gente… – Zoro respondeu.

– Não, não vou!  Mas estou preocupado! Não posso? – Koby disse nervoso – Algum problema de eu me preocupar com vocês?! 

– Não… Tudo bem, mas… – O espadachim respondeu sem graça.

– Luffy-san! Nós dois nos conhecemos há pouco tempo…  – Koby falou com vergonha, para Luffy – Mas somos amigos não é?

– Ah, sim. Talvez a gente não se veja mais, mas vamos sempre ser amigos! – Luffy respondeu com um enorme sorriso.

– Eu… Nuca tive amigos, desde pequeno… – Koby falou encabulado – Muito menos alguém que lutasse por mim!  Isso porque eu mesmo nunca lutei por nada nem ninguém!  Mas com vocês dois, eu aprendi… – Seu tom de voz agora parecia muito mais confiante – Aprendi a viver pelas coisas em que acredito!!!

– É isso aí Boby! E é por isso que eu vou pra Grand Line. – Luffy falou decididamente.

– Não! Não é isso o que eu estou querendo dizer! É que é muita imprudência irem agora… – Koby retrucou.

– Porque você não se preocupa mais com você mesmo, hein? – Zoro falou alertando o garoto de cabelos roxos – Porque por mais que você tenha sido raptado e obrigado a trabalhar, o fato é que você ficou no navio da pirata Alvida por dois anos. Melhor não subestimar as fontes da marinha, viu? Porque quando eles souberem disso, nunca vão acetar o seu alistamento. 

Com licença! – Uma voz chamou do lado de fora da casa e  interrompeu a conversa. Um marinheiro de cavanhaque e com um boné com o logotipo da marinha abriu a porta – Recebemos uma denúncia de que vocês são piratas… – O marinheiro falou enquanto entrava – Isso é verdade?

– Bom, já que agora eu arranjei o primeiro integrante do meu bando, acho que já posso falar que somos piratas sim! – Luffy falou satisfeito.

– Independente dos métodos que usaram, a verdade é que vocês salvaram a nossa base e esta cidade. E somos todos muito gratos por isso… – O líder dos marinheiros continuou falando – Contudo, nós, como homens da marinha… Não podemos ignorar piratas. No entanto, ara demonstrar que não somos totalmente ingratos, não comunicaremos o quartel-general, mas vocês terão que partir imediatamente daqui. 

– Então… Vamos. – Luffy disse tranquilamente e então se levantou da mesa e se dirigiu a saída. Zoro o seguiu. Ambos nem sequer olharam para Koby – Obrigado pela comida tia. – Falou ao passar pela mãe de Rika.

– Luffy-san… – Foi a única coisa que Koby, que ficou paralisado junto a mesa, conseguiu falar ao ver os dois partirem.

– E você, não e amigo deles? – O marinheiro de cavanhaque perguntou para Koby.

– Hã?! Eu? Eu… – O aspirante a marinheiro ficou gaguejando enquanto se lembrava de udo que tinha acontecido. Com muito pesar, conseguiu soltar mais algumas palavras – Eu e eles.. Não somos amigos, não!!!

Na porta, enquanto saiam, Luffy sorriu disfarçadamente.

– Eí! Esperem um pouco!! – O líder dos marinheiros gritou para os dois piratas que estavam saindo – Isso que ele falou é verdade?

– Já que perguntou… – Luffy respondeu depois de pensar por alguns segundos e então apontou para Koby – Eu sei de onde esse cara veio, viu?

– Luffy-san?! – Koby falou assustado.

– Não me lembro bem em que ilha era… – Luffy continuou – Tinha uma pirata gordona, acho que o nome dela era Alvida…

– Eí! Pare com isso! – Koby reclamou inquieto.

– Era uma velha horrorosa… – Luffy continuou contando – Mas teve alguém que trabalhou com ela por mais de dois anos…

– Pare com isso! Pare com isso! – Koby gritou exaltado. Só conseguia pensar que se os marinheiros descobrissem que ele já estivera num navio pirata, nunca o aceitariam – Pare com isso!!! – Então não conseguiu se controlar mais e avançou na direção de Luffy e lhe deu um soco na cara.

– Você me bateu, é? – Luffy sorriu mas logo em seguida, começou a contra-atacar o aspirante a marinheiro com vários socos – Toma essa maldito!

– Já chega!!! – O líder dos marinheiros falou – Não permitirei mais baderna nesta cidade!!

– Ô, não exagera. – Zoro falou e então se dirigiu ao Luffy e o puxou para interromper a briga – Já chega.

– Já me convenci de que vocês não são amigos! – O marinheiro de cavanhaque falou – Portanto, vocês dois, saiam já desta cidade!!!

Estatelado no chão, Koby observou seus dois novos amigos saírem e pensou: “Foi de propósito! O Luffy-san me provocou de propósito! Só pra eu bater nele! De novo… Até o último momento, acabei sendo salvo por ele! Eu não mudei nada! O que eu sou? Um idiota?! E se eu não conseguir mudar alguma coisa agora, serei o mesmo idiota de sempre!!!” E então resolveu tomar uma atitude. Se levantou e foi até o líder dos marinheiros.

– Senhor! Eu gostaria de me alistar na marinha, senhor! – Koby falou ao se se inclinar perante ao marinheiro fazendo uma reverência – Farei qualquer serviço com o maior prazer!! Tudo pra ser um marinheiro de sua corporação!

– Comandante! – Um outro marinheiro que estava à porta interveio – Eu sou contra! Sinto dizer, mas eu não consigo confiar completamente nele. Existem casos em que piratas em que piratas se alistam na marinha como espiôes. Primeiro precisamos investigar suas origens e… 

– Mas eu… – Koby subitamente interrompe o marinheiro e enfaticamente continuou – Eu nasci pra ser um oficial da marinha!!!

Ao verem o garoto de cabelos roxos se exaltando, todos ficaram quietos e esperaram o líder tomar uma atitude.

– Nos últimos tempos, perdemos muitos companheiros para os piratas… – O marinheiro de cavanhaque falou – Não ache que será fácil. – Ajeitou o boné na cabeça – Dito isso, autorizarei o seu alistamento. 

– Sim senhor! Muito obrigado senhor! – Koby respondeu emocionado.

——

– Que péssimo ator você é. – Zoro comentou com Luffy enquanto os dois, no porto, preparavam para a partida, o barco que trouxe Luffy e Koby para a cidade – Duvido que eles tenha se convencido.

– O Koby se vira. Ele vai dar um jeito! – Luffy respondeu.

Nesse momento, mais uma pessoa chegou naquele cais que até o momento só estava ocupado elos dois piratas.

– L… L… Luffy-san!!! – Koby gritou assim que colocou os olhos no pirata de chapéu de palha – Muito obrigado!!! – Então prestou continência para seus dois amigos – Jamais me esquecerei do que fez por mim!!!

– Nunca ouvi falar de um pirata que tem a gratidão de um marinheiro. – Zoro falou brincando com Luffy.

– Shi! Shi! Shi! Shi! – Luffy riu e então gritou para o pequeno aprendiz de marinheiro – A gente se vê por aí Koby!!!

Enquanto Koby estava ali prestando continência, em sinal de respeito à seus amigos que pariam, inesperadamente, dezenas de pessoas apareceram por trás dele e tomaram por completo o pequeno cais do porto daquela cidade.

– Continência! – Uma voz conhecida ordenou.

Logo, Koby pode perceber que quem ordenava era o marinheiro de cavanhaque. Virou-se e viu que todos os marinheiros da base estavam ali, prestando continência em respeito aqueles dois piratas que salvaram a cidade da tirania do Capitão Morgan e seu filho. No entanto, não eram só os marinheiros que haviam ido se despedir do espadachim e do garoto com chapéu de palha. Misturado aos homens da marinha, a maior parte dos moradores da cidade acenavam e gritavam palavras de gratidão para os dois salvadores da cidade.

Nesse clima amistoso, Luffy e Zoro entraram em seu pequeno barquinho e zarparam em busca de novas aventuras. Enquanto a pequena embarcação se distanciava, os habitantes permaneciam no porto zelando pelo caminho dos dois piratas. Quando o barco sumiu no horizonte, o líder dos marinheiros quebrou o reverente silêncio que pairava no ar.

– Você tem bons amigos. – Falou para Koby.

– Sim, senhor! – Koby respondeu tentando esconder as lágrimas que caiam por seu rosto desde que o barco zarpara.

– A continência que batemos agora vai contra todas as normas de conduta da marinha! – O marinheiro de cavanhaque gritou para o resto dos marinheiros – Como punição, ficaremos todos sem refeição por uma semana!!!

– Sim, senhor!!! – Todos responderam em uníssono.

Lá longe, no meio do mar, além do horizonte, Luffy gritou animado.

– Uhuuul! Lá vamos nós!! Pra Grand Line!!!

E assim, o pequeno barco prossegue viagem, agora com o primeiro companheiro do bando, Zoro, o Caça-Piratas, a bordo. Com um pequeno grave problema que ainda não haviam percebido naquele momento.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 6 – O primeiro do bando


Luffy levantou os braços e comemorou.

Oba! Então você entra pro meu bando?

– Tá bom! Mas agora me desamarra!! – Zoro falou impaciente.

Do outro lado da praça de execução, os marinheiros ainda se recuperavam do choque de verem suas balas serem rebatidas por aquele garoto de chapéu de palha. Muitos se feriram e todos se paralisaram com o susto.

– O quê… O quê que foi isso?! – Um dos marinheiros falou completamente perplexo – Ele rebateu todos os tiros?!!

– Esse moleque… – O Capitão Morgan finalmente falou – Ele não é um ser humano comum… Ele deve ter comido alguma akuma-no-mi… – Foi então que percebeu o que o garoto com chapéu de palha estava fazendo – Eí! Ele está soltando o Zoro! – Exclamou surpreso e virou para seus homens – Se as balas não funcionam, usem as espadas!!!

Após receberem as ordens, todos os marinheiros que ainda estavam em condições de lutar, sacaram suas espadas e correram em direção aos rebeldes. Enquanto isso, Luffy ainda tentava desfazer o nó que prendia o seu mais novo companheiro.

Ah droga! Tá apertado! Isso não sai! Quem foi que deu esse nó? – O pirata reclamava para si mesmo, frustrado por não conseguir soltar o caçador de piratas.

Vai! Mais rápido! – Zoro pressionava Luffy ao ver que os marinheiros haviam acabado de sacar suas espadas.

Peraí! Não me apressa! – Luffy rebateu.

Como não ter pressa numa situação dessas, hein?! – Zoro respondeu cada vez mais nervoso.

Opa! Consegui desamarrar um dos braços! Olha só! – O pirata falou todo contente enquanto segurava um pedaço da corda na mão.

Tá idiota! Agora passa minha espada pra cá! – Zoro falou afoito. Os marinheiros estavam cada vez mais próximos.

Nessa hora, Koby que até então estava desmaiado no chão, acordou bem a tempo de presenciar uma das cenas mais inacreditáveis de toda a sua vida. Quando se levantou e olhou para a direção do totem de execução há poucos metros a sua frente, viu o caçador de piratas agindo de forma espantosamente rápida. Zoro pegou com uma das mãos a espada que Luffy passara para ele, cortou todas as outras cordas que o prendiam, abaixou-se para pegar as outras duas espadas, mordeu o cabo da primeira com a boca, empunhou as outras duas com cada uma das mãos e nem teve tempo de se virar para ver a dúzia de oponentes que haviam acabado de chegar por trás dele.

Para se defender do iminente ataque múltiplo que iria sofrer, Zoro curvou o tronco e abaixou-se dobrando os joelhos em um ângulo de 90o, de forma a manter os pés horizontalmente paralelos. Cruzou os braços levando a mão direita até a altura do ombro esquerdo e a mão esquerda até a altura do ombro direito, e formou um “x” por cima de suas costas com as duas espadas que empunhava. Tal “x” encontrava-se levemente a esquerda do centro de seu corpo, para que assim, protegesse todo esse lado.  Já com a espada que mantinha presa em sua boca, protegia todo o restante do flanco direito.

E na precisa hora em que todos os marinheiros atacaram-no ao mesmo tempo, sua posição de defesa, apesar de não ser impenetrável, se mostrou mais do que eficiente, pois conseguiu aparar todos os golpes de uma única vez. Isso tudo, de costas, sem nem ao menos se virar para os seus oponentes. Era incrível! Quando os marinheiros viram que o ataque havia sido completamente inútil, simplesmente gelaram de medo e assombro. Eles eram uma simples mosca perto do poder e da técnica daquele caçador de piratas.

Ao ver o que aconteceu, Koby ficou embasbacado. Completamente sem fala. Já Luffy, se divertia e seu olhos brilhavam de empolgação ao ver as habilidades de seu novo companheiro.

Todos vocês, parados aí. Quem se mexer, eu corto pela metade. – Zoro ameaçou, por entre os dentes, os marinheiros, que nem se atreveram a tentar algo novo – Eu vou ser um pirata, sim… Porque sempre cumpro as minhas promessas! – Dessa vez estava se dirigindo ao Luffy – E também porque agora, que levantei a espada contra essa gente da marinha, sou um criminoso…  – Os marinheiros continuavam imóveis por trás dele – Eu quero ser o melhor espadachim do mundo!!! Depois do que aconteceu aqui, não posso mais me dar ao luxo de manter meu nome limpo… – Quando falava, a espada em sua boca se mexia levemente – Mas seja como herói ou vilão, vou fazer com que meu nome seja conhecido no mundo todo!!! Lembre-se que quem me arrastou pra isso foi você, então, se acontecer de você desistir no meio do caminho, vai ter que me pagar com a sua vida!!! Entendeu?!

– Gostei… – Luffy sorriu – O melhor espadachim do mundo… Pra ser companheiro do Rei dos Piratas, isso é o mínimo que você precisa ser!!!

– Tsc! Falou. –Zoro retrucou.

Ao longe, uma voz ecoou pelo pátio.

O que vocês estão esperando?!!! – O Capitão Morgan Gritou furioso ao ver seus subordinados petrificados de medo – Acabem logo com eles!!!

– Zoro, abaixa aí! – Luffy falou, há alguns metros de distância, enquanto se preparava para desferir um chute – Gomu-gomu-no-Muchi*!!! – E no exato momento que Zoro se abaixou, a perna de Luffy se esticou uns 6 metros e como um chicote, atingiu todos os marinheiros ao mesmo tempo, fazendo-os voar para longe.

Caramba! Incrível! – Koby exclamou admirado.

Como você faz esse tipo de coisa? – Zoro perguntou desconfiado.

É porque eu som um homem-borracha! – Luffy respondeu alegremente.

H… H… Homem borracha?! – Os marinheiros falaram assustados, enquanto ainda no chão, tentavam se recuperar do golpe. – C… Capitão! Nós não temos condições de lutar contra esses dois!! É loucura! Olha pra eles!!! Não temos a menor chance!

– O capitão ordena a quem reclamou agora, que se mate com um tiro na cabeça! – Morgan gritou furioso, para todos os seus subordinados – Porque eu não não preciso de fracos e covardes trabalhando para mm!!! – Então gritou ainda mais alto – Isso é uma ordem!!!

Após hesitarem por um momento, um a um, todos os marinheiros empunharam suas armas e a direcionaram para a própria cabeça. Suando frio, nenhum deles conseguiu apertar o gatilho imediatamente. Seus braços tremiam, suas respirações ofegavam e choravam feito crianças.

O que há com essa marinha?! – Zoro resmungou enquanto se preparava para intervir naquele absurdo.

No entanto, Luffy foi mais rápido e já havia coberto, correndo numa velocidade espantosa, metade da distancia que separava ele do capitão da marinha.

– Luffy-san! – Koby gritou ao ver o pirata se dirigindo ao oponente – Está tudo errado com essa marinha! Acaba com eles!!!

Eu sou o inimigo da marinha! – Luffy gritou enquanto disparava na direção de Morgan – Quero ver você mandar me matar!!! – Quando chegou perto do capitão, pulou em sua direção e tentou atingi-lo com um soco normal. No entanto, foi inútil, pois Morgan conseguiu defender o golpe facilmente utilizando a lateral da lamina de seu braço-machado como escudo.

Gente de baixa classe, que nem sequer tem patente, não tem o direito de me afrontar!!! – Morgan esbravejou enquanto levantava seu braço machado para contra-atacar – Pois eu sou o grande Capitão Morgan Mão de Machado!!!

– E eu sou o Luffy! Prazer! – Luffy falou inocentemente, logo antes da lâmina do machado ir em direção da sua barriga.

– Então morra!!! – O capitão da marinha gritou enquanto desferia um poderoso golpe com a intenção de cortar o jovem pirata ao meio.

No entanto, Luffy simplesmente pulou muito alto, encolhendo as pernas e conseguiu se esquivar do golpe mortal. Ainda no ar, em questão de milésimos de segundos, o pirata aproveitou o impulso e deu, com os dois pés juntos, um potente chute no queixo metálico de Morgan, que ao ser atingido, foi arremessado para trás. No mesmo momento que Luffy aterrissava com os pés no chão, Morgan batia de costas no solo.

Seu moleque de merda! – Morgan esbravejou enquanto se levantava e percebia que o pirata vinha correndo em sua direção para dar mais um golpe – Pena de morte pra você! – Disse ao se preparar para tentar impedir o ataque com uma machadada vertical na direção do garoto.

Luffy que estava correndo na direção do seu alvo, ao perceber o que o Capitão pretendia, esperou até o último momento, quando o machado começava a baixar em sua direção, para então, dar um pulo para a direita e com uma habilidade inacreditável, girar o corpo para esquivar da machadada e ao mesmo tempo, desferir um poderoso chute na lateral do pescoço do seu opressor. Com esse golpe, Morgan foi ao chão novamente. Dessa vez, não se levantou.

Que porcaria de marinha é essa? – Luffy perguntou irritado enquanto se abaixava e levantava o Capitão Morgan pela gola da camisa – Você acabou com o sonho do Koby! – Cerrou o punho de sua mão livre e ergueu-a pronto para desferir um soco na cara do Capitão.

Espera aí!!! – Uma voz suplicou por trás de Luffy. No entanto, o mesmo fez questão de ignorá-la e prosseguiu com sua intenção de golpear o Capitão na cara novamente – Eí! Eu disse pra parar!! – A voz voltou a gritar – Você é surdo ou o que?!! – Era Helmeppo quem gritava – Se quer ver o seu amiguinho vivo, não se mexa!! – O playboyzinho estava ao lado de Koby e apontava uma arma para os cabelos roxos do garoto – Qualquer movimento eu atiro!

– Lufy-san! ­- Koby gritou enquanto suava frio – Você sabe! Eu não quero atrapalhar você de jeito nenhum!!! Nem morto!

– Ahãm! Eu sei. – O pirata se virou e respondeu dando um sorriso. Depois se dirigiu ao almofadinhas – Caí fora seu idiota filhinho de papai! O Koby já tomou sua decisão! – Luffy então se preparou para desferir outro de seus socos de longa distância.

Eí! Eu falei para você ficar parado aí! Eu vou atirar, hein?!

– Gomu-gomu-no… – Luffy começou a falar. E então uma sombra se ergueu atrás dele.

Luffy-san! Atrás de você!!! – Koby gritou para tentar alertar o pirata de que o capitão Morgan acabara de se levantar sorrateiramente e que estava prestes a lhe dar uma machadada mortal.

Pistol!!! – Luffy gritou enquanto arremessava seu punho na direção de Helmeppo. De tão rápido que foi, o filhinho de papai nem teve tempo de reagir. O soco acertara-o em cheio na cara e o arremessara para longe. – Perfeito… – Luffy comentou satisfeito. Atrás dele, Morgan já baixava seu braço-machado. – Perfeito Zoro. – O pirata completou sem nem ao menos se virar para trás.

Morgan não conseguira atingi-lo e agora, caía para trás sangrando.

Não foi nada… Capitão. – Zoro respondeu enquanto embainhava suas espadas que acabara de usar para por um fim na arrogância daquele comandante da marinha.

Ao longe, os marinheiros cochichavam entre si.

O… O Capitão Morgan foi derrotado! E o filho dele também!

– Quem ainda quer nos capturar, dê um passo a frente! – Zoro gritou em resposta à agitação do outro lado da praça de execução.

Depois de um breve momento de hesitação aonde todos os marinheiros se entreolharam, o clima mudou totalmente. A tenção que até então reinava absoluta, foi substituída por uma euforia genuína.

Vivaaaa!!! – Alguns marinheiros gritavam enquanto jogavam armas e caps para o alto em comemoração.

Finalmente fomos libertos!!! É o fim do demônio Morgan!!! – Outros gritavam enquanto abraçavam seus companheiros.

Viva à Marinha!!! – O restante dos marinheiros comemoravam chorando de emoção.

Ah, qual é? – Luffy perguntou intrigado – O Capitão deles foi derrotado e eles estão festejando?!

– Eles só estavam com medo do Morgan! – Koby respondeu animado.

Nessa hora, para completa surpresa de todos, Zoro caiu no chão sem os sentidos.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 5 – O Rei dos Piratas e o Grande Espadachim


Eí! Por aqui! – Algum marinheiro gritou – Não o deixem escapar!! – Em seguida, o corredor ficou infestado de homens.

Cadê a espada do Zoro? – Luffy perguntou enquanto fugia. Seguia levando o almofadinhas preso pelo colarinho.

Eu falo!! Mas para de me arrastar!!! – Helmeppo implorou.

– Pronto, fala. – Luffy disse ao subitamente parar de correr e olhar diretamente para os olhos do seu refém.

Ok, eu falo. – Helmeppo disse enquanto se borrava de medo – Está no meu quarto… E nós já passamos por ele…

– Porque não me disse antes?! Agora vou ter que voltar! – O pirata falou irritado. Liberou sua raiva com um soco.

Argh! Você me bateu de novo!!

Então os marinheiros os alcançaram.

Eí! Parado aí! Renda-se!! – O líder do grupo de resgate ordenou.

Eu não. – Luffy disse simplesmente. E com um movimento rápido, se colocou atrás de Helmeppo, e o fez de escudo humano – Se quiser, podem atirar! – Começou a correr na direção dos homens.

Droga!! Ele tá usando o Helmeppo-sama como escudo… O que fazemos? – Os marinheiros falaram. Logo em seguida, o intruso já passava por eles rapidamente. Não fizeram nada.

——

– Aaaahh!!! Aaaahh!!! – O garoto de cabelos roxos gritava, deitado ao chão, sem conseguir esconder a dor – Me acertaram!!! – Tocou o ombro esquerdo e olhou seus dedos vermelhos e úmidos – É sangue!! Estou sangrando!!! – Seus olhos arregalados não conseguiam acreditar no que viam – Eu vou morrer!!

– Pelo menos você ainda tá vivo… – O caçador de piratas falou – Aproveita e fuja logo daqui. Eles estão vindo pra cá.

– Não!! Eu… Ah, é mesmo! Eu preciso te desamarrar…! – Koby disse entre um suspiro de dor e outro.

Não se preocupa comigo. Daqui a um mês vão me soltar. Por isso, vai logo… – Zoro disse pra tentar dissuadir o garoto.

Não vão te soltar não!! – Koby falou desesperado enquanto tentava se levantar a todo custo – Eles pretendem te executar em três dias!!!

– Do que você está falando?! – Zoro perguntou atônito – Aquele idiota filhinho de papai prometeu que iria me soltar se eu sobrevivesse um mês…

– Que promessa, que nada! Ele nunca teve a intenção de cumpri-la!! – Koby disse exasperado – Foi por causa disso que o Luffy-san Bateu nele! Porque ele traiu a confiança de uma pessoa direita como você!!

– Como é que é?!

– A marinha está contra vocês dois! Por isso, por favor! Depois que eu o soltar, ajude o Luffy-san!! – Koby ainda sentia-se fraco pela falta de sangue. Suava muito – Eu devo a minha vida a ele! Não vou pedir que você se torne um pirata, mas o Luffy-san é mesmo muito forte! Vocês dois juntos, conseguiriam fugir dessa cidade tranquilamente! Por isso vão em frente! – Finalmente conseguiu se levantar. Quando olhou por cima do ombro do prisioneiro, avistou a marinha entrando.

Parados aí! – Um dos marinheiros gritou. Toda a tropa apontava rifles aos dois – Pelo crime de rebeldia contra o Capitão Morgan, temos ordens de executá-los imediatamente!!!

Zoro engoliu o ar e Koby começou a chorar desesperado.

Logo em seguida, o próprio capitão da base apareceu.

Cerquem a base! Não deixem aquele moleque de chapéu de palha escapar de forma alguma! – Morgan gritou essas palavras alto o suficiente para que todos os marinheiros da base pudessem ouvir. Sua voz ecoou por um raio de mais de 500 metros – Muito engraçado… – Dessa vez ele falou se dirigindo aos seus mais novos prisioneiros, que permaneciam sob a mira de seus homens – Vocês três planejavam o que? Um golpe de estado? – Concluiu com desdém – Roronoa Zoro, eu conheço a sua fama e é melhor não vacilar comigo. Sua força diante do meu poder, é o mesmo que nada!! – Pausou durante um tempo – Preparar armas homens!!

– Eu… Não posso morrer assim… Ainda tenho muita coisa pra fazer! – Zoro falou por entre os dentes.– Eu ainda tenho que cumprir uma promessa!! – E então lembrou-se…

——

– Iaaah!!! – O garotinho de cabelos verdes gritou ao cair no chão e sentir uma enorme dor na testa. Ao lado dele, duas espadas de bambu estavam jogadas ao solo. Perto dele, uma garota de curtos cabelos escuros e que se vestia como um garoto, permanecia em pé com sua espada de treino em punhos.

Nessa época, o caçador de piratas não devia ter mais do que 10 anos.

Kuina é a vencedora!! – Uma voz adulta falou – Mais uma derrota para o nitou-ryu* de Zoro! Com essa são 2.000 vitórias para Kuina e zero para Zoro!!

Que decepção! – A garota vencedora falou, em tom depreciativo, para Zoro – Você continua muito fraco… Nem parece homem!

Eí!! O Zoro não é fraco, não!!! – Um dos garotinhos que assistiram a luta falou em defesa – Ele é o mais forte do nosso dojo!! Mais forte até do que os adultos!!

– Ah é? Mas é mais fraco do que eu. – Kuina disse, enquanto colocava sua espada de bambu no ombro e se preparava para ir embora – Do que adianta usar duas espadas se só sabe perder?! Os perdedores devem ficar quietos! – falando isso, deixou o local.

– Droga! Que raiva dessa Kuina!! – Zoro resmungou – Garota insuportável! Fica se achando só porque é filha do mestre do dojo!

– Perdeu de novo? – Uma voz amistosa surgiu inesperadamente perto dos garotos – Que pena Zoro, você é tão forte…

– Mestre! – os garotos exclamaram ao perceberem de quem se tratava – Você não está treinando sua filha escondida, né?! Isso não vale!!

Não, não! Eu não faria isso! – O mestre do dojo respondeu calmamente.

Droga! Então porque eu não consigo derrotar essa garota?!! – Zoro exclamou exaltado.

Veja bem, Zoro… – O mestre falou enquanto se abaixava para ficar ao nível dos olhos do garoto – A Kuina é um pouco mais velha que você…

– Mas mestre! Eu derroto até alguns adultos!! – Zoro rebateu – Quando eu crescer, quero atravessar os mares e ser o espadachim mais forte do mundo!! Não posso começar perdendo para ima garota!!!

Ao ouvir isso, o mestre abriu um leve sorriso.

——

Era madrugada de lua cheia e enquanto a maioria das pessoas dormiam ou descansavam, uma garota suava enquanto manobrava sua espada de bambu.

Eí Kuina! – Zoro gritou interrompendo a garota – Eu te desafio a lutar com espadas de verdade, sem ser as de treino! – O garoto trazia duas espadas com ele, uma em cada mão – Você tem uma espada de verdade aí, não tem?!

– Você quer lutar? – Kuina falou em tom de desafio – Tudo bem.

Os dois jovens sacaram as espadas de suas respectivas bainhas e se colocaram em posição de combate. De um lado, Kuina segurava sua espada com ambas as mãos, pronta para aparar e desferir golpes poderosos. Do outro, Zoro empunhava uma espada em cada mão, preparado para lançar e aparar uma seqüencia de movimentos rápidos e precisos.

Apesar de ainda serem muito jovens e de usarem estilos diferentes, ambos eram espadachins competentes e mortais.

O duelo começou quando de súbito, ambos pularam para frente na tentativa de encurtarem a distância entre as lâminas. Ao se aproximarem, o barulho produzido pelos inúmeros choques entre as duas espadas de metal, foi ouvido ao longe. Tamanha a velocidade de ambos, se faz impossível dizer ao certo o que acontecia. No entanto depois de algum tempo impreciso, os barulhos cessaram e duas espadas voaram para longe do embate. Zoro recuou para desviar de mais um golpe e caiu ao chão desequilibrado. Kuina se lançou por cima dele e desceu verticalmente sua espada. A ponta da lâmina se cravou no chão a menos de um centímetro da orelha esquerda de Zoro.

Com essa, são 2.001 vitórias. – A garota falou ao desencravar sua espada do chão.

Droga! Droga! Droga! Que raiva!!! – Zoro resmungou pra si mesmo, e então levou as mãos ao rosto para esconder as lagrimas que começavam a sair de seus olhos.

Não fica assim… – Kuina falou tristemente, mesmo tendo acabado de ganhar – Quem ter que ter raiva aqui sou eu…

– Hã? – Zoro exclamou sem entender. Dessa vez ela não parecia estar debochando dele.

As meninas, quando crescem, ficam mais fracas do que os homens… – A garota continuou falando enquanto se sentava ao chão perto de Zoro – Isso significa que daqui a pouco tempo, vocês todos vão me superar… – Dobrou os joelhos e apoiou os braços neles- Eu sempre ouço você dizer que quer ser o espadachim mais forte do mundo. Mas sabe o que meu pai diz? – Cada vez sua voz ficava mais triste – Que uma menina jamais poderá ser a espadachim mais forte!! Eu tenho inveja de você Zoro… – Lagrimas começaram a descer pela sua bochecha –  Eu tenho inveja por você ser homem! Porque eu também queria ser a melhor do mundo!! Eu tenho raiva até do meu peito que está começando a crescer… Eu queria tanto ter nascido homem… – Kuina desabafou finalmente.

Calma aí! – Zoro gritou exaltado – Você me vence e fica chorando desse jeito?!! Isso não é justo!! Você sempre foi uma meta pra mim!! Esse papo de homem ou mulher… Se um dia eu te derrotar, você vai vir com essa mesma ladainha?! Vai fazer parecer que não foi por mérito meu?!! Então porque eu tô treinando como um louco pra te derrotar?!! Para de falar besteira garota!

– Zoro… – Foi a única coisa que Kuina conseguiu falar por entre as lágrimas.

Agora me prometa! Um dia, eu ou você, um de nós dois será o melhor espadachim do mundo!! Vamos competir pra ver quem vai ser!!!

– Seu bobo… – Kuina esboçou um sorriso e secou suas lágrimas – Você sabe que você é um fracote. Mas tá prometido!

Então os dois jovens apertaram as mãos para firmarem o pacto.

No entanto, na manhã seguinte Zoro recebeu a notícia mais triste de sua vida. Kuina havia caído da escada de sua casa e morrido.

Droga!! Você se esqueceu da promessa de ontem?! – Zoro gritava no velório, enquanto era segurado pelos adultos ali presentes. Nunca havia ficado tão irritado em toda a sua vida. Sua intenção era ir até o corpo da garota e forçá-la a acordar  – Tá fugindo de mim, é, Kuina?!

– Como… O ser humano é frágil, não… Zoro? – O mestre falou, inconsolável, ao chegar perto do garoto.

Mestre… Eu posso ficar com a espada dela? – Foi a única coisa que Zoro conseguiu falar.

Sim… Claro… – O pai de Kuina respondeu. E então pegou a espada de bainha branca que jazia perto do corpo da garota e entregou à Zoro.

Mestre! – Zoro falou ao lagar suas duas espadas no chão e receber a mais nova espada, como se fosse um verdadeiro tesouro – Eu vou ser forte por mim e por ela!!! – O garoto trincou os dentes e começou a chorar pela primeira vez desde que recebera a notícia – Vou me tornar o melhor espadachim do mundo, pra que meu nome chegue até ela nos céus!!!

——

– É esse o quarto? – Luffy perguntou para Helmeppo, ao abrir uma das portas e entrar em um cômodo – Ah! Achei! Tem umas espadas ali no canto! – Disse, sem esperar um resposta, ao perceber algumas espadas apoiadas próximas a janela do quarto. Foi até elas. Ainda arrastava Helmeppo pelos braços – Mas tem três espadas aqui… Qual é a do Zoro? – Luffy perguntou novamente para o seu refém. Não obteve resposta. Olhou pra baixo e viu que ele tinha acabado de perder os sentidos – Ah, qual é? Vai desmaiar agora seu mariquinhas? – No entanto, logo depois, algo chamou sua atenção. Alguém estava gritando lá embaixo no pátio de execução. Resolveu olhar pela janela – Ué, o que será que tá rolando lá no pátio? – Então viu que algo estava para acontecer. O capitão da marinha acabara de dar a ordem de preparar as armas para a execução.  Luffy só teve tempo de amarrar as três espadas as costas, segurar o parapeito da janela com ambas as mãos, recuar alguns metros fazendo o seus braços esticarem, pular e deixar que a força elástica de seu corpo o arremessasse janela a fora, na direção do totem aonde Zoro estava preso e prestes a ser fuzilado. Ao começar a voar, gritou – Gomu-gomu-no… Rocket!!!

– Atirem!! – Capitão Morgan ordenou aos seus homens, sem nem ao menos perceber que uma janela, a dezenas de metro de altura, acabara de se quebrar.

Ao receberem a ordem, as dezenas de marinheiros que estavam ali, miraram perfeitamente nos dois rebeldes e lançaram uma salva de tiros precisos. Se as balas houvessem chegado ao destino, certamente o caçador de piratas e o aspirante a marinheiro já estariam mortos. No entanto, numa fração de segundos inimaginável, um terceiro elemento surgiu entre os marinheiros e os alvos.

Vindo do alto, um garoto de chapéu de palha aterrissou feito um cometa no pátio. Ao chegar ao chão, ficou parado em pé com os braços e as pernas abertas, servindo de um perfeito escudo para aqueles a quem ele queria defender. Alguns centésimos depois, dezenas de balas se cravaram por todo os seu corpo. No entanto, o que ninguém jamais poderia imaginar, era que as balas não perfuraram sua pele. Porque ao invés rasgar a carne de Luffy, a munição simplesmente empurrou-a para trás algumas dezenas de centímetros, até perder a potencia e depois fora expelida quase na mesma força em que entraraTudo isso, graças ao corpo elástico que o garoto tinha.

.  Ao saírem do corpo de Luffy, as balas voltaram na direção dos marinheiros causando um grande tumulto. Muitos foram atingidos, mas nada sem graves danos aos marinheiros, devido a potencia reduzida da munição. Outros tantos fugiram devido a tamanho susto que levaram e por temerem que aquele garoto estranho tivesse mais algum truque bizarro na manga.

Há, há, há, há, há! Balas não funcionam em mim!!! – Luffy se divertiu ao ver o espanto de todos.

Caramba!!! Como você fez isso?!! – Zoro perguntou estupefato.

Koby talvez teria perguntado a mesma coisa, mas devido a um misto de espanto com a cena e de cansaço por ter sido atingido, simplesmente caiu no chão desmaiado.

Fácil. Afinal, eu vou ser o Rei dos Piratas! – Luffy respondeu animadamente. E então tirou as espadas que estavam presas em suas costas e estendeu-as na direção de Zoro – Toma! Qual delas é o seu tesouro? Não sabia e acabei trazendo as três.

– São todas minhas, porque eu uso o estilo santou-ryu, o estilo das três espadas. – Zoro respondeu, ainda preso ao totem de execução

Se você lutar agora contra a Marinha, junto comigo, vai virar um bandido. – Luffy apontou os fatos para o caçador de piratas – Ou você pode morrer amarrado aí. O que prefere?

– Isso é chantagem! Mas tudo bem… Se a outra opção é morrer, eu prefiro… – Hesitou um pouco antes de dar sua palavra final – Eu prefiro ser um pirata!

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 4 – Morgan Mão de Machado, o Capitão da Marinha


 Olha o que ele fez!!! – Algumas pessoas daquela pequena cidade comentavam atônitas enquanto assistiam a cena – Quem é esse garoto?! Ele bateu no filho do capitão Morgan!! Isso não vai ficar barato!!!

– Luffy-san!! Tente se acalmar! – Koby implorou enquanto tentava segurar o pirata com todas as suas forças Eles são da marinha!!

– Não tô nem aí! Quem não presta merece uma lição! – Luffy respondeu furioso.

V… Você me bateu!! – Helmeppo constatou incrédulo, quando começou a entender o que havia se passado. Sua cabeça doía – Como se atreve a me bater?! Nunca, nem meuu pai me bateu até hoje!! – Levou a mão até o rosto e percebeu que seu nariz sangrava. Começou a lacrimejar – Eu sou o único filho do grande Capitão Morgan!! – Disse gritando, ainda no chão enquanto tentava se levantar sendo auxiliado por seus dois guardas – E meu pai vai ficar sabendo de tudo isso, ouviu?!

– Porque você mesmo não vem me enfrentar?! – O pirata perguntou por entre os dentes enquanto ainda era contido por Koby.

Pena de morte pra você! Meu pai vai te matar! – O filhinho de papai esbravejou, enquanto fugia ainda sendo amparado pelos seus guardas, pois sua perna tremia de medo – Você vai ver só! Vai morrer se lamentando por ter me batido!

– Até que enfim eles se foram… – Koby falou aliviado, enquanto largava o pirata de chapéu de palha.

Esse cara não vale o soco que levou! – Luffy falou ainda bravo.

Então a garotinha de mais cedo, que havia testemunhado toda a cena, se levantou e foi ao encontro dos dois garotos.

Moço, isso foi incrível! Por mim ele merecia até mais! – A garota falou admirada.

– Ahh, é mesmo? Então eu podia ter socado ele mais um pouco! – Luffy respondeu animadamente à garota. Parecia que toda a sua fúria de instantes atrás havia se dissipado.

R… Rika!! – Uma mulher assustada surgiu do outro lado da rua. Ao ouvir seu nome sendo chamado, a garotinha olhou, e a mulher continuou – Venha para cá! Não fale mais com eles! Se pensarem que é amiga deles, os homens da marinha vão te matar também!!

– Mas, mãe! Ele é do bem! E o Zoro também… – Rika tentou retrucar.

Chega filha!! – A mãe da garotinha gritou, encerrando assim a discussão – E espero que não tenha se aproximado da praça de execução!!

– N… Não mãe… Não fui pra lá não… – A garota disse sem graça.

Então vamos! Já pra casa! – A mãe falou para a filha enquanto começava a levá-la para longe.

Enquanto se afastava, a garotinha olhou triste pra trás e viu os garotos com quem mais cedo conversara. O mais baixinho e de cabelo roxo parecia preocupado. Já aquele com chapéu de palha, estava sorrindo e acenando para ela. Ao ver isso, se sentiu levemente melhor.

Eu sabia que isso não ia acabar bem! – Koby falou nervoso, depois que a garotinha e a mãe saíram de vista – Se esse capitão ficar bravo, é possível que a marinha se mobilize contra nós!!!

– Na hora a gente vê o que faz… Agora eu vou ver o Zoro. – Luffy falou calmamente e então começou a caminhar de volta à base da marinha.

——

Eu… – O sujeito começou a falar pensativamente enquanto fumava um charuto. Ele estava sentado em seu enorme escritório, de costas para a porta de entrada e olhava para a bela vista que tinha do lado de fora do prédio. – Sou o máximo.

Sim, senhor! – Um marinheiro à porta se apressou em confirmar – Afinal, o senhor é o Grande Capitão Morgan!!

– Então porque os presentes dos cidadãos… – O sujeito deu mais um trago em seu charuto e continuou calmamente, mas em claro tom inquisidor – Estão diminuindo a cada dia?

– É mesmo senhor… Err… Sobre os tributos… – O marinheiro suava frio e media todas as suas palavras – É que o bolso dos cidadãos também tem um limite, senhor…

– O problema não é o bolso deles… – Deu mais um trago e continuou falando no mesmo tom de antes, sem se dar ao menos o trabalho de virar e ver que o marinheiro ainda batia continência desde que chegara – É o quanto eles me respeitam ou não!

Então a porta se escancarou com enorme escândalo e alguém os interrompeu.

Papai!!! – O mauricinho loiro gritou assim que entrou no escritório. Estava visivelmente nervoso.

O que é, Helmeppo? Que barulheira é essa? – O pai inquiriu enquanto deslocava levemente a cabeça para o lado e via o filho parado à porta.

Eu quero que o senhor acabe com um sujeito!!! – Helmeppo falou exaltado. Enquanto levava um pequeno pano ao rosto para limpar o sangue que ainda escorria de seu nariz.

——

Oi! – Luffy falou enquanto acenava. Acabara de pular o muro.

Você de novo? – Zoro falou, ao perceber o garoto com chapéu de palha voltar ao pátio da base da marinha – Eu já disse que tô fora do seu convite…

– Meu nome é Luffy! – O pirata se apresentou todo sorridente – Eu vou te desamarrar. Então, seja meu companheiro!

– Você não ouviu nada do que eu disse, né? – Zoro retrucou com raiva – Eu já falei que tenho outras prioridades. E quem, em sã consciência, vai querer ser pirata nesse mundo?

– Qual o problema? – Luffy rebateu – Você já é conhecido como um caçador de recompensas mau-caráter.

– Não importa o que o mundo diz de mim. – Zoro respondeu firmemente – O importante é que eu nunca fiz nada que contrariasse os meus princípios! E nunca farei! Por isso não vou ser pirata!

– E daí?! – Luffy resmungou – Eu decidi que você vai ser meu companheiro e ponto final!

– Até parece que eu vou fazer isso só porque você quer!!! – Zoro respondeu com um misto de raiva e incredulidade por aquele garoto estar falando assim com ele.

– Disseram que você sabe lutar com espada… – Luffy comentou trocando subitamente de assunto.

Hm… Sei sim. – Zoro comentou surpreso – É só eu não estar amarrado a um tronco…

– E cadê a sua espada? – Luffy perguntou curioso.

O filhinho do papai tomou de mim… É o meu tesouro mais importante depois da minha própria vida! – Zoro respondeu com reverência.

– Hmmm… A espada é o seu tesouro?! Isso é grave! – Parou pra pensar por alguns instantes – Então tá! Eu vou lá e pego a sua espada!

– O quê? – O caçador de recompensas exclamou incrédulo.

E se quiser que eu te devolva a espada… Vai ter que vir comigo. – Luffy falou calmamente.

Isso é chantagem seu sacana! – Zoro retrucou completamente indignado.

Há, Há, Há, Há! – Luffy se divertiu com a reação do prisioneiro. Então simplesmente se virou e foi embora. Antes de sumir, gritou para o prisioneiro – Ok! Eu vou lá e já volto!

– Ele pretende invadir a base da marinha sozinho? – Zoro pensou em voz alta, perplexo, quando o garoto já havia sumido de vista. – É doido mesmo!

——

Naquela tarde agitada, muita coisa incomum estava acontecendo. E no alto da torre principal de base da marinha daquela cidade não era diferente. Ali onde normalmente só havia alguns canhões apontados para o mar e onde poucas pessoas passavam por dia, acontecia um enorme alvoroço. Uma grande quantidade de marinheiros suavam para erguer uma estatua de mais ou menos 10 metros de altura que se encontrava deitada ao chão. A estatua era de um enorme e musculoso homem de braços abertos. Só que uma coisa era muito estranha naquela estatua. No lugar do antebraço direito, havia um enorme machado.

Pronto! Parem aí! – Uma voz potente ordenou aos marinheiros – Agora levantem nessa direção !

– Mas papai! Porque você ainda não foi pegar o sujeito?! Ele me bateu!!! – Helmeppo perguntou indignado assim que seu pai parou de dar ordens – Ele bateu no meu rosto!! Nesse rosto em que nem o senhor bateu até hoje!!

– Sabe porque eu nunca bati em você, filho? – O homem que estava sentado e ordenava os marinheiro perguntou.

Ué? Porque eu sou seu filho… – Helmeppo respondeu incerto.

Foi porque você… – O homem se levantou e caminhou até o filho – É a droga de um filho imprestável que não vale nem a pena dar uma surra!! – Então pegou Helmeppo pelo colarinho de seu terno e o jogou ao chão – Porque me dar ao trabalho de limpar a sujeira que você faz? – Seu tom era de claro desprezo – Se quiser andar por aí se vangloriando à custa da minha grandeza, tudo bem… Mas eu só ponho as mãos em quem me contraria pessoalmente! Por isso, não confunda as coisas. Quem é importante aqui, não é você , mas o seu pai! Ou seja, eu!! O Grande Capitão Morgan Mão de Machado!

Ao ouvir isso, Helmeppo começou a chorar. Chorava por ter sido humilhado na frente de muitos marinheiros e chorava de medo de seu pai, pois se ele fosse qualquer outro, já estaria morto. O Capitão Morgan, seu pai, era um sujeito enorme, e extremamente forte. Além do que, ele era absurdamente amedrontador. Seus braços eram da grossura da perna de um homem normal e seus pulsos da grossura de um braço. Em fato, só o pulso esquerdo, pois ele já não possuía mais o antebraço direito. O que havia ali, logo abaixo do seu cotovelo, era um enorme machado de folha única. A ligação entre carne, pele, músculo e machado era tão bem feita que seria até possível ficar admirado, caso a pessoa conseguisse primeiro, dissipar o horror inicial de ver aquilo.

Na verdade não precisava nem olhar para o machado no lugar do braço para ficar aterrorizado com o Capitão. Bastava avistar seu rosto. Porque abaixo dos cabelos loiros militarmente curtos e dos olhos sinistramente malévolos, ele possuía um maxilar de metal que saltava alguns centímetros de seu rosto. No queixo desse maxilar, que possuía formato dentado, havia o símbolo da marinha desenhado. Símbolo esse que ele fazia questão de deixar estampado ali para que todos o reconhecessem como autoridade do governo.

O Capitão Morgan era bizarramente assustador.

Falando nisso, ouvi dizer que um rato invadiu a minha praça de execução. – O capitão falou em tom de desprezo para seu filho.

– Hã…? Ah… Aquela garotinha… – Helmeppo disse surpreso – Eu já me livrei dela…

– Espero que a tenha matado direitinho. – O capitão falou ameaçadoramente.

– Hã? M… Mas… Era só uma criança… Ela nem sabe o que fez… – Helmeppo disse gaguejando.

Ei, você aí. – Morgan falou apontando para um dos marinheiro que ainda estavam por ali ainda tentando erguer a estátua – Vá até a cidade e mate essa pirralha. Adulto ou criança, qualquer um que me contrarie é um rebelde!

– Mas capitão! – O marinheiro disse completamente atônito com a ordem do seu superior – Era apenas uma garotinha!! Eu não poderia, mesmo sendo uma ordem sua…

– Não pode? – Morgan perguntou enquanto caminhava até o seu subordinado – Mas você é só um reles primeiro-tenente da marinha, certo? E o primeiro-tenente não é mais importante do que o capitão, certo? Então, você não tem o direito de me contrariar!! E se eu ordeno que mate, você mata e ponto final!!

– M… Mas… Eu não posso… – O primeiro-tenente retrucou enquanto recuava lentamente, vendo que o capitão chegava cada vez mais perto.

– Então, Você também é um rebelde!!! – O Capitão esbravejou, e com um rápido movimento, Morgan baixou seu machado e desferiu um golpe mortal na barriga do marinheiro. Menos um rebelde para o Capitão. Todos que viram a cena ficaram paralisados de medo – Tudo Bem… Eu vou pessoalmente. Vai ser bom matar a pirralha na frente de todo mundo para servir de exemplo. Eu que comecei como um reles marinheiro, conquistei a patente de capitão com a força deste me braço – O capitão disse enquanto segurava com sua mão esquerda, o seu braço-machado – Prestem atenção… Neste mundo, a patente é o que dita as regras!! E eu, que possuo a patente máxima desta base, sou o individuo mais capaz e importante que existe aqui!! E tudo que uma pessoa importante faz está certo!!! Vocês concordam?!

Sim!! Concordamos com o senhor, capitão!! – Todos gritaram em uníssono enquanto batiam continência. Não havia ninguém com coragem para falar o contrário.

Agora vejam! ­– Morgan apontou para a sua estátua em tamanho colossal, que continuava ali, tentando ser erguida – Este é o símbolo do meu poder!! Depois de anos de concepção, está pronta a estátua em minha homenagem!!! Agora ergam!! Ela representará a minha imponência no topo dessa base!!

——

– Que estranho… Não tem soldado de guarda neste lugar, não? – Luffy se perguntou, ao chegar do outro lado da base – Será que estão em reunião ou coisa parecida? ­– Coçou a cabeça pensativamente – Assim fica difícil, hein? Como eu vou saber onde tá a espada e o filhinho de papai? – Foi então que ouviu uma gritaria e olhou para o alto – Hm? Tô ouvindo vozes lá de cima. Já sei! – Se colocou em posição de luta e simplesmente deu um potente soco para cima, sem intenção de atingir ninguém. Seu braço esticou tanto, que conseguiu percorrer as dezenas de metros que separavam o chão do topo do prédio. Quando sua mão chegou lá no alto, simplesmente agarrou o parapeito do topo da base – Gomu-gomu-no… – Abriu um sorriso e se preparou – Rocket!! – De súbito, foi lançado ao alto com força extraordinária.

——

­– Puxem! Puxem! – O Capitão Morgan ordenava aos seus subordinados enquanto eles ainda tentavam erguer, por meio de cordas, sua estátua. Mas então um deles se descuidou e acabou deixando que a corda corresse poucos centímetros em suas mãos. Tal deslize, fez com que o braço esquerdo da estátua encostasse levemente no parapeito do terraço. Para o azar do marinheiro, o capitão percebeu sua falha – Ei você aí! Agora mesmo, você tentou danificar a minha estátua!! – Morgan disse furioso enquanto caminhava para perto do sujeito.

D… Desculpe capitão! – O marinheiro suplicou – Eu me descuidei!

– Sabe quanto tempo precisei ficar posando até que essa estátua ficasse pronta?! – O capitão falou, chegando a poucos centímetros do marinheiro – E você vem e vandaliza ela? Essa estátua me representa… – Inquiriu enquanto levantava seu braço machado – Danificá-la é uma ofensa direta à mim!!! Entendeu?!

– Sinto muito Capitão Morgan!!! Vou concertar agora mesmo!!! – o marinheiro desesperado falou para tentar se livrar de uma morte certa.

Nada no mundo teria salvado aquele marinheiro desesperado, da lâmina mortal do braço-machado de seu capitão. Nada no mundo, exceto o fato de um garoto de chinelos, short jeans, colete vermelho de botões dourados e com um chapéu de palha na cabeça, ter passado voando para o alto, logo ali do lado de fora da base, a mais de 40 metros de distância do chão, e ter chamado a atenção de todos.

Ah, não… Tô indo muito rápido!! – Luffy disse no ar, enquanto tentava manter o seu chapéu preso em sua cabeça com uma das mãos. Foi quando ele viu que havia uma estátua tentando ser erguida por algumas cordas. Agarrou uma – Ah! Finalmente parei!

O que é isso!? – Os marinheiros que ainda seguravam as cordas da estátua, exclamaram assustados, quando sentiram o peso extra provocado pelo surgimento inesperado do garoto voador – Alguma coisa veio voando lá de baixo!!!

 O peso foi tanto, que mais nenhum marinheiro conseguiu segurar as cordas. A estátua tombou para o outro lado, de encontro ao parapeito do prédio. Com o impacto, a estátua se partiu ao meio, da cintura pra baixo, a estátua gigante do Capitão Morgan permaneceu no terraço. Da cintura pra cima, a estátua despencou para fora do prédio, em direção ao solo.

Provavelmente toda a cidade conseguiu ouvir o estrondo causado pelo impacto da gigantesca cabeça do capitão da marinha com o chão do pátio.

Todos os presentes naquele terraço ficaram em estado de choque por alguns instantes. Era simplesmente muito difícil de entender o que havia acabado de acontecer.

D… Desculpa aí. – Luffy disse com a maior cara de pau para interromper o silêncio.

Capturem-no!!! Eu vou matá-lo!!! – Morgan ordenou aos seus subordinados enquanto fervia de fúria. As veias de seu rostos saltavam e seu olhar era assustadoramente assassino.

S… Sim senhor!! Agora mesmo!! – Os marinheiros responderam imediatamente enquanto batiam continência.

Papai, é ele!!! – Helmeppo disse depois de se recuperar do choque inicial e perceber quem acabara de chegar ali voando – Foi ele quem me bateu!! Eu avisei que ele era um problema!!!

– E eu tava procurando você! – Luffy disse ao ouvir a voz do almofadinhas.

Então simplesmente saiu correndo numa velocidade incrível, agarrou Helmeppo, que estava ali perto, pelo braço e se mandou pra dentro da única saída que havia pra dentro do prédio. Agiu tão rápido, que ninguém conseguiu impedi-lo.

Ele invadiu o prédio central! Atrás dele!! – Morgan ordenou e todos os marinheiro saíram correndo atrás do invasor.

Capitão! Capitão! – Um marinheiro que passava próximo ao parapeito chamou – Há alguém na praça de execução!!

– O quê?! – Morgan Mão de Machado falou surpreso – Agora é um rebelde atrás do outro!? Pois todos sentirão minha ira!!! –Bufou enquanto deslizava sua única mão sobre o seu único machado.

——

Hã?! Luffy-san invadiu a base? – Koby perguntou para Zoro, que ainda estava amarrado ao totem de execução – Que loucura!!

– Foi o que eu disse. Mas que é esse cara afinal? – Zoro perguntou mas não obteve resposta imediata, pois Koby começou a tentar desamarrá-lo – Ei, tem certeza do que você tá fazendo? Se me ajudar eles vão te matar, hein?

Eu vi que não há razão para você estar aqui! – Koby respondeu convicto enquanto ainda tentava desfazer aqueles difíceis nós de marinheiros.- E não suporto ver a marinha degradada desse jeito!!! Eu pelo menos, estou decidido a ser um marinheiro correto!! Assim como o Luffy-san quer ser o Rei dos Piratas!!

– Aquele cara quer ser o Rei dos Piratas?! Ele tem noção do que tá falando? – Zoro perguntou aturdido.

Eh, He, He… Eu também fiquei surpreso no começo. Mas ele tá falando sério. Ele é assim mesmo!! – Koby respondeu com ar de admiração. Faltava pouco para conseguir desamarrar um dos braços do caçador de recompensas.

Foi então que um estrondo ecoou por toda a praça de execução. Bang!!! Koby foi jogado ao chão. Enquanto caia, seu óculos escapou de seu rosto, sua mão direita foi inconscientemente até o seu ombro esquerdo e quando o tocou, sentiu uma sensação quente e úmida. Doía. Ele tinha sido atingido e estava sangrando. Doía muito.

Enquanto via o garoto cair no chão, Zoro procurou com os olhos, a origem do disparo. Trincou o maxilar e olhou para o alto. Sentiu que alguém o observava.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 3 – A aparição de Zoro, o Caça-Piratas


– Chegamos na base da marinha!! – Luffy exclamou todo contente ao desembarcar na pequena cidade.

Ao fundo da rua principal do cais, era possível avistar por entre as casa, uma colossal torre com formato de usina nuclear. Ela estava toda pintada com padrões de listras diagonais azuis. Próximo ao topo, havia o desenho do que parecia ser uma gigantesca andorinha pousada sobre uma ainda maior, chave inglesa de duas pontas. Embaixo do desenho, letras enormes formavam a palavra “MARINE”.

Sim! Finalmente chegamos! – Koby respondeu enquanto amarrava sua embarcação no cais.

Gostei de ver, hein Koby?!

– Hã?

– Você conseguiu trazer a gente direitinho até aqui! – Luffy comentou parecendo admirado.

É claro! Técnica de navegação é o básico para alguém que planeja viajar pelo mar! – Koby respondeu simplesmente – Aliás Luffy-san, você também não pode ficar por aí viajando num barril à deriva… Já que quer um companheiro, podia ser um navegador…

– Boa idéia! – Luffy respondeu abrindo um sorriso – Pode deixar! Mas vamos comer antes. Estou morrendo de fome!

——

– Então a gente se separa nessa cidade… – Luffy comentou, num pequeno restaurante perto do porto, depois de comer toda a sua comida em instantes – Vou torcer pra que você consiga ser um bom marinheiro viu?! – Comentou ingenuamente.

Sim… Muito obrigado Luffy-san! – Koby respondeu enquanto continha suas lagrimas – Também espero que você consiga se tornar um grande pirata… Apesar que isso signifique que um dia estaremos em lados opostos…

– A propósito, será que ele tá na base? O tal do Zoro? – Luffy falou, trocando completamente o assunto.

No entanto, quando proferiu sua ultima palavra, ouve uma incrível agitação no restaurante. Copos e talheres foram deixados cair nas mesas. Todos os presente olharam com medo, na direção do garoto com o chapéu de palha.

– Acho que o nome do Zoro é um tabu por aqui… – Koby sussurrou sua opinião para Luffy, depois de avaliar a situação.

– Hmm… – Luffy ponderou.

– Eu li um cartaz lá fora… – Koby comentou, tentando mudar de assunto novamente – Parece que quem comanda a base daqui, se chama Capitão Morgan… – Depois de sua última palavra, houve novamente, a mesma reação causada pelo nome de Zoro. Dessa vez, o medo parecia ter sido ainda maior. E o silêncio reinou durante muito tempo.

Os dois garotos pagaram a conta e saíram. Koby estava perplexo e Luffy se divertia imensamente.

Há, Há, Há, Há, Há, Há! Que restaurante engraçado, né? Depois vou passar lá de novo… – Luffy comentou enquanto ainda segurava a barriga de tanto rir.

– Aquilo foi muito estranho… Estou com um mau pressentimento… – Koby comentou seriamente preocupado – Eu entendo que as pessoas fiquem apreensivas com o nome do Roronoa Zoro. Afinal, não se sabe quando ele pode fugir da base e aprontar novamente… Mas por que ficariam apavorados ao ouvir o nome de um capitão da marinha?!

– Sei lá, vai ver eles estavam tentando dar um susto na gente… – Luffy comentou distraidamente.

Claro que não né!! – Koby falou bruscamente – Eu to falando sério…

——

– Olhando de perto assim é imponente, né? – Luffy comentou sobre a torre principal, ao chegar junto à uma das entradas da base da marinha – Vai lá Koby! – Incentivou o pirata.

M… Mas… Err… Eu preciso me preparar psicologicamente… – Koby respondeu, enquanto sentia um enorme frio na barriga – E eu ainda estou preocupado com o que aconteceu lá atrás… – Quando terminou de falar, percebeu que o pirata já não mais o escutava – Ah! Luffy-san!! – Exclamou ao ver que ele começava a escalar o muro da marinaha.

E cadê essa fera? – Luffy comentou tranquilamente quando chegou ao topo do muro e olhou para o pátio principal da base.

Imagina se ele vai estar em um lugar visível assim… – Koby respondeu lá de baixo – Deve estar em uma cela isolada ou coisa parecida.

– Não. – Luffy retrucou enquanto pulava de volta ao chão – Eu vi alguém lá do outro lado! – Então saiu correndo enquanto circundava o muro da marinha – Vai ver é o tal do Zoro!

­- Olha lá! – Luffy falou quando chegou próximo ao lugar desejado e voltou a subir no muro. Dessa vez o garoto de cabelo roxo o acompanhou. No entanto, logo que chegou ao topo do muro e olhou para onde o pirata apontava, perdeu as forças e caiu lá de cima – O que foi? – Luffy perguntou surpreso pela reação do garoto.

O… O… O lenço escuro na cabeça e o haramaki* na barriga!! É ele! É ele sim! É o verdadeiro Roronoa Zoro!!! – Koby respondeu ao cair no chão. Suas pernas tremiam – Que presença aterradora! Esse só pode ser o Zoro!

Então Luffy voltou a olhar para dentro da base. Lá no centro do pátio principal, tinha um sujeito de mais ou menos 19 anos que vestia calças pretas, haramaki verde, camisa branca, três brincos dourados na orelha esquerda e um lenço verde escuro amarrado à cabeça. Era Roronoa Zoro, o demônio, a fera, o caçador de recompensas. O prisioneiro estava amarrado a uma estaca presa à terra. Sua cabeça pendia baixa e aparentemente não possuía forças para se manter em pé, pois tinha tirado o peso do corpo das pernas, que agora se estavam longamente afastadas uma da outra. Seu corpo estava sendo sustentado, única e exclusivamente, pelos seus braços, que estavam presos pelos cotovelos, à uma madeira afixada transversalmente à estaca principal.

Então é ele… – Luffy observou – Se alguém desamarrasse aquelas cordas ali, ele conseguiria fugir numa boa, hein?!

– N… Não fale besteira! – Koby respondeu exasperado – Se soltasse um sujeito desses a cidade correria perigo!! Ele é capaz até, de tentar matar você Luffy-san!

– Ei, você aí! – Roronoa Zoro levantou a cabeça ao notar o garoto com chapéu de palha, que estava em cima do muro, a alguns metros de distância – Não quer vir até aqui e desamarrar esta corda pra mim não? – Levantou a cabeça um pouco mais. Sangue escorria pela sua boca e olheiras profundas marcavam seu rosto – Já estou aqui a nove dias. Se continuar assim eu vou morrer. – Deu um leve sorriso.

Ei, o cara falou com a gente. – Luffy constatou calmamente.

É… Ele falou com a gente! – Koby respondeu, ao voltar a subir em cima do muro.

­– Se quiser eu pago. – Roronoa Zoro continuou – Pego algumas cabeças a prêmio por aí e dou pra vocês. Não to mentindo não. Eu sempre cumpro o que eu falo. – Acrescentou.

N… Não faça isso Luffy-san!! – Koby falou cheio de medo – Não caia na conversa dele! Assim que você desamarrá-lo, ele vai nos matar e fugir!!!

– Ele não consegue me matar, não. – Luffy disse tranquilamente enquanto sorria – Porque eu… Sou bem forte.

Toc.

­Foi então que os garotos ouviram um barulho ao lado deles. Uma escada acabava de ser apoiada no muro.

Chiuuu! – Uma garotinha subiu as escadas e pediu silêncio, levando o dedo indicador aos lábios, ao chegar no topo.

– Hã?! – Os dois falaram ao mesmo tempo.

Então a garotinha de cabelos pretos, amarrados em um pequeno rabo de cavalo, que não devia ter mais que oito ou nove anos, pulou para o lado de dentro do pátio e começou a se dirigir para o prisioneiro.

– Eí! Não faça isso! – Koby tentou alertar a garota, mas foi em vão, pois ela continuou se aproximando cada vez mais.

O que você quer? – Roronoa Zoro perguntou secamente quando a garota parou na sua frente.

Luffy-san, faça alguma coisa!! Ele vai matar a menininha!! – Koby se desesperou.

Se quiser faz você. – Luffy respondeu simplesmente.

Tá querendo morrer? Some daqui pirralha! – O caçador de recompensas falou.

É que… – Então a garotinha se mexeu e mostrou que trazia algo – Eu fiz onigiri* pra você! – Estendeu o braço e mostrou os bolinhos de arroz. Sorriu – Deve estar com fome, depois de tanto tempo preso aqui. Foi a primeira vez que cozinhei mas fiz com carinho…

– Não tô com fome! Pega isso e some daqui! – Roronoa falou secamente.

Mas… – A garotinha falou chateada.

Já disse que eu não quero! Vai embora! Ou eu te chuto daqui, hein pirralha!! – Zoro ameaçou elevando seu tom de voz.

Clanch!

Mais uma vez, um barulho chamou a atenção de todos. O portão do pátio se abriu e por ele passaram três pessoas.

Roronoa Zoro! – O homem do meio exclamou ao entrar no pátio – Você não deveria maltratar criancinhas. Olha que eu conto para o meu pai, hein?! – ­O sujeito ameaçou. Seu nome era Helmeppo, tinha mais ou menos 18 anos e era um mauricinho loiro, de franjas, que vestia um terno bem cortado e combinava a camisa social com o sapato. Ele era filho do capitão daquela base da marinha. Vinha acompanhado lado a lado com dois guardas da marinha.

Que tipinho esquisito desse cara. – Luffy comentou, ainda apoiado em cima do muro, para Koby.

Ele parece ser alguém importante da marinha… – Koby retrucou aliviado – Ainda bem, parece que a garota está salva…

– Tsc! Idiota filhinho do papai! – Zoro falou, pouco se importando se ele iria ouvir ou não.

Idiota? Maneire no linguajar, hein?! Esqueceu que meu pai é o grande Capitão Morgan?! – Helmeppo falou irritado. Então caminhou até a menina – E você, garotinha? Esse bolinhos são para mim? – Pegou um.

Ah! Não! – A menina protestou.

Blergh!! – O mauricinho exclamou depois de colocar um pedaço do onigiri na boca. Logo depois, cuspiu tido no chão – Que porcaria é essa? Tá doce! Você colocou açúcar nessa coisa? Bolinho de arroz é pra ser salgado sua idiota!

– E… Eu achei que doce ia ficar mais gostoso… – A garota falou totalmente sem-graça, enquanto ainda segurava o restante dos bolinhos.

Nem dá pra comer essa droga! – Helmeppo bradou antes de dar um tapa no braço da garota e fazer com que todos os onigiris caíssem no chão. Então começou a esmaga-los co m a sola do seu sapato.

Ah, não! Para!! Não tá estragando tudo! – Exclamou a garota enquanto se ajoelhava, olhava para os seus bolinhos sendo destruídos e começava a chorar.

Q… Que maldade! Ela preparou com tanto carinho! – Koby comentou perplexo para Luffy ao ver a cena.

Não se preocupe! As formigas terão prazer de comer isso aí! – Helmeppo falou debochando – Hie! Hie! Hie! Hie! Hie!

– Eu… Tive tanto trabalho para fazer… Não é justo! – A garotinha reclamou entre uma lágrima e outra.

Aaah! Não chora! Que saco! Por isso que eu não gosto de crianças. Mas a culpa foi toda sua! – Helmeppo disse enquanto caminhava na direção de uma placa que estava ali perto – Não leu o que tá escrito aqui!? “Todo aquele que ajudar um criminoso será culpado pelo mesmo crime. Assinado Capitão Morgan.” – Se abaixou, segurou o queixo da garotaa e levantou sua cabeça. Olhou ameacadoramente diretamente em seus olhos – Você deve saber o quanto o meu pai é poderoso. E se você fosse adulta já teria sido executada! – Então levantou-se e virou para um de seus guardas – Eí, Você aí! Jogue essa pirralha pra fora!

– Hã? – O guarda perguntou perplexo.

­- Eu disse pra você jogar essa pivetinha por cima do muro!! – Helmeppo gritou depois de se dirigir até o guarda e segurar na gola do seu uniforme da marinha – Não escutou minhas ordens?! Vou contar pra o meu pai, hein?

– S… Sim, senhor! Imediatamente! – O marinheiro respondeu, suando de medo. Cheio de pesar, caminhou até a garotinha, pegou-a pelos braços e encaminho-a até o muro e sem ter coragem de olhar para o rosto dela, reuniu forças e a arremessou por cima do muro.

Uaaaah!! – A garota gritou enquanto caia. Já podia sentir a dor do impacto no chão, mas algo a salvou. Quando deu por si, um garoto com um chapéu de palha, estava deitado de costas para o chão e abraçado a ela.

Luffy havia conseguido chegar a tempo.

Você está bem? – Koby perguntou para a garotinha assim que chegou ao local da queda – Que sujeito mais cruel!

O pirata do chapéu de palha não disse nada. Estava pensando. Lá dentro, Helmeppo se voltou para Roronoa.

E você , hein?! Nem acredito que esteja vivo!

– Pode deixar… Eu vou sobreviver um mês aqui, como a gente combinou. – Zoro respondeu. – Por isso, vê se cumpre a sua parte da promessa.

Hie! Hie! Hie! Vou sim! – Então o almofadinhas se virou e caminhou para fora do pátio – Se sobreviver um mês nessa situação, vou honrar o nosso trato e te libertar! – Falou antes de sair – Vamos ver se consegue! – Finalmente foi embora.

Você ainda está aí? – Zoro perguntou. Ele já não mais falava com Helmeppo e sim com o garoto com chapéu de palha que acabara de pular o muro pra dentro do pátio e estava agora parado em frente a ele. No lugar onde Helmeppo estivera. – Não dá mole não que ele conta pro papai dela, hein?!

– Eu sei. – Luffy respondeu calmamente – Mas sabe o que é? Eu to procurando companheiros para serem piratas junto comigo.

– Piratas? – Zoro retrucou desconfiado – Hmm… Você tá querendo virar bandido por vontade própria, é?

– É isso que eu quero! E qual problema de ser pirata?

Bom, mas e daí? O que você quer comigo? Por acaso vai me desamarrar só pra eu te acompanhar nessa besteira, é? – Zoro perguntou com ironia.

Ainda não decidi se eu vou te convidar pra vir comigo, não. Você tem fama de ser um cara mau. – Luffy disse tranquilamente.

Cara mau eu? – Sorriu – Não quero cortar o seu barato, mas se a condição for essa, eu tô fora. Tenho outras prioridades… E não preciso da sua ajuda pra sair daqui. Aquele idiota filhinho de papai prometeu me soltar se eu sobrevivesse um mês aqui de pé… E é isso que eu vou fazer, não importa como.  Porque eu tenho um objetivo a alcançar!

– Hmmm… Tá certo. Mas se fosse eu, morreria de fome na primeira semana. – Luffy comentou distraidamente.

Eu devo ter mais força de vontade que você então, portanto, vai procurar outro maluco pra ser seu companheiro.  – Depois disso, Luffy se virou e quando já estava indo embora ouviu – Ei! Uma coisa… Pega isso aí pra mim? – Apontou com a cabeça para o onigiri.

Tá pensando em comer isso aqui? – Luffy se abaixou e catou os restos da comida – Tá parecendo mais um bolinho de barro do que um bolinho de arroz. Mas nem com muita fome eu comeria isso…

– Para de tagarelar e joga isso pra mim! – Disse enquanto abria a boca ao máximo. Então Luffy, jogou toda aquela maça lamacenta na boca dele.  Com muita dificuldade, comeu tudo e voltou-se para Luffy – Você pode dar um recado para aquela garotinha por mim? Fala pra ela “Valeu. Estava excelente!”.

O rosto do Luffy se iluminou e o pirata riu.

—–

– Verdade? – A garotinha perguntou.

É sim! Comeu tudo, não deixou sobrar nem um grão! – Luffy respondeu todo contente.

Ai, que bom! – A garotinha exclamou feliz da vida.

Aquele sujeito… Será que ele é tão mau quanto falam? – Koby perguntou perplexo.

A conversa se iniciou depois que os três já haviam saído de perto da base da marinha e ido para no centro da pequena cidade.

Ah, não é não. – A menina respondeu – Aquele moço não fez nenhuma maldade. O pessoal da cidade só tinha medo do jeitão dele. Pra vocês terem uma idéia, ele só foi preso porque me salvou das garras do lobo de estimação do filho do Capitão Morgan, quando matou o lobo no meio da cidade… Todo mundo vivia com medo daquele lobo que andava solto pela cidade!

– Quer dizer que o Zoro só foi preso porque deu uma lição no lobo de estimação daquele almofadinha? – Luffy perguntou espantado.

Isso mesmo! – A menininha confirmou.

– Entendi… Faz sentido! – Koby comentou – Indiferente daquele gênio difícil que ele mostrou ter… Ser um caçador de recompensas não é crime.

– Os verdadeiros vilões são os Morgan, pai e filho!! – A garota falou irritada – Todos tem medo deles, porque qualquer coisa é motivo para executarem os outros.

– Hie! Hie! Hie! Hie! – Ouviram a risada ao longe – Todos de joelhos quando eu passar, senão conto pro meu pai!! – Helmeppo falou enquanto entrava na rua aonde os três estavam – Ou querem ser presos igual ao Roronoa Zoro?! Aquele que vai ser executado daqui a três dias! – Continuou andando, estava cada vez mais próximo de Luffy – Ele vai servir de um bom exemplo. Vocês não perdem por esperar!

– Três dias? – Luffy exclamou surpreso. Helmeppo estava a alguns passos de distância – E o acordo de um mês?

– Quê? Quem é você? Onde ouviu isso, seu insolente? – Helmeppo perguntou, ao notar que ele não havia se ajoelhado como todos da cidade – É claro que eu enganei ele, né?! Se ele acreditou, é porque ele é uma fera “demoniacamente” estúpida! Hie! Hie! Hie!

Então Luffy se lembrou da esperança que o Roronoa Zoro tinha em conseguir sua parte da promessa. O pirata ficou nervoso e não conseguiu se conter. Caminhou os poucos passos de distância entre ele e o mauricinho e segurou a gola de sua camisa. Com um único golpe bem dado, na enorme covinha que o playboy tinha no queixo, Helmeppo caiu no chão com o nariz e a boca sangrando. Já não tinha mais sentidos.

Luffy já estava pronto para bater mais naquele verme quando Koby se agarrou a ele.

Luffy-san!! Pare com isso! Calma!! Quer que toda a marinha venha atrás de você?! – O garoto de cabelos roxos e óculos gritou desesperado.

Esse cara não presta. – Luffy falou enquanto se controlava para não bater mais naquele saco de merda – Tá decidido, Koby!

– O quê?

– Vou levar o Zoro como meu companheiro!!! – Luffy disse firmemente.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Capítulo 2 – Luffy Chapéu de Palha


 Uma pequena embarcação navegava sem rumo. Acima dela, uma revoada de pássaros voava em busca de alimentos. Ao redor, nada além de água em todas as direções.

– Hmm… Que tempo bom! – o garoto dentro do pequeno barquinho pensou em voz alta enquanto sorria – O dia tá tão gostoso… – disse enquanto tirava os remos da água – O clima certo para navegar… – encostou-se no barril que estava atrás de si. Apoiou uma das extremidades de um dos remos no seu ombro e a outra no chão a sua frente. Cruzou os braços e relaxou-os em cima do cabo do remo. – Não combina em nada com um naufrágio! – fechou os olhos e bocejou.

——

Luffy não sabia quanto tempo havia se passado desde que fechara os olhos. Poderiam ter passado alguns minutos ou algumas horas. Mas o barco começou a sacudir e ele acordou. Quando abriu os olhos, notou sem surpresa, que acabara de entrar em um redemoinho enorme.

Ninguém me avisou que eu ia cair num redemoinho desse tamanho, né? – Luffy disse calmamente ao constatar sua situação – Vacilei. – suspirou – Adoraria pedir ajuda pra alguém, mas não tem ninguém a vista… Se bem que estar no meio do redemoinho não é grande coisa… O problema é que eu não sei nadar… – Luffy estava coçando o queixo e parecia avaliar suas chances – Mas tanto faz saber ou não nadar num redemoinho desse tamanho, né? – Concluiu – Do que ia adiantar?

Cada vez mais, o barquinho se encaminhava para o olho do redemoinho. Enquanto isso, Luffy parecia que desconhecia completamente, os perigos devastadores de enfrentar um fenômeno da natureza como aquele. Apenas ficava ali, indo de um pensamento ao outro, sem de fato achar uma solução para o seu problema. Mas tudo bem, ele não tinha pressa.

——

Em uma ilha qualquer, um navio permanecia ancorado próximo a margem. Certamente, aquele era um navio singular e quem o visse, dificilmente se esqueceria dele.

As velas que pendiam dos seus três mastros, possuíam um enorme coração vermelho pintado no centro de cada uma delas. A figura esculpida no gurupés, era a de uma cabeça de pato, com olhos em formatos de coração e com um cordão de pérolas pendendo em seu pescoço. E para completar, o navio era todo pintado de rosa.

Seria quase possível afirmar, que aquele era o navio de alguma patricinha que estava por ali se divertindo. Não fosse, é claro, a bandeira preta que tremulava no alto do mastro central. No fundo negro, por cima de dois ossos cruzados, era possível ver o crânio de uma caveira virada de lado. No centro do crânio, mais um coração desenhado. Apesar de excêntrica, era claramente uma bandeira pirata.

No convés, uma mulher caminhava próxima à amurada* do navio.

Que poeira é essa?  – A mulher questionou ao passar o dedo no parapeito da amurada.

– S… S… Sinto muito Alvida-sama!! – algum tripulante claramente nervoso respondeu  – E… Eu juro que limpei cada canto do navio! – o sujeito tentou se desculpar – M… Mas eu limpo tudo de novo agora mesmo!! Por isso, me perdoe, por favor!!

– “Por favor”… o quê? – inquiriu a mulher secamente.

Por favor, me poupe de sua clava de ferro… – e neste instante ele notou que dera a resposta errada, porque a mulher começou a se movimentar – Socorro!! Eu não quero morrer!!! – tentou suplicar pela ultima vez, mas já era tarde. Pois instantes depois, ele fora arremessado a alguns metros de distância com o ataque de uma gigantesca clava de ferro.

Sangue escorria pelos enormes espinhos da arma e ao redor do corpo do sujeito que fora atacado, uma poça se formava. Mas a mulher não ligava nem um pouco, porque ele não havia dito aquilo que ela queria escutar.

– Koby! – Dessa vez, a mulher apontou sua clava para uma pequena criança de uns 14 ou 15 anos que se encontrava ali perto – Quem é a mais bela desses mares? – a mulher perguntou para o pequeno garotinho.

– Err… Eh, He, He… – o garoto de cabelos roxos e óculos, coçou a nuca, completamente sem-graça –  É claro que… é a senhora, Alvida-sama! – o garoto respondeu, enquanto suava de nervoso.

– Isso mesmo! – Agora sim, ela havia escutado o que queria – E eu odeio coisas sujas!! Um navio comandado por uma mulher como eu, também precisa ser belo! Certo?! – perguntou, enquanto lançava um olhar inquisidor para o garoto. No entanto não quis nem ouvir a resposta e continuou – Você sabe que eu só o mantenho vivo porque por alguma ironia do destino, você possui mais conhecimentos sobre os mares do que os outros emprestáveis desse navio.

– S… Sim, eu sei. E sou muito grato por isso, senhora. – Respondeu o garoto enquanto tremia de medo.

Se não fosse por isso, você seria só mais um inútil! – a mulher disse enquanto caminhava para mais próxima do garoto. Quando chegou perto, lhe deu um chute nas pernas para derrubá-lo de joelhos no chão, aos seus pés – Então, trate de engraxar os meus sapatos. Já!

– S… Sim! – o garoto respondeu enquanto se recuperava do golpe e pegava um pequeno paninho que estava em seu bolso. – Agora mesmo…!

– Não quero ver nem um grão de poeira nesse convés! – A mulher gritou para todos os tripulantes que estavam assistindo-a – Entenderam?!

– S… Sim senhora!! – todos responderam em uníssono enquanto morriam de medo e pegavam seus baldes e vassouras para começar mais uma faxina no navio.

Não sem motivo, todos aqueles homens a temiam. E a temiam por dois motivos principais: sua aparência e sua força.

Apesar de ser vaidosa, estar sempre com batom nos lábios e unhas pintadas, Alvida era uma monstra. Pesava algo em torno dos 450 quilos e provavelmente, era mais larga que uns três ou quatro homens que se posicionassem lado a lado. E apesar de ser um pouco mais alta que a maioria das pessoas normais, seus braços e pernas pareciam anormalmente curtos e sua enorme barriga ocupava uns 80% do seu corpo.

Vista de longe, parecia uma enorme bola de boliche fantasiada de pirata fashion. Uma completa aberração.

Por cima de seus longos cabelos sebosos, trajava um chapéu de caubói que tinha uma pluma rosa presa nele. Vestia um sobretudo azul marinho, típico dos capitães navais, por cima de uma camisa xadrez rosa. Tinha uma faixa lilás em volta de sua monumental cintura, usava uma calça branca que mal chegava ao meio de sua canela e calçava um sapato preto de bico fino.

Era uma ogra, e já era possível sentir medo dela, sem nem ao menos ver que ela mantinha uma pistola presa à sua cintura e carregava sempre à mão, sua terrível clava.

No entanto, Alvida além de ter a aparência assustadora, era a capitã daquele navio porque tinha méritos. Ela era uma pirata terrível. Possuía força e velocidade que eram incompatíveis com seu físico. Conseguia por exemplo, manusear com facilidade, sua clava de ferro que tinha mais de um metro de altura e pesava pelo menos 80 quilos. Habilidade essa, que a fez ficar conhecida como Alvida, A Clava de Ferro.

——

– Já chega! – Alvida esbravejou enquanto chutava o garoto para longe de si – Você é um lerdo mesmo!

– Err… Eh, He,He… S… Sinto muito… – o garoto de cabelos roxos respondeu enquanto se levantava. Seus óculos estavam quebrados e sua boca e seu nariz estavam sangrando. Ele suava frio de tanto medo.

Agora pare de resmungar e vá logo limpar os banheiros!! – a pirata ordenou enquanto ameaçava o garoto com sua clava.

S… Sim! Imediatamente Alvida-sama! – então o garoto se afastou do convés – Imediatamente… – Pensou em voz alta quando ninguém mais poderia ouvi-lo. Em seguida, começou a chorar em silêncio.

——

Muitos piratas costumam manter em algumas ilhas, pequenas bases de operações, onde possam manter um estoque de bebidas e mantimentos, guardar alguns de seus tesouros e utilizar a base na ilha como descanso alternativo ao navio. Com o bando de Alvida não era diferente. E ali, naquela mesma ilha, próxima ao local onde o navio dela estava ancorado, a pirata mantinha uma pequena adega junto a margem de uma floresta. E nela, um pequeno garoto de cabelos roxos cortados em formato de cunha, acabava de entrar rolando um barril adega adentro.

– Como é que é Koby? Achou um barril encalhado na praia? – um dos três seguranças da adega perguntou ao ver o garoto entrando.

– S… Sim, e acho que está cheio, o que devo fazer com isso…? – o garoto perguntou, torcendo para não arrumar problemas.

– Que sorte! – um segundo segurança de longos cabelos loiros interveio, enquanto colocava o barril em pé – Vamos beber isso aí!

– Mas, meu irmão, e se a capitã descobrir? – retrucou o primeiro segurança que tinha um cavanhaque, claramente com medo da poderosa clava de ferro.

– Ela não vai descobrir nada! – dessa vez foi o terceiro segurança que usava um lenço amarrado na cabeça quem interveio – Os únicos que vão saber disso, é a gente que tá aqui guardando a adega… Nós e o pirralho do Koby…– então virou-se com um olhar ameaçador para o garoto – Já sabe, né Koby…?

– S… Sim, claro! E… Eu não vi nada! Eh, He, He, He… – o garoto respondeu imediatamente, enquanto se encolhia em um canto da adega – N… Não precisa me bater por causa disso…

Então de repente, Crack! O barril se quebrou de dentro para fora, fazendo com que aqueles que antes discutiam o destino do barril, dessem um pulo pra trás, devido à tamanho susto. E dali de dentro, um garoto com um chapéu de palha surgiu. Com metade do corpo ainda dentro do barril, esticou os braços para o alto, como quem se espreguiçava, e soltou um tremendo bocejo.

Aaaaah!!! Que soneca boa! – Luffy exclamou em alto e bom som, depois de terminar de bocejar – É, parece que eu sobrevivi a mais essa! Achei que fosse morrer tonto de tanto girar!! Há, há, há, há, há!!! – aliviado, caiu na gargalhada, só então, percebeu que estava rodeado por quatro pessoas completamente perplexas com a sua aparição.  – Hm? Quem são vocês? – Luffy perguntou perplexo.

Quem somos nós?! – os seguranças responderam indignados – Quem é você? Isso sim! Onde já se viu alguém sair de dentro de um barril?!

Mas nesse instante, uma voz ecoou por toda a ilha. E uma clava de quase 100 quilos veio voando em direção à adega com uma força descomunal.

– Quem se atreve a enrolar durante o serviço ai?!! – a voz falou e momentos depois, a arma atingiu e destruiu o pequeno cômodo onde Luffy e os outros estavam.  O impacto foi tal, que fez com que todos fossem arremessados a muitos metros de distancia, em direção a floresta. Os dois garotos, por serem mais leves, que os pesados brutamontes seguranças, voaram ainda mais longe.

Respondam!! Quem é a mais bela desses mares? – a pirata inquiriu ao chegar próximo do local aonde os seguranças da adega fora arremessados.

Alvida-sama!! S… Sem dúvida algum, é a senhora Alvida-sama!! – o segurança loiro respondeu enquanto ainda se recuperava do impacto e temia por sua vida.

Isso mesmo! – Alvida retrucou um pouco mais satisfeita, mas ainda assim, completamente irritada. – E quem é o atrevido que está me desrespeitando?

– Hã? De jeito nenhum! O que a senhora está falando? – perplexo, o segurança loiro respondeu.

– Não se façam de bestas!! Escutei muito bem lá de dentro do navio! – seu enorme rosto já começava a ficar vermelho de tão irritada – Quem foi o insolente que ousou dormir durante o serviço?!

– Ah! – então o segurança com o lenço na cabeça se lembrou – N… Não é isso capitã! Nós temos um intruso!

– Isso mesmo!! Foi o Koby que trouxe um sujeito estranho dentro de um barril… – o segurança com cavanhaque completou, tentando se livrar do castigo.

– O quê? – Alvida parecia ter ficado preocupada – Será que é algum caçador de recompensas atrás da minha cabeça?!! Maldito Koby! Só falta aquele moleque ter me traído!!

– Mas o único caçador de recompensas que se tem notícias por estas bandas… – o pirata loiro começou a pensar em voz alta.

Não seja idiota!! – o sujeito de cavanhaque interrompeu o primeiro – Você sabe muito bem que “aquele lá” foi capturado pela marinha!!

– Quem garante que ele não tenha escapado? – Dessa vez foi Alvida quem falou, enquanto esboçava um pequeno sorriso por se imaginar desafiando um caçador de recompensas. – Principalmente se ele for mesmo o temido Roronoa Zoro!!

——

– Err… Você está bem? Machucou? – O garoto de cabelos roxos perguntou para Luffy, depois de encontrá-lo ainda dentro do barril, no meio da floresta – Fomos jogados bem longe, hein?

– Há, há, há, há!!! – Luffy parecia estar se divertindo com aquela situação – Eu tô bem sim! Foi só um susto. Eu me chamo Luffy… Mas que lugar é este?

– A Alvida-sama, a Pirata da Clava de Ferro, usa esta ilha para ancorar o navio dela… E eu sou o faz-tudo dela. Meu nome é Koby.

– Hmm… Ah, tá. Não que isso faça alguma diferença para mim… – Luffy disse com a maior tranqüilidade enquanto saia de dentro do barril – A propósito, você não teria um barco para me emprestar? Eu perdi o meu num redemoinho.

– R… Redemoinho!!! – Koby disse enquanto levantava as sobrancelhas de espanto – Você sobreviveu a um redemoinho?!

– Pois é. Você não sabe o baita susto que eu levei. – Luffy respondeu enquanto soltava um suspiro por ter se lembrado da situação.

Susto? Você podia ter morrido… – Koby retrucou espantado – Bom, eu tenho um barco, mas…

——

– O que é isso? – Luffy perguntou enquanto olhava desanimado para um projeto de barco, feito com inúmeras tábuas remendadas – Um caixão?

– Não parece, mas é um barco… – um envergonhado Koby respondeu – Eu mesmo o montei… Demorei dois anos inteiros…

– Dois anos? – Luffy respondeu – Tudo isso? E você não vai usar ele?

– Não… Não vou. Comecei a construir esse barco pensando em fugir daqui… Mas eu nunca vou ter coragem pra isso… O meu destino é ser um faz-tudo pro resto da vida. – um conformado Koby relatou – Apesar de que… Tem algo que eu gostaria muito de fazer…

– Ué? Então pega isso e foge! – Luffy disse pensando na solução mais óbvia.

I… Impossível! Não, não! Só de pensar na Alvida-sama me capturando, minhas pernas tremem!! Eu morro de medo!! – Enquanto falava, Koby balançava a cabeça, como se tentasse se livrar daquele pensamento – Sim… Meu destino foi selado naquele dia em que eu sai pra pescar e tive o azar de entrar por engano, em um navio pirata!! – Koby relatou – Desde então, eles me obrigam a trabalhar como navegador e faz-tudo… Isso, se eu quiser sobreviver…

– Caramba, como você é burro e azarado, hein? – Luffy disse honestamente – Ainda por cima, parece que você não tem um pingo de fibra… Acho que não gosto do seu jeito, não. Há, há, há!

– Não precisava jogar na cara também… – Koby respondeu completamente deprimido – Mas tem razão… Se eu pelo menos tivesse coragem de entrar em um barril e sair boiando pelo mar afora… Mas e você, Luffy-san? Por que se aventurou no mar?

– Hi, hi! Eu pretendo… – Luffy começou a falar, mas não sem antes abrir um grande sorriso – Ser o Rei dos Piratas!!!

– Hã… R… Rei? Reis dos Piratas? Mas esse é o título reservado para aquele que conseguir conquistar tudo nesse mundo!!! – Koby estava completamente atônito, simplesmente não acreditava no que aquele garoto um pouco mais velho que ele estava falando – E isso significa que você precisaria encontrar o grande tesouro… O símbolo único de riqueza, fama e poder… O “One Piece”!!! Isso é arriscado! Você pode morrer!! – Koby continuou – Todos os piratas do mundo estão atrás desse tesouro!

Enquanto o faz-tudo se mostrava completamente nervoso com aquela declaração, Luffy estava sentado tranquilamente na borda do pequeno barquinho de fuga.

Assim como eu. – o pirata respondeu calmamente.

Não, não! Isso é impossível!! – cada vez Koby ficava mais incrédulo – Não, não, não! Isso é absolutamente impossível!! Tentar ser o Rei dos Piratas, justo na grande era dos piratas?! Isso é absolutamente impossí… Argh!!! – Então Koby caiu no chão. Segurava a cabeça com as duas mãos, e já era possível ver um pequeno “galo”em sua testa – Ei, P… Porque você me bateu?

– Porque me deu vontade! – Luffy respondeu com cara de emburrado – Você tava me enchendo o saco com esse papo de não dá, não dá.

Mas tudo bem… Eu já estou acostumado… – Koby falou conformado, enquanto se levantava.

 – Se você quer saber, a morte não me assusta! – Luffy falou enquanto levava uma de suas mãos ao seu chapéu de palha – Eu já decidi o que quero ser. – Tirou o chapéu e pousou os olhos nele antes de continuar – E não me importo de morrer lutando para conseguir chegar lá.

– Não tem medo de morrer?! – Koby pensou espantado – Que determinação!!

– É que eu acho que consigo chegar lá, sabe? – Luffy encostou o chapéu junto ao peito – Será que é tão difícil assim? – Refletiu Luffy.

Nunca tinha pensado dessa forma… – Koby começou a lacrimejar – Será que eu consigo também…? Com essa determinação… Será que eu consigo entrar… P… Para a marinha?

– Hã? O quê? – Luffy questionou, enquanto colocava o chapéu de volta na cabeça – Marinha?

– Eu sei que seríamos inimigos… Mas entrar para a marinha, exercer um cargo importante e capturar criminosos… – Koby desabafava enquanto lágrimas corriam pelo seu rosto – É o meu maior sonho desde pequeno!!! Será que eu consigo Luffy-san?!

Eu sei lá. – Luffy respondeu, até um pouco surpreso com a recente reação do garoto baixinho e de óculos.

– Não, eu tenho que conseguir!!! – Koby continuou traçando seus futuros objetivos em voz alta – Em vez de desperdiçar a minha vida aqui como um faz-tudo, eu prefiro arriscar o meu pescoço e fugir pra entrar na marinha!! E, um dia, vou prender a Alvida-sama… Não! A pirata Alvida!!!

– Vai prender quem, Koby? – Finalmente, a pirata da clava de ferro havia achado o traidor e o intruso. E ao surgir na clareira onde os dois estavam, Alvida já chegou desferindo golpes a ermo.

Meu barco…! – Koby exclamou ao ver o fruto de dois anos de seu trabalho, ser esmagado por uma das pancadas da pirata.

Pensou mesmo que ia escapar de mim?! – Alvida desafiou Koby, ao perceber o que acabara de destruir – E esse ai? É o caçador de recompensas que você contratou para acabar comigo? – Falou apontando sua clava para Luffy – Se bem que ele não me parece o Roronoa Zoro. – Disse com desdém – Mas agora eu vou perguntar pela última vez, e talvez eu ainda te mantenha vivo… Quem é a mais bela destes mares? Hein Koby?!

– Eh, He, He, He, He… Mas é claro que… – Koby começou a falar, voltando a suar de medo.

Quem é essa ogra velha?  – Luffy apontava para a pirata e interrompeu Koby antes que ele pudesse concluir.

Ao ouvirem isso Koby, Alvida e todos os outros tripulantes que há essa hora já haviam se reunido ali, ficaram em estado de choque. Era simplesmente inconcebível alguém falar isso para Alvida, A Pirata da Clava de Ferro.

Luffy-san!! Retire já o que disse! – Koby começou a falar desesperadamente – Neste mares, não há mulher mais… Mais… – foi então que começou a gaguejar enquanto se lembrava, subitamente, de tudo que o garoto com chapéu de palha havia falado. – Mais… Mais… – Ele queria ser o Rei dos Piratas, e não tinha nenhum pouco de medo de morrer enquanto lutasse pelos seus sonhos. Koby o admirava – Mais ogra e puta do que ela!!! – Finalmente o garoto reuniu coragem e desabafou gritando o mais alto que podia.

Seu moleque de merda!! – berrou Alvida, que já estava quase explodindo de tanto ódio, enquanto caminhava ameaçadoramente, em direção aos dois garotos.

– Ah! Há! Há! Há! Há! Há! Há! – Luffy gargalhou copiosamente vendo toda aquela cena.

– Não me arrependo! Não me arrependo!! – Koby pensava em voz alta,  enquanto via Alvida se aproximar com sua clava erguida – Eu consegui dizer! – Então começou a chorar, num misto de felicidade e medo por sua morte eminente – Eu lutei pelos meus sonhos! Eu lutei!!

– Mandou bem Koby! – Luffy disse ainda rindo – Agora se afasta! – E então empurrou o garoto para longe do alcance de Alvida, que já se preparava para o seu golpe mortal.

Da na mesma seu moleque de merda! – Alvida esbravejou ao erguer a clava acima de sua cabeça – Nenhum dos dois vai sair vivo daqui hoje!!! – gritou mais uma vez, enquanto desferia com a potência das duas mãos, aquele que talvez tenha sido o golpe mais forte que jamais dera.

Luffy não se desviou do golpe e clava acertou em cheio a sua cabeça, bem em cima de seu chapéu de palha.

Todos esperavam que ele estivesse morto.

Ah! Há! Há! Há! Isso não me afeta! – Mas então, Luffy riu mais uma vez – Porque eu sou de borracha!

– N… Não pode ser!!! – Disse Alvida, se sentido com medo pela primeira vez na vida – Mas eu te atingi com a minha clava de ferro!

– Gomu-Gomu-no… – Luffy começou ao falar enquanto se colocava em postura de luta, pronto para acabar com aquela confusão toda – Pistol!

– O quê?! – Foi tudo que a pirata conseguiu falar, antes de ser atingida com o potente soco de Luffy, no meio de sua cara.

Com o golpe, Luffy fez seu braço se esticar por alguns metros, arremessando Alvida contra as árvores da borda da clareira aonde eles se encontravam.

Ao cair no chão, A Pirata da Clava de Ferro, foi rodeada pelos seus subordinados, que constataram que ela estava sem sentidos. E permaneceria assim por muitas horas…

– O braço… O braço dele esticou… – Algum dos piratas falou, em estado de choque.

– Alvida-sama! – Um outro pirata gritou, tentando reanimá-la – A capitã foi derrotada! Não é possível! Esse moleque é um monstro!

Ei! – Luffy interrompeu os piratas. Pela primeira vez no dia, sua expressão era séria – Vocês devem um barco pro Koby! – disse enquanto apontava um dedo, ameaçadoramente para eles – Ele disse que quer entrar para a marinha. Por isso, deixem ele ir em paz. Entenderam?

– S… Sim senhor! – Os piratas responderam, paralisados de medo.

Vendo que tinha sido entendido e que não teria mais problemas, Luffy voltou a rir. E Koby, a chorar. Dessa vez de felicidade.

——

Algum tempo depois, os dois garotos já estavam conversando amistosamente em um pequeno barquinho a vela, a alguns quilômetros de distância do navio da Pirata da Clava de Ferro.

Então, você comeu a gomu-gomu-no-mi… Isso é incrível! Mas, Luffy-san… Você sabe que ir atrás do One Piece…  – Koby comentou com um pouco de tensão em sua voz – Significa ter que viajar pela Grand Line? A Grande Rota, não sabe?

– Aham! – Luffy disse simplesmente.

­- Sabe também que aquela rota é tão perigosa que tem o apelido de “cemitério dos piratas”? – Koby continuou.

– Eu sei. Por isso que eu vou precisar de bons companheiros… – o pirata respondeu tranquilamente – Como esse cara, que você disse que está preso lá na base da marinha pra onde você está indo.

– Ah… Você tá falando do Roronoa Zoro? – Koby se lembrou.

– É! Se ele for legal, eu tava pensando em convidá-lo para vir comigo! – Luffy respondeu sorrindo.

Hããã?! De novo você com essas loucuras!!! – Koby falou exasperado – É impossível! Não, não, não! Dizem que ele mais parece uma fera demoníaca!!

– Fera demoníaca é? – Luffy comentou com interesse – Quem disse? Você não o conhece.

– Roronoa Zoro é um sujeito terrível, mais conhecido com o “Caça-Piratas”! – Koby continuou tentando dissuadir Luffy – Dizem que ele é como um cão sedento por sangue… Que atravessa os mares farejando cabeças a prêmio! As pessoas o chamam de fera demoníaca em forma humana! Por isso, desista dessa idéia maluca de torná-lo seu companheiro… Chamar um cara desses pra ir com você é loucura!

 – Hmmm… – Luffy ponderou – Não, eu ainda não decidi isso. Eu disse que se ele for legal…

– Se ele fosse legal, não estaria preso né?!! – Koby insistiu novamente.

—–

E assim, o pequeno barquinho avança em direção a uma das bases da marinha. Dentro dele, um aspirante a pirata e outro a marinheiro.

_______________

Clique aqui para ler o próximo capítulo

 

Gostou do projeto?

Adicione essa página aos seus favoritos, curta a nossa página do facebook ou assine o nosso feed RSS para continuar acompanhando os lançamentos do One Piece Fanbook!

Siga:

Facebook

RSS

E não se esqueça de avaliar cada capítulo e deixar um comentário também! O seu feedback é muito importante para que melhoremos!

Gostou muito?

Utilize os botões abaixo para compartilhar o Fanbook com aquela pessoa que você quer que conheça One Piece! Vamos espalhar a obra do Mestre Oda para a maior quantidade de pessoas o possível!

|x|

Com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,